Mi SciELO
Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Accesos
Links relacionados
- Citado por Google
- Similares en SciELO
- Similares en Google
Compartir
Archivos de Zootecnia
versión On-line ISSN 1885-4494versión impresa ISSN 0004-0592
Arch. zootec. vol.63 no.244 Córdoba dic. 2014
https://dx.doi.org/10.4321/S0004-05922014000400011
Características da silagem de resíduo úmido de fécula de mandioca adicionada de níveis de ureia
Characteristics from wet residue silage of cassava starch with different levels of urea added
Zambom, M.A.1A; Fernandes, T.2A; Soares, M.S.S.P.1B; Castagnara, D.D2*; Neres, M.A.1C; Javorski, C.R.2B e Cruz, E.A.3
1Centro de Ciências Agrárias. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Unioeste. Marechal Cândido Rondón, PR. Brasil. Amazambom@hotmail.com; Bmagaspozza@hotmail.com; Cabbado@unioeste.br
2Programa de Pós Graduação em Zootecnia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Unioeste. Marechal Cândido Rondon, PR. Brasil. Atati-_-tati@hotmail.com; *deisecastagnara@yahoo.com.br; Bcleo.rossi@hotmail.com
3Graduação em Zootecnia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Unioeste. Brasil. zooeduardo@yahoo.com.br
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição do residuo úmido de fécula de mandioca (RUFM) ensilado com diferentes níveis de ureia, verificando possíveis alterações na fermentação e em seu valor nutricional, e características microbiológicas e fermentativas. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas 4x2, com os quatro níveis de inclusão de ureia no resíduo úmido de fécula de mandioca (0; 5; 10; 15 e 20 g/kg na matèria natural) alocados nas parcelas, e as posições de amostragem no silo (superficial e intermediària) alocadas nas subparcelas. O RUFM foi ensilado em silos circulares aéreos de concreto, com capacidade para aproximadamente 1000 kg. A ureia foi adicionada ao RUFM em camadas intercaladas no momento da ensilagem, e o material permaneceu ensilado por um período de 45 dias. Decorrido o período de fermentação, os silos foram abertos e foram realizadas as amostragens para a determinação da temperatura, pH, nitrogenio total, nitrogênio amoniacal, matéria seca, matéria mineral, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose, hemicelulose e lignina, e da população de fungos e leveduras, bacterias ácido-láticas e Clostridium. A adição de ureia até o nivel de 20 g/kg na materia natural para a ensilagem do residuo úmido de fécula de mandioca com aproximadamente 18 % de MS aumenta o pH, N total, N-NH3, proteina bruta, FDN e FDA da silagem. Porém, esta mesma adição, reduz as populações de bactérias ácido láticas, fungos, leveduras e a população total de microorganismos sem alterar o conteúdo de materia seca, a hemicelulose, celulose e lignina.
Palavras chave: Composição bromatológica. Desenvolvimento de microorganismos. Subproduto. Nitrogênio não proteico. Ensilagem.
SUMMARY
This study aimed to evaluate the nutritive and microbiological composition and fermentation changes in the residue of wet cassava starch (RWCS) ensiled with different levels of urea. The experimental design was a randomized split plot 4x2, with four levels of urea added in the residue of wet cassava starch (0, 5, 10, 15 and 20 g/kg as fed) allocated to plots, and the sampling positions in the silo (superficial and intermediate) allocated to the subplots. The RWCS was ensiled in air circular concrete silos with approximately 1000 kg of capacity. Urea was added to RWCS between layers at the time of ensiling and the material was kept ensiled for a period of 45 days. After the fermentation period, the silos were opened and samples were collected for the determination of temperature, pH, total nitrogen, ammonia, dry matter, mineral matter, organic matter, crude protein, neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), cellulose, hemicellulose and lignin, and the population of fungi and yeasts, lactic acid bacteria and Clostridium. The urea addition to the level of 20 g/kg as fed silage for the residue of wet cassava starch with approximately 18 % of DM increases the pH, total N, NH3-N, crude protein, NDF and ADF of silage. However, this addition reduce the populations of lactic acid bacteria, fungi, yeasts and the total population of microorganisms without altering the content of dry matter, hemicellulose, cellulose and lignin.
Key words: Chemical composition. Development of microorganisms. By-product. Non-protein nitrogen. silage.
Introdução
Como os gastos com alimentação animal representam a maior parte dos custos de produção pecuária (Jobim et al., 2007), a utilização de subprodutos da agroindústria na alimentação animal é uma estratégia promissora para a redução dos custos de produção (Souza et al., 2012).
Dentre os residuos com potencial para a utilização na alimentação de ruminantes destacam-se os subprodutos da industrialização da mandioca (Manihot esculenta Crantz) (Ramalho et al., 2006). O potencial desses subprodutos torna-se ainda mais relevante ao se considerar que o Brasil está entre os maiores produtores de mandioca do mundo, havendo grande produção e disponibilidade desses residuos neste pais.
A massa de fecularia, também conhecida como massa de mandioca, ou residuo úmido de fécula de mandioca é um dos subprodutos do processamento industrial da mandioca. Sua obtenção se dá por meio da prensagem da mandioca para extração da fécula ou amido na industria por via úmida (Marques e Caldas Neto, 2002).
