INTRODUÇÃO
O basquetebol é uma modalidade esportiva classificada como um jogo de invasão, cujas ações dos jogadores se materializam num ambiente com alto nível de incerteza, impondo tomadas de decisão de alta complexidade, condicionadas pelas características individuais dos praticantes; condições da tarefa a ser resolvida e as características dos adversários (Araújo et al., 2016; Garganta, 1997; Travassos et al., 2013). A estruturação do seu processo de treino é uma tarefa de elevada complexidade para os treinadores, em virtude da necessidade de integração de diferentes dimensões (física, técnica, tática, psicológica) com adequada estruturação e hierarquização de objetivos, conteúdos e progressão das tarefas de forma distinta em relação aos escalões de formação (Cañadas et al., 2013; Feu, 2006; Ibáñez, 2008; Salado et al., 2011).
A efetividade deste processo depende da habilidade dos treinadores para adequar as tarefas de treino as características e necessidades dos jogadores (Ramírez, 2002), para tanto se utiliza dos conhecