INTRODUÇÃO
O número de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo aumentou dez vezes nas últimas quatro décadas e, se as tendências atuais continuarem, haverá, até 2022, mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave (NCD Risk Factor Collaboration, 2017). Segundo esse estudo, de prevalência mundial, que analisou cerca de 130 milhões de pessoas com mais de cinco anos de idade (31,5 milhões de pessoas entre os cinco e os 19 anos e 97,4 milhões com mais de 20 anos). As taxas de obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram de menos de 1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975 para quase 6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. Combinado, o número de obesos com idade entre cinco e 19 anos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016. Outros 213 milhões estavam com sobrepeso em 2016, mas o número caiu abaixo do limiar para a obesidade (NCD Risk Factor Collaboration, 2017).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva os países a implementar esforços para abordar os ambientes que hoje estão aumentando a chance de obesidade em nossas crianças. Os países devem procurar particularmente reduzir o consumo de alimentos baratos, ultra processados, densos em calorias e pobres em nutrientes. Também devem reduzir o tempo que as crianças passam em atividades de lazer sedentárias, promovendo uma maior participação em atividades físicas (Organização Mundial da Saúde, [OMS], 2018).
Sobre os níveis de atividade física, o maior estudo mundial que envolveu crianças e adolescentes, publicado por Guthold e colaboradores (2020), analisou a evolução entre 2001 e 2016 de 1,6 milhão de jovens estudantes em quase 300 pesquisas de âmbito escolar em 146 países e territórios. Oito em cada dez crianças e adolescentes de 11 a 17 anos não realizam atividade física suficiente. No Brasil, 84% dos adolescentes são menos ativos do que deveriam. Os dados mostram ainda que não houve nenhuma melhora significativa, no mundo, nesses níveis nos últimos 15 anos (Guthold et al., 2020).
Segundo Guthold e colaboradores (2020), enquanto 78% dos meninos brasileiros fazem menos exercício do que deveriam, o percentual é de 89% entre as meninas, uma diferença de 11 pontos percentuais. Apenas um em cada três países pesquisados registraram diferença de mais de 10 pontos percentuais entre os sexos (Guthold et al., 2020).
Os fatores que podem influenciar a prevalência de inatividade física em adolescentes são muito variados, englobando indicadores sociodemográficos, econômicos ou de apoio social / familiar, entre outros (Portela-Pino et al., 2020; Prochnow et al., 2019; Vasquez et al., 2020). Nesse sentido, investigar as barreiras que impedem a prática de atividade física nessa população parece ser fundamental. Uma vez que um fator chave para o sucesso de programas e intervenções em promoção de atividade física, seja em níveis individuais ou comunitários, está em identificar os aspectos que limitam a participação e manutenção dos indivíduos nesses programas e intervenções (Rech et al., 2018). Assim, identificar se a percepção de barreiras difere em relação a sexo e nível de atividade física pode contribuir para que ações mais específicas possam ser elaboradas.
Dessa maneira, o estudo teve como objetivo relatar as barreiras percebidas para a prática de atividade física no lazer pelos adolescentes e comparar de acordo com o sexo e nível de atividade física (inativo, insuficientemente ativo, ativo).
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de um estudo com delineamento transversal realizado no ano de 2018 na cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. Para realizar a comparação das barreiras percebidas de acordo com os grupos: sexo e nível de atividade física (inativo, insuficientemente ativo, ativo) foi considerado o desenho de grupos naturais (DGN) (Ato et al., 2013) da área da psicologia aplicada. Cujo objetivo é comparar uma ou mais variáveis dependentes, de grupos preexistentes, onde os grupos são selecionados usando variáveis individuais (ex: sexo, grupo étnico, transtorno psicológico, inteligência, hábitos diários) e pertencem a uma mesma cultura (Ato et al.,2013). Quando os grupos pertencem a culturas diferentes o resultado é o desenho transcultural (DTC) (Ato et al., 2013).