Devido ao método de extração da fécula, o residuo úmido de fécula de mandioca apresenta um alto conteúdo de carboidratos de fácil e rápida fermentação ruminai (Caldas Neto et al., 2000), entretanto, possui também, baixo conteúdo de matèria seca (aproximadamente 15%) (Abrahão et al., 2006), o que dificulta sua conservação.
Porém, mesmo em condições de alta umidade, residuos da agroindústria podem ser preservados por meio da ensilagem. Souza et al. (2012) conseguiram preservar de forma satisfatória o residuo úmido de cervejaria, que também possui baixo conteúdo de matéria seca.
No entanto, o residuo úmido de fécula de mandioca possui ainda mais um entrave na sua utilização, o baixo valor protéico (Abraháo et al., 2006). Essa característica associada ao baixo conteúdo de matéria seca possibilita a utilização de aditivos alimentares, como a ureia, que além de incrementar o valor nutritivo, pode auxiliar na preservação do material ensilado (Neumann et al., 2010).
Nesse contexto, o trabalho teve como objetivo avaliar o perfil fermentativo e mi-crobiológico e a composição quimica do residuo úmido de fécula de mandioca (RUFM) ensilado com diferentes niveis de ureia.
Material e métodos
O experimento foi conduzido na fazenda experimental Professor Dr. Antonio Carlos dos Santos Pessoa, Centro de Ciências Agrárias, Unioeste na Região Oeste do Paraná, sob latitude 24o 33' 22'' S e longitude 54o 03' 24'' W, com altitude aproximada de 400 m. O clima é classificado (Sistema Köppen) como Cfa (mesotérmico úmido subtropical de inverno seco). As análises bromatológicas e do perfil fermentativo da silagem foram realizadas no Laboratòrio de Nutrição Animal, enquanto as análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Microbiologia (Unioeste).
O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas 4x2, com os quatro níveis de inclusão de ureia no residuo úmido de fécula de mandioca (0; 5; 10; 15 e 20 g/kg na matéria natural) alocados nas parcelas, e as posições de amostragem no silo (subperficial e intermediária) alocadas nas subparcelas, com quatro repetições.
O residuo úmido de fécula de mandioca (RUFM) utilizado no experimento foi obtido em empresa processadora localizada no municipio de Marechal Cândido Rondon com as características químicas apresentadas na tabela I e ensilado em silos aéreos circulares pré-moldados de concreto, com capacidade aproximada de 1000 kg de armazenamento.
Para a inclusão da ureia no RUFM, ambos foram adicionados em camadas proporcionais ao volume individual, visando uma mistura uniforme dos materiais, de forma que a espessura das camadas de RUFM adicionadas ao silo não ultrapassem 5 cm. Após a ensilagem os silos foram vedados com lona plástica preta, sobre a qual foi depositada uma camada de 10 cm de areia seca, para que ocorresse a formação de um ambiente anaeróbio que assegurasse a fermentação. O resíduo permaneceu ensilado por um período total de 45 dias, após o qual os silos foram abertos para a realização das amostragens. Por ocasião da abertura dos silos, uma camada superficial de 10 cm do resíduo ensilado foi descartada para redução dos riscos de contaminação das amostras. Após o descarte da camada superficial, as amostragens foram realizadas manualmente na porção superficial e intermediária dos silos.
Para a obtenção das amostras da porção superficial, foram coletadas amostras individuais em quatro pontos distintos na camada de 0-50 cm no material restante no silo, para formação de uma amostra composta para cada repetição do experimento. Para a caracterização da silagem de RUFM na porção intermediária do silo, as amostras foram coletadas manualmente nos silos, em quatro pontos distintos, em profundidade superior a 50 cm, para posterior obtenção de uma amostra composta.
A decisão de amostragem em dois pontos no interior do silo foi tomada em função de observagoes relacionadas ás diferengas na coloração das silagens localizadas superficialmente e na porção intermediária dos silos. As diferenças de coloração poderiam estar indicando variações no perfil de fermentação dessa silagem, que iriam se refletir em suas características fermentativas, bromatológicas e microbiológicas, e a amostragem e estudo dessas porções separadamente poderia confirmar a existência ou não dessas diferenças.
Após as amostragens, o RUFM foi acondicionado em sacos plásticos identificados e no laboratório, cada amostra obtida foi separada em três sub-amostras. A primeira foi acondicionada em bandeja de aluminio e conduzida à estufa de secagem com circulação forçada de ar por 72 horas sob temperatura de 55 oC. Nessa etapa foram tomados os pesos fresco e seco do RUFM para determinação dos teores de matèria seca. Após a secagem, as amostras foram moidas em moinho tipo Willey em peneira de 1 mm e acondicionadas em frascos plásticos identificados para a realização das análises bromatològicas. Para o estudo da composição bromatològica das silagens, as amostras secas e moidas foram submetidas à procedimentos laboratoriais para a avaliação dos teores de matéria seca (MS), matèria mineral (MM), matéria orgânica (MO), proteina bruta (PB) e nitrogênio total (N-total) segundo a AOAC (1990), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) conforme Van Soest et al. (1991), hemicelulose, lignina e celulose (Silva e Queiroz, 2006).
A segunda amostra foi destinada à caracterização fermentativa da silagem, e a terceira amostra para a realização das análises microbiológicas. Para a caracterização do perfil fermentativo das silagens determinou-se a temperatura, o pH e o teor de nitrogênio amoniacal. A temperatura foi determinada atravès de termometro digital do tipo espeto acondicionado em cada camada no interior do silo no momento da abertura. Na determinação do pH, foi realizada extração do exsudado da silagem, por meio de prensa hidráulica, para imediata determinação de pH (medição em potenciometro). O nitrogènio amoniacal (N-NH3), foi determinado em sub-amostras in natura de 100 g, segundo metodologia de Bolsen et al. (1992). O perfil microbiològico foi determinado por meio de tècnicas de culturas seletivas em solução preparada com 50 g de amostras das silagens e 450 mL de água destilada esterilizada.
As populações de microorganismos nas silagens foram determinadas segundo Silva et al. (1997), utilizando os seguintes meios: Potato Destrose Ágar para contagem de fungos filamentosos e leveduras, mantendo-se as placas em temperatura ambiente por 5 a 7 dias; Lactobacillus MRS Broth para contagem de bactérias ácido láticas, mantendo-se as placas em incubação a 35 oC por 72 horas e Reinforced Clostridial Ágar para contagem de clostrídios, mantendo-se as placas em incubação anaerobia utilizando-se jarras com sistema de gás - Park a 35 oC por 72 horas.
Após o período de incubação as colonias foram contadas, utilizando-se um contador de colonias Quebec, sendo passíveis de serem contadas as placas que apresentarem entre 30 e 300 UFC (Unidade Formadora Colônia) por placa de petri e os resultados foram obtidos por meio de média das placas, na diluição selecionada, e expressos em log.
Os resultados obtidos foram tabulados e submetidos à análise de variância sendo testados pelo teste F de Fischer (Pimentel-Gomes e Garcia, 2002; Pimentel-Gomes, 2009). Quando constatada a significância dos níveis de adição de ureia, as médias foram estudadas por análise de regressão, testando-se os modelos linear e quadrático considerando-se a ausencia de significância para os desvios de regressáo. Para a escolha do modelo foi considerado o maior coeficiente de determinação (R2). As significâncias dos coeficientes das equações dos modelos de regressão selecionados para cada variável estudada foram testadas pelo teste t de Student (Pimentel-Gomes e Garcia, 2002; Pimentel-Gomes, 2009).
Resultados e discussão
A temperatura da silagem foi alterada somente pelos níveis de ureia (p<0,05), sem efeitos para as posições de amostragem da silagem e para a interação dos fatores (p>0,05). A temperatura da silagem de-cresceu linearmente com a adição dos níveis de ureia, de forma que a cada 1 g/kg de ureia adicionados à silagem, houve uma redução de 0,56 oC na silagem (tabela II). Essa diferenga pode estar mais relacionada ao acaso do que aos próprios tratamentos estudados na silagem, uma vez que, do ponto de vista biológico, essa redugão na temperatura é praticamente insignificante, pois correspondeu a 1,1 oC da ausência de adição de ureia, para o maior nivel de adigão (20 g/kg na matéria natural).
Os niveis de ureia também afetaram o pH da silagem (p<0,05), que aumentou linearmente com o aumento dos niveis de ureia. Para cada 1 g/kg de ureia adicionado ao residuo úmido de fécula de mandioca, houve um aumento de 0,1324 unidades de pH, fazendo com que o pH se elevasse de 3,6 na silagem de residuo úmido de fécula de mandioca sem ureia, para 6,3 na silagem adicionada de 20 g/kg de ureia (tabela II). Os resultados sugerem que a adição de mais de 10 g de ureia para cada kg de residuo úmido de fécula de mandioca prejudica a fer-mentação da silagem, refletindo-se em dificuldades na redução do pH. Segundo Mcdonald et al. (1991), silagens bem preservadas apresentam pH que variam entre 3,7 e 4,2 e silagens mal preservadas possuem alto pH, entre 5,0 e 7,0, as quais têm concentrações consideráveis de ácido acético e butírico. O aumento do pH está relacionado com a adição de ureia (CH4N2O), pois com sua hidrólise (CH4N2O + H2O), ocorre a formação de CO2 e NH3. O NH3 por sua vez, pode reagir com a água formando o hidróxido de amônia (NH4OH) (Kung Jr et al., 2003). A formação desse composto básico contribui para o aumento do pH, inibindo o desenvolvimento de micror-ganismos indesejáveis, principalmente leveduras, porem, como já dito, ocorre má preservação da silagem.