Participantes
Amostra representativa de adolescentes, com idade de 15 a 18 anos, matriculados no ensino médio da rede estadual de Curitiba/PR. Para garantir a representatividade as escolas estaduais foram estratificadas de acordo com cada uma das nove regiões administrativas do município. Após foi realizado um sorteio de duas escolas em cada uma das nove regiões administrativas da cidade. Seguido de uma seleção aleatória simples de uma turma de cada ano, de acordo com a quantidade de adolescentes, separados por sexo, necessária para determinada região. Por fim, todos os alunos de cada turma foram convidados a participar do estudo.
Foram excluídos aqueles que apresentaram limitações físicas e/ou cognitivas que limitassem a prática de atividade física (informado pelo adolescente). Os adolescentes que não apresentaram o TCLE assinado pelos pais ou responsáveis, aqueles que se negaram a participar do estudo, ou faltaram no dia da coleta, assim como os que responderam os questionários incorretamente, foram considerados como perda amostral. Assim, a amostra analítica do estudo foi de 1518 adolescentes (feminino=59.2% - n=899; masculino=40,8% - n=619).
Instrumentos
O nível de atividade física foi mensurado através do questionário IPAQ - versão curta (Questionário Internacional de Atividade Física), no qual os adolescentes reportavam “quantos dias por semana” e “quanto tempo por dia” praticavam AFMV (atividade física moderada vigorosa) no lazer, ao longo de uma semana habitual (Guedes et al., 2005). O instrumento apresentou reprodutibilidade boa para adolescentes ≥14 anos para atividades moderadas vigorosas (Guedes et al., 2005). Para análise, os adolescentes foram agrupados de acordo com o nível de AFMV (minutos/semana) que reportaram no questionário, sendo: grupo inativos ≤10 minutos/semana, grupo insuficientemente ativos de >10 minutos/semana até 419 minutos na semana, grupo ativos fisicamente ≥420 minutos na semana (Tremblay et al., 2016).
A avaliação das barreiras percebidas à prática de atividade física no lazer foi realizada por meio de um instrumento desenvolvido e validado para adolescentes da cidade de Curitiba, Paraná (reprodutibilidade variou entre ICC= 0,58 e 0,87 - α=0,75 e 0,53) (Santos et al., 2009). O instrumento avalia 12 barreiras, a saber: “falta de locais”, “não conheço lugares”, “amigos moram longe”, “não tem alguém para levar”, “clima”, “preferência por outras atividades”, “preguiça”, “falta de motivação”, “muitas tarefas”, “falta de tempo”, “falta de companhia” e “em casa ninguém faz”. Cada item do instrumento possui quatro opções de resposta (likert): discordo muito, discordo, concordo e concordo muito (Santos et al., 2009). Para análise das frequências (sexo e grupos) os adolescentes foram classificados de acordo com a ausência (discordo muito ou discordo) ou presença (concordo ou concordo muito) de cada barreira (Santos et al., 2010).
O sexo foi auto reportado (“masculino”, “feminino”), a idade decimal calculada a partir da data de nascimento (informada pelo adolescente) subtraída da data de coleta dos dados e dividida por 365, posteriormente a idade foi classificada em “15 anos”, “16 anos”, “17 anos”, “18 anos”. O estado nutricional calculado com os dados mensurados de massa corporal e a estatura (kg/estatura2) e os adolescentes classificados, pelo escore Z da amostra, em “peso normal” e “excesso de peso” (OMS, 2006). A escolaridade dos país e responsáveis, e o nível socioeconômico (NSE) foram avaliados com um questionário padronizado (ABEP, 2016). A escolaridade dos pais foi classificada em: Até Fundamental Completo, Ensino Médio Completo, Ensino Superior Completo (foi perguntado a escolaridade do pai, da mãe e, indicado o chefe da família para cálculo do NSE). O NSE foi classificado em três categorias: “baixo” (classe C+D), “médio” (classe B1 +B2) e “alto” (classe A1+A2) (ABEP, 2016).