A matéria seca manteve-se constante em todos os tratamentos, não sendo afetada significativamente por nenhum dos fatores estudados (p<0,05), e apresentando um valor médio de 190,32 g/kg. Na confecção de silagens, para a obtenção de alta qualidade, algumas recomendações básicas devem ser seguidas (Ribeiro etal., 2007). Dentre estas, tem-se o teor adequado de matéria seca, que é de 350,00 g/kg, a fim de favorecer o processo fermentativo, e varia com as caracteristicas do material que está sendo ensilado (Carvalho et al., 1992). De acordo com Gongalves et al. (2014) a ensilagem do RUFM com diferentes teores de matéria seca (128,33 ou 151,02 g/kg) não interfere no processo de fermentação.
Os valores de matéria seca obtidos neste estudo são inferiores a alguns teores recomendados na literatura, pois Paiva (1976) recomenda teores de 300-350 g/kg de matéria seca no material a ser ensilado, enquanto Mcdonald et al. (1991) citam que os valores de matéria seca devem ser maiores que 250 g/kg para evitar maiores perdas por efluentes. No entanto, como as silagens estudadas apresentaram teor médio de matéria seca de 190,32 g/kg e Meskee et al. (1993) obtiveram boas silagens com teores de matéria seca variando de 200 a 290 g/kg, poderia se inferir que, a partir do teor de matéria seca é possível obter silagens de qualidade ensilando-se o resíduo úmido de fécula de mandioca com teores de matéria seca acima de 200 g/kg. Deve-se ressaltar porém, que Rotz e Muck (1994) indicam um teor de matèria seca em torno de 300 g/kg no momento da ensilagem para minimizar o potencial para fermentação indesejável, durante o armazenamento da silagem.
Nos valores de N-NH3, houve significância dos níveis de ureia e das posições de amostragem (p<0,05). O teor de ureia foi superior na camada intermediária, representando 68,3 % do N total, enquanto na camada superficial foi inferior, o N-NH3 representou 60,9 % do N total. Essa diferença evidencia que pode ter havido uma lixiviação do N-NH3 formado na superfície ao longo do perfil do resíduo úmido de fécula de mandioca, possibilitando a redução no N-NH3 da superfície com consequente aumento da sua concentração em profundidade.
Os níveis de ureia ocasionaram um efeito linear crescente no NH3 das silagens em resposta ao aumento dos níveis adicionados (tabela II). Essa elevação era esperado devido a adição de ureia às silagens e ao baixo teor de matéria seca do material ensilado, visto que o N-NH3 é formado a partir da hidrólise da ureia (CH4N2O). A formação do N-NH3 parece a princípio indesejável, mas em silagens com baixo conteúdo de matéria seca, a formação desse composto contribui na conservação da silagem por controlar a população de leveduras (Siqueira et al., 2007).
No entanto, em relação ao N total, as proporções de N-NH3 são consideradas altas, e as silagens obtidas no experimento não podem ser consideradas de boa qualidade, pois de acordo com Benachio (1965), silagens próprias para o consumo devem apresentar tal relação N-NH3/N total inferior a 10 %. A recomendação de que o teor de amonia não deve ultrapassar valores de 11 a 12 % do nitrogênio total em silagens bem conservadas, indicam menor intensidade de proteólise durante o processo de fermentação dessas silagens, uma vez que a proteólise no interior do silo é ocasionada pela atuação de bactérias do gênero Clostridium (Mcdonald et al., 1991).
No presente estudo, as proporções de N-NH3 foram altas devido ao baixo teor de proteína bruta do resíduo úmido de fécula de mandioca que foi ensilado (tabela I), o que contribuiu para evidenciar os efeitos da ureia adicionada. Entretanto, mesmo nos tratamentos em que não houve adição de ureia, foi observada uma alta proporção de N-NH3 em relação ao N total (59,0 %). Esses resultados evidenciam que durante a ensilagem ocorreu atividade dos clostrídios, uma vez que o N-NH3 é produzido em pequenas quantidades pelas bactérias acido láticas e pela atividade da enzima deaminase das plantas (Jobim e Gonçalves, 2003). Dessa forma, apesar de ter elevado o teor de PB da silagem, a adição de ureia ao resíduo úmido de fécula de mandioca proporcionou a obtenção de uma silagem de baixa qualidade protéica, pois os resultados evidenciam que houve intensa deaminação dos aminoácidos da proteína verdadeira (Jobim et al., 2007), que já se encontrava em baixa concentração no material inicial.
No entanto, segundo Gomide et al. (1974), o elevado teor de N-NH3 em silagens tratadas com ureia, por si só, não é um bom indicativo da ocorrencia de fermentação indesejável no material ensilado, especialmente em silagens produzidas com a adição de alguma fonte de nitrogênio.
Resultado semelhante ao N-NH3 foi observado para o N total, porém, com significância apenas dos níveis de ureia (p<0,05), e aumento linear no N total das silagens com o aumento dos níveis de ureia adicionados (tabela II). Para cada 1 g/kg de ureia adicionada ao resíduo úmido de fécula de mandioca com base na matéria natural, houve um aumento de 8,7 g/kg de NH3 e de 0,913 g/kg de N total, com base na matéria seca.
No estudo da composição bromatológica das silagens, constatou-se que os teores de matéria mineral, matéria orgânica, hemicelulose, lignina e celulose não foram alterados pelas fontes de variação estu-dadas (p>0,05). No entanto, os teores de proteína bruta, FDN e FDA apresentaram significáncia para os níveis de ureia adicionados (p<0,05).