Procedimentos
O estudo seguiu as normas de pesquisa envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde (resolução n° 466/2012), sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná (CAAE: 98133218.8.0000.0102) e autorizado pelos pais ou responsáveis dos adolescentes através do termo de consentimento livre e esclarecido. A coleta foi realizada em sala de aula, onde os adolescentes responderam os questionários com a ajuda de pesquisadores treinados.
Análise estatística
Foi utilizada a estatística descritiva para distribuição das frequências em relação ao sexo e grupos de atividade física (inativo, insuficientemente ativo, ativo). O qui-quadrado foi utilizado para verificar diferenças nas proporções em relação ao sexo e o Kruskal-Wallis para verificar diferenças entre os grupos de AF. Após, através do comando de comparações múltiplas (pós-hoc de Kruskal-Wallis) foi verificado qual grupo apresentou diferença significativa. Foi adotado um nível de significância de 5% e utilizado o programa SPSS, versão 21.0 para análise dos dados.
RESULTADOS
Participaram do estudo um total de 1518 adolescentes (feminino=59.2% - n=899; masculino=40,8% - n=619), com idades entre 15 e 18 anos, sendo: do sexo feminino 61.4% (n=285) e do sexo masculino 38,6% (n=179) da amostra de 15 anos; 69.9% (n=350) sexo feminino e 30,1% (n=151) do sexo masculino da amostra de 16 anos; 57.4% (n=244) sexo feminino e 42,6% (n=181) do sexo masculino da amostra de 17 anos; e 15.6% (n=20) sexo feminino e 84,4% (n=113) do sexo masculino da amostra de 18 anos.
Em relação ao estado nutricional 83% (n=1260) da amostra apresentou peso normal, sendo: 61.9% (n=780) dessa amostra feminino e 38,1% (n=480) do sexo masculino. Em relação ao nível socioeconômico 62.4% da amostra, a maior parte, relatou pertencer ao nível socioeconômico médio, sendo: 60% (n=568) dessa amostra do sexo feminino e 40% (n=379) do sexo masculino. A escolaridade dos pais apresentou a maior parte da amostra de pais (41.4%, n=628) e mães (41.5%, n=630) com escolaridade “até o ensino médio completo”.
As barreiras mais frequentes para ambos os grupos foram: "preguiça" (n=633 - 41.7%), "não tem companhia" (n=614 - 40.4%) e "clima" (n=613) - 40.4%); Por outro lado, os menos frequentes foram "não pode realizar os movimentos" (n=170 - 11.2%) e "não tem como pagar" (n=283 - 18.6%). Em relação ao gênero, as meninas relataram como principais barreiras: "preguiça" (n=470 - 52.3%), "clima" (n=437 - 48.6%) e "não tem companhia" (n= 428 - 69.7%). Para meninos: "não tem locais" (n=186 - 30.0%), "não tem ninguém para levar" (n=185 - 29.9%) e "falta de instalações "(n=181 - 29.2%) foram as mais percebidas (Tabela 1). A Tabela 2 apresenta as características da amostra (sexo, idade, estado nutricional, escolaridade pai e mãe, NSE) de acordo com os grupos de atividade física.
Em relação aos grupos de atividade física (Tabela 3), meninas inativas fisicamente reportaram com mais frequência as barreiras: “não ter companhia” (n=204 - 33.2%) e “preguiça” (n=141 - 30.0%). Assim como, as meninas dos grupos insuficientemente ativas e ativas fisicamente, sendo: “não ter companhia” (n=214 - 34.9% vs n=196 - 31.9%) e “preguiça” (n=182 - 38.7% vs n=147 - 31.3%), respectivamente.