O teor de proteína bruta elevou-se linearmente com a adição dos níveis de ureia, apresentando um aumento de 5,72 g/ kg de PB na MS para cada 1 g/kg de ureia adicionado na matéria natural do resíduo úmido de fécula de mandioca (tabela III). Aumentos nos teores de PB eram esperados devido à adição de ureia, e confirmam os benefícios do uso desse aditivo em condições críticas, como a desse estudo. Nas condições desse estudo, em que foi realizada a ensilagem de um material com baixo conteúdo de MS e com baixo conteúdo de PB, a ureia proporcionou o aumento da PB com um baixo custo por unidade proteína obtida (Neuman et al., 2010).
Adição de ureia em níveis de 1 % (Pedroso etal., 2007) ou de 0,5 a 1,5 % (Lima et al., 2002; Molina et al., 2002) da matéria natural sáo recomendados para aplicação na ensilagem da cana-de-açúcar, pois apresentam bom padráo de fermentação e melhor composição bromatológica, com teor mais elevado de MS e teores mais baixos de FDA e FDN, em comparação a silagens de cana exclusivamente. Porém, no caso do resíduo úmido de fécula de mandioca tais dosagens de ureia utilizadas se mostraram em excesso, possivelmente em virtude do baixo teor de MS desse subproduto.
Da mesma forma, o FDN e o FDA elevaram-se linearmente, com um aumento de 0,45 e 0,47 g/kg, respectivamente, para cada 1 g/kg de ureia adicionada (tabela III). Na ensilagem de materiais fibrosos, a ureia dentro do silo pode reduzir a FDN do material, pois em decorrência da ação da urease, é convertida a amônia, que, ao se ligar à água, forma o hidróxido de amonia, capaz de solubilizar os componentes da parede celular, principalmente a hemicelulose (Reis et al., 1990). No entanto, reduções na he-micelulose e na FDN não foram observadas no presente estudo, porque os conteúdos desses constituintes no material original era baixo, o que pode ter limitado os efeitos da ureia.
Para a determinação do valor nutritivo de alimentos para ruminantes é importante conhecer os teores de frações fibrosas dos alimentos. A digestibilidade da MS é negativamente correlacionada com o consumo, assim como com os teores de FDA e de FDN (Restle et al., 2000; Van Soest, 1994). Segundo Mühlbach (2003), o teor de FDN das forragens é o componente bromatológico responsável por regular o consumo de alimento. No resíduo úmido de fécula de mandioca in natura ou após a ensilagem com diferentes níveis de ureia, os valores obtidos para FDN estão abaixo dos recomendados por Mertens (1994), que cita valores na faixa de 55-60 % na base da matéria seca.
A hemicelulose é uma coleção heterogenea de polissacarídeos amorfos com grau de polimerização muito inferior a celulose (Van Soest, 1994). A ocorrência de hidrólise de carboidratos estruturais pela presença da ureia durante o processo de fermentação pode acarretar em alterações nos teores de hemicelulose (Mcdonald et al., 1991). Embora alguma celulose também possa ser hidrolisada, a hemicelulose é a principal fonte de carboidratos solúveis. Através de hidrólise química no caso da ureia, até 20 % da hemicelulose pode ser hidrolisada em açúcares de 5 ou 6 carbonos, que foram utilizadas posteriormente por bactérias acéticas ou lácticas (Moser, 1995), fato que não ocorreu no presente estudo e que poderia ter contribuído para a redução do pH.
O aumento nos teores de FDN e FDA, pode estar relacionado com o consumo dos carboidratos solúveis durante a fermentação (Mcdonald etal., 1991). Esse processo pode ter ocasionado perdas na matéria seca, fazendo com que o conteúdo total dessas frações fibrosas aumentasse. Também, segundo Vieira et al. (2004), a adição de ureia em silagens possui efeito negativo sobre o desenvolvimento e atuação de bactérias degradadoras da porção fibrosa da forragem (bactérias fibrolíticas), inibindo dessa forma a hidrólise da celulose.
A lignina é constituinte da parede celular, e influi negativamente sobre de-gradabilidade dos demais tecidos das plantas (Jung e Engels, 2002), e seu excesso pode indisponibilizar a proteína dietética, causando redução no consumo pelos animais (Rogerio etal., 2007). A ausência de alteração no conteúdo de lignina no presente estudo deve-se à ausência de hidrólise química no silo com liberação da he-micelulose, uma vez que aumentos na fração lignocelulósica de alimentos de origem vegetal conservados normalmente devem-se à redução nos conteúdos de hemicelulose.