Meninos inativos fisicamente reportaram com mais frequências as barreiras: “não ter alguém para levar” (n=57 - 30.8%) e “preguiça e não ter companhia” (n=56 - 30.1%, ambas). Insuficientemente ativos reportaram com mais frequência “não ter companhia” (n=70 - 37.6%), seguido de “clima” (n=68 - 38.6%). Por fim, o grupo de meninos ativos fisicamente reportaram “falta de locais” (n=70 - 38.7%) e “não ter alguém para levar” (n=67 - 36.2%) com mais frequência quando comparado as demais barreiras.
Quando comparado diferenças estatísticas entre os grupos de meninas, as barreiras: “acha chato” (p=.013 insuficientemente ativas), “clima” (p=.003 insuficientemente ativas) e “não ter como pagar” (p=.005 insuficientemente ativas) apresentaram diferenças estatísticas em relação aos grupos. Para meninos, apenas a barreira “não ter motivação” (p=.005 inativos fisicamente) apresentou diferença significativa.
DISCUSSÃO
Investigar barreiras para atividade física em adolescentes pode ser primordial para desenvolver abordagens adequadas para reduzir a inatividade física (Portela-Pino et al., 2020; Prochnow et al., 2019; Rech et al., 2018; Vasquez et al., 2020). Apresentar as barreiras percebidas pelos adolescentes de acordo com o nível de atividade física pode ampliar o conhecimento sobre o tema.
Em relação ao sexo, meninas reportaram com mais frequência as barreiras: não ter companhia e preguiça, para todos os grupos (inativo, insuficientemente ativo, ativo). Em relação a preguiça, os resultados concordam com outros estudos da literatura que investigaram amostra de adolescentes (Dias et al., 2015; Portela-Pino et al., 2020 ) embora se distanciem de outros estudos que apontaram para a falta de interesse ou conhecimento para realizar exercícios é mais presente em meninas (Rosselli et al., 2020; Vasquez et al., 2020).
A falta de companhia é uma barreira citada por adolescentes (Prochnow et al., 2019; Rech et al., 2018). Na adolescência é comum iniciar uma independência da família, as relações pessoais com amigos são fortalecidas e suas opiniões são relevantes na tomada de decisões relacionadas ao comportamento, nesse específico, sobre o comportamento ativo ou não (Piola et al., 2019; Prochnow et al., 2019). Sendo assim, ter companhia dos amigos para realizar atividade física no lazer parece ser importante na decisão de realizar a prática, em especial para meninas (Piola et al., 2019;).
A escola pode contribuir na promoção de atividade física, espera-se que ela sirva de elemento propulsor destas iniciativas, visando facilitar a prática além das experiências que as aulas de educação física proporcionam (Camargo et al., 2017). Incorporar estratégias que aumentem a autoeficácia (por exemplo: experiências de domínio da atividade física) e reduzam sentimentos de vergonha podem colaborar na redução de barreiras (Garn et al., 2020) Não mencionado no presente estudo, mas relatado atualmente na literatura problemas de relacionamento entre adolescentes podem levar a situações de bulling e a princípio criar barreiras (Méndez et al., 2019). A esse respeito, a prática da atividade física pode promover a responsabilidade e melhora da convivência (Méndez et al., 2019).
Meninos não foram tão consistentes com as respostas, além de: não ter companhia e preguiça, também citaram: clima, falta de locais e não ter alguém para levar. Sobre o clima, ela é uma barreira específica de cidades que possuem condições climáticas voltadas para o frio e chuva. Outros estudos realizados na cidade de Curitiba, Sul do Brasil, reportaram o clima como barreira para atividades físicas (Santos et al., 2009; Santos et al., 2010).