A população de Clostridium da silagem, bem como os fungos e leveduras, e as bactérias ácido láticas foram alteradas pelos níveis de ureia adicionados (p<0,05) (tabela IV). Porém, apenas a população total de Clostridium apresentou diferenga significativa para os pontos de amostragem, sendo superior na posição intermediária (6,39 log10 UFC/g) em relação à silagem da camada superficial do silo (6,17 log10 UFC/g). Essa diferença deve-se à drenagem de parte da água presente no RUFM para as camadas inferiores do silo. Embora essa diferença não tenha sido evidenciada pelos teores de matéria seca que foram semelhantes no momento da abertura dos silos (tabela II), no inicio do período de fermentação parte da água presente no RUFM permaneceu na camada intermediária durante o processo de drenagem e lixiviação ao longo do perfil do silo. Esse processo permitiu um ambiente com maior umidade e mais favorável ao desenvolvimento de Clostridium na camada intermediária, no inicio do processo fermentativo, e está diferença foi mantida mesmo após a estabilização, drenagem total, do conteúdo de água excedente, no silo.
Em resposta aos níveis de ureia adicionados, para cada g/kg de ureia adicionada houve uma redução de 0,292 log10 UFC/g na população de Clostridium, ao passo que para os fungos e leveduras e bactérias ácido láticas, a redução foi de 0,354 e 0,378 log10 UFC/g, respectivamente (tabela IV).
As reduções observadas na população de microorganismos têm pouco impacto sobre a qualidade da silagem do ponto de vista biológico, pois a presença de ureia na massa ensilada normalmente ocasiona retardos na redução do pH, devido à produção de hidróxido de amonio, favorecendo o crescimento de microorganismos indesejá-veis que atuam em faixas de pH mais alto (Lopes e Evangelista, 2010).
No entanto, a formação do N-NH3 controla o desenvolvimento de alguns microorganismos (Siqueira et al., 2007). Segundo Freitas et al. (2002), a amônia (NH3) formada a partir da ureia na presença de uréase possui ação antimicrobiana e inibindo o desenvolvimento de leveduras e fungos, justificando as reduções nas populações desses microrganismos apresentadas neste estudo.
Em relação às bactérias ácido láticas, grandes alterações na população não eram esperadas, pois a adição de ureia não estimula o crescimento desses microorganismos (Carvalho et al., 2011). Uma vez que estas possuem atividade eficaz da protease, não sendo eficientes na utilização da amonia (Hugenholtz e Kleerebezem, 1999). O que pode acarretar em maior competição com as bactérias capazes de utilizar nitrogênio não proteico (Carvalho et al., 2011), resultando em uma pequena redução das bactérias ácido láticas. Já para o Clostridium, os resultados comprovam que o aumento do N-NH3 (tabela II) não tem relação direta com a população desses microrganismos, evidenciando que na ensilagem de produtos com baixo conteúdo de matéria seca com a adição de ureia, a presenga de Clostridium não é o principal fator que contribui pra aumentos nos níveis de N-NH3 das silagens.
Conclusão
A adição de ureia até o nivel de 20 g/kg na matéria natural para a ensilagem do resíduo úmido de fécula de mandioca com aproximadamente 180 g/kg de MS aumenta o pH, N total, N-NH3, proteína bruta, FDN e FDA da silagem. Porém, reduz as populações de bactérias ácido láticas, fungos, leveduras e Clostridium sem alterar o conteúdo de matéria seca, a hemicelulose, celulose e lignina. Apesar de a ureia contribuir com o aspecto nutricional da silagem de residuo úmido de fécula de mandioca, elevando os teores de proteina bruta, são necessários novos estudos mais detalhados para a recomendação da utilizagão desse volumoso na alimentação animal.
Bibliografía
1. Abrahao, J.J.S.; Prado, I.N.; Marques, J.A.; Perotto, D. e Lugão, S.M.B. 2006. Avaliação da substituição do milho pelo residuo seco da extração da fécula de mandioca sobre o desempenho de novilhas mesticas em confinamento. Rev Bras Zootecn, 35: 512-518. [ Links ]
2. AOAC. 1990. Official methods of analysis. 15a ed. Association of Official Analytical Chemists. Arlington. Virginia. 1117 pp. [ Links ]
3. Benachio, S. 1965. Niveles de melaza en silo experimental de milho crillo (Sorghum vulgare). Agron Trop, 14: 291-297. [ Links ]