Ademais, um estudo de revisão sistemática sobre barreiras para a prática de atividade física na população brasileira, mencionou a falta de locais e não ter alguém para levar (Rech et al., 2018). A promoção de atividades e instalações que aumentem a interação social parece ser uma alternativa importante para aumentar os níveis de atividade física entre os adolescentes (Rech et al., 2018). O incentivo ao uso de parques e praças para promoção da atividade física, também pode contribuir para a compreensão de possíveis atividades gratuitas na comunidade (Silva et al., 2019).
Por fim, quando comparado os grupos (inativo, insuficientemente ativo, ativo), meninas insuficientemente ativas relataram significativamente com mais frequência as barreiras: acha chato, clima e não ter como pagar. Para seus pares, apenas a barreira: não ter motivação apresentou diferença significativa para o grupo de meninos inativos. É necessário, que a escola repense nas aulas de educação física como uma ferramenta de aprendizagem para o comportamento ativo e ainda, oportunize o acesso a outras praticas, para que meninas e meninos tenham acesso a atividades diversas (Camargo et al., 2017). Com o intuito de que a atividade física não seja monótona, que adolescentes sintam-se motivados a realizar, em diversos locais (casa, parque, praças) e em diversas companhias (familiares, amigos, colegas da igreja, do trabalho) o que aprenderam na escola (Camargo et al., 2017). Em especial, que os adolescentes consigam perceber as diferentes formas de realizar atividade física sem custos, como por exemplo: a utilização de espaços públicos de lazer (Silva et al., 2019). Uma vez que outros estudos também mencionaram que, não ter como pagar pode ser uma barreira para diversas populações (Vasquez et al., 2020).
Um aspecto positivo deste estudo está no uso do questionário desenvolvido por Santos et al. 2009 (Santos et al., 2009), que foi validado em adolescentes da mesma localização geográfica. Além disso, deve-se notar que, sendo uma amostra representativa e suficientemente ampla, a extrapolação dos resultados da amostra analisada adquire maior confiança. Entretanto, apesar dos pontos positivos, algumas limitações desta pesquisa devem ser levadas em consideração. Em primeiro lugar, o desenho transversal não permite estabelecer uma relação causal entre barreiras e inatividade física no lazer. Da mesma forma, o estudo foi realizado em escolas públicas, não incluindo adolescentes de escolas privadas que podem ter características diferentes da população analisada.
Pesquisas futuras poderão analisar o custo-efetividade das intervenções sociais e ambientais na escola com a percepção de barreiras. Além de estudos com grupos focais direcionados para estruturações da escola, que tenham como objetivos: ampliar o nível de atividade física de adolescentes, repassar conhecimento sobre a importância de ser ativo fisicamente para os adolescentes e seus respectivos pais, elaborar estratégias junto a comunidade. Assim, novos estudos podem aumentar a compreensão sobre como reduzir a percepção de barreiras para atividade física entre adolescentes e com isso, maximizar o nível de atividade física dessa população.
CONCLUSÃO
Meninas percebem um número de barreiras superior quando comparado com meninos. “Não ter companhia” e “preguiça” foram as barreiras mais citadas por meninas em todos os grupos. Meninas insuficientemente ativas apresentaram diferenças significativas, ao reportar com mais frequência as barreiras: “acha chato”, “clima” e “não tem como pagar”, quando comparado com os demais grupos (inativas e ativas). Meninos reportaram com mais frequências as barreiras: “não ter alguém para levar”, “preguiça”, “não ter companhia”, “clima”, “falta de locais”. Quando comparado com os demais grupos (insuficientemente ativo e ativo) apenas a barreira “não ter motivação” apresentou diferença significativa para o grupo de meninos inativos fisicamente.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Profissionais do esporte e áreas afins, podem utilizar as contribuições deste manuscrito em seu trabalho profissional. Profissionais e escola podem elaborar estratégias junto a pais e toda a comunidade, visando compreender quais são as barreiras para a prática de atividade física dos adolescentes da sua escola. Visando minimiza-las. A consequência dessa ação será maiores níveis de atividade física, seguido de inúmeros benefícios para a saúde.