4. Bolsen, K.K.; Lin, C. and Brent, B.E. 1992. Effect of silage additives on the microbial succession and fermentation process of alfalfa and corn silage. J Dairy Sci, 75: 3066-3083. [ Links ]
5. Caldas Neto, S.F.; Zeoula, L.M.; Branco, A.F.; Prado, I.N.; Dalponte, A.O.; Kassies, M. e Fregadolli, F.L. 2000. Mandioca e residuos das farinheiras na alimentação de ruminantes: digestibilidades total e parcial. Rev Bras Zootecn, 26: 2099-2108. [ Links ]
6. Carvalho, D.D.; Andrade, J.B. e Biondi, P. 1992. Estádio de maturação na produção e qualidade da silagem de sorgo. I Produção de matéria seca e proteina bruta. Bol Ind Anim, 49: 91-99. [ Links ]
7. Carvalho, I.P.; Detmann, E.; Mantovani, H.C.; Paulino, M.F.; Valadares, Filho, S.C.; Costa, V.A.C. and Gomes, D.I. 2011. Growth and antimicrobial activity of lactic acid bacteria from rumen fluid according to energy or nitrogen source. Rev Bras Zootecn, 40: 1260-1265. [ Links ]
8. Freitas, D.; Coan, R.M.; Reis, R.A. Pereira, J.R.A. e Panizzi, R.C. 2002. Avaliação de fontes de amönia para conservação do feno de alfafa (Medicago sativa L.) armazenado com alta umidade. Rev Bras Zootecn, 31: 866-874. [ Links ]
9. Gomide, J.A.; Assis, F.N. e Nascimento, D.J. 1974. Efeito da adição de ureia e do tempo de fermentação sobre as características da silagem de sorgo (Sorghum vulgare). Rev Ceres, 21: 358-365. [ Links ]
10. Gonçalves, J.A.G.; Zambom, M.A.; Fernandes, T.; Mesquita, E.E.; Schimidt, E.; Javorski, C.R. e Castagnara. D.D. 2014. Composição químico-bromatológica e perfil de fermentação da silagem de residuo úmido de fécula de mandioca. Bios Journ, 30: 502-511. [ Links ]
11. Jobim, C.C. e Golçalves, G.D. 2003. Microbiologia de forragem conservada. In; R. Andrade Reis et al. (Eds.). Volumosos na produção de ruminantes: Valor alimenticio de forragens. Funep. Jaboticabal. 264 pp. [ Links ]
12. Jobim, C.C.; Nussio, L.G.; Reis, R.A. e Schimidt, P. 2007. Avanços metodológicos na avaliação da qualidade da forragem conservada. Rev Bras Zootecn, 36: 101-119. [ Links ]
13. Jung, H.G. and Engels, F.M. 2002. Alfalfa stem tissues: cell, wall deposition, composition and degradability. Crop Sci, 24: 524-534. [ Links ]
14. Hugenholtz, J. and Kleerebezem, M. 1999. Metabolic engineering of lactic acid bacteria: overview of the approaches and results of pathway rerouting involved in food fermentations. Food Biotechnol, 10: 492-497. [ Links ]
15. Kung Jr., L.; Stokes, M.R. and Lin, C.J. 2003. Silage additives. In: Buxton, D.R.; Muck, R.E.; Harrison, J.H. (Eds.) Silage science and technology. American Society of Agronomy, Crop Science Society of America, Soil Science Society of America. Madison. pp: 251-304. [ Links ]
16. Lima, J.A.; Evangelista, A.R. e Abreu, J.G. 2002. Silagem de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) enriquecida com ureia ou farelo de soja. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 39. Recife. Anais... Sociedade Brasileira de Zootecnia. Recife. [ Links ]
17. Lopes, J. e Evangelista, A.R. 2010. Caracteristicas bromatoiógicas, fermentativas e popuiação de ieveduras de siiagens de cana-de-açúcar acrescidas de ureia e aditivos absorventes de umidade. Rev Bras Zootecn, 39: 984-991. [ Links ]
18. Marques, J.A. e Caidas Neto, S.F. 2002. Mandioca na aiimentação animai: Parte aérea e raiz. CIES. Campo Mourão. PR. 28 pp. [ Links ]
19. McDonald, P.; Henderson, A.R. and Heron, S.J.E. 1991. The biochemistry of siiage. 2a ed. Chaicombe Pubiications. Mariow. 340 pp. [ Links ]
20. Mertens, D.R. 1994. Reguiation of forage intake. In: Fahey Jr, G.R. Forage quaiity, evaiuation and utiiization. American Society of Agronomy. Madison, WI. pp: 450-493. [ Links ]
21. Meeske, R.; Ashbeii, G.; Weinberg, Z.G. and Kipnis, T. 1993. Ensiiing forage sorghum at two stages of maturity with the addition of iatic acid bacteriai inocuiants. Animal Feed Sci Tech, 43: 165-175. [ Links ]
22. Molina, L.R.; Ferreira, D.A.; Gonçaives, L.C.; Castro Neto, A.G. e Rodrigues, N.M. 2002. Padrão de fermentação da siiagem de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) submetida a diferentes tratamentos. Reunião Anuai da Socie-dade Brasiieira de Zootecnia, 39. Recife. Anais... SBZ. Recife. [ Links ]
23. Moser, L.E. 1995. Post-harvest physioiogicai changes in forage piants. In: Moore, K.J., Krai, D.M. and Viney, M.K. (Eds.). Post-harvest physioiogy and preservation of forages. American Society of Agronomy Inc. Madison, Wisconsin. pp. 1-19. [ Links ]
24. Mühibach, P.R.F. 2003. Produção de ieite com vacas de aita produtividade. Reunião Anuai da Sociedade Brasiieira de Zootecnia, 40. Santa Maria. Anais... Sociedade Brasiieira de Zootecnia. São Pauio. [ Links ]
25. Neumann, M.; Oliboni, R.; Oliveira, M.R.; Faria, M.V.; Ueno, R.K.; Reinerh, L. e Durman, T. 2010. Aditivos químicos utilizados em silagens. Pesqui Aplic Agrotecnol, 3: 187-195. [ Links ]
26. Paiva, J.A.J. 1976. Quaiidade da siiagem da região metalúrgica de Minas Gerais. Dissertação. (Mestrado em Ciência Animai). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 86 pp. [ Links ]
27. Pedroso, A.F.; Nussio, L.G.; Loures, D.R.S.; Paziani, S.F.; Igarasi, M.S.; Coelho, R.M.; Horii, J. e Rodrigues, A.A. 2007. Efeito do tratamento com aditivos químicos e inocuiantes bacterianos nas perdas e na qualidade de silagens de cana-de-açúcar. Rev Bras Zootecn, 36: 558-564. [ Links ]
28. Pimentel-Gomes, F. e Garcia, C. H. 2002. Estatistica aplicada a experimentos agronômicos e florestais: exposição com exemplos e orientações para uso de aplicativos. 11a ed. FEALQ. Piracicaba, 309 pp. [ Links ]
29. Pimentel-Gomes, F.P. 2009. Curso de estatistica experimental. 15a ed. FEALQ. Piracicaba. 451 pp. [ Links ]
30. Ramalho, R.P.; Ferreira, M.A.; Véras, A.S.C.; Lima, L.E. e Rocha, V.R.R.A. 2006. Substituição do milho pela raspa de mandioca em dietas para vacas primíparas em lactação. Rev Bras Zootecn, 35: 1221-1227. [ Links ]
31. Reis, R.A.; Garcia, R.; Queiroz, A.C.; Silva, D.J. e Ferreira, J.Q. 1990. Efeitos da aplicação de amônia anidra sobre a digestibilidade do feno de capim-brachiaria (Bracharia decumbens Stapf). Rev Bras Zootecn, 19: 201-208. [ Links ]
32. Restle, J.; Alves Filho, D.C.; Brondani, I.L. e Flores, J.L.C. 2000. Palha de soja (Glicine max) como substituto parcial da silagem de sorgo forrageiro (Sorghum bicolor L. Moench) na alimentação de terneiros de corte confinados. Ciênc Rural, 30: 319-324. [ Links ]
33. Ribeiro, C.G.M.; Gonçalves, L.C.; Rodrigues, J.A.S.; Rodriguez, N.M.; Borges, I.; Borges, A.L.C.C.; Saliba, E.O.S.; Castro, G.H.F. e Ribeiro Junior, G.O. 2007. Padrão de fermentação da silagem de cinco genótipos de sorgo. Arq Bras Med Vet Zoo, 59: 1531-1537. [ Links ]
34. Rogerio, M.C.P.; Borges, I.; Neiva, J.N.M.; Rodriguez, N.M.; Pimentel, J.C.M.; Martins, G.A.; Ribeiro, T.P.; Costa, J.B.; Santos, S.F. e Carvalho, F. C. 2007. Valor nutritivo do residuo da indústria processadora de abacaxi (Ananas comosus L.) em dietas para ovinos. Consumo, digestibilidade aparente e balanços energético e nitrogenado. Arq Bras Med Vet Zoo, 59: 773-781. [ Links ]
35. Rotz, C.A. and Muck, R.E. 1994. Changes in forage quality during harvest and storage. In: Fahey Jr., G. C. (Ed.). Forage quality, evaluation, and utilization. American Society of Agronomy. Madison. pp. 828-868. [ Links ]
36. Silva, N.; Junqueira, V.C.A. e Silveira, N.F.A. 1997. Manual de métodos de análise de alimentos. Livraria Varela. São Paulo. 295 pp. [ Links ]
37. Silva, D. J. e Queiroz, A.C. 2006. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. Ed. UFV. Viçosa, MG. 235 pp. [ Links ]
38. Siqueira, G.R.; Reis, R.A.; Schocken-Iturrino, R.P.; Bernardes, T.F.; Pires, A.J.V.; Roth, M.T.P. e Roth, A.P.T. 2007. Associação entre aditivos químicos e bacterianos na ensilagem de cana-de-açúcar. Rev Bras Zootecn, 36: 789-798. [ Links ]
39. Souza, L.C.; Zambom, M.A.; Pozza, M.S.S.; Neres, M.A.; Radis, A.C.; Borsatti, L.; Castagnara, D.D. and Gundt, S. 2012. Development of microorganisms during storage of wet brewery waste under aerobic and anaerobic conditions. Rev Bras Zootecn, 41: 188-193. [ Links ]
40. Van Soest, P.J. 1994. Nutritional ecology of the ruminant. Constock Publishing Associates. Ithaca. 476 pp. [ Links ]
41. Van Soest, P.J. Robertson, J.B. and Lewis, B.A. 1991. Methods for dietary fiber, neutral detergent fiber and non starch polysaccharides in relation to animal nutrition. J Dairy Sci, 74: 3583-3597. [ Links ]
42. Vieira, F.A.P.; Borges, I.; Stehling, C.A.V.; Gonçalves,L.C.; Coelho, S.G.; Ferreira, M.I.C. e Rodrigues, J.A.S. 2004. Qualidade de silagens de sorgo com aditivos. Arq Bras Med Vet Zoo 56: 764-772. [ Links ]
Recibido: 11-9-12
Aceptado: 25-11-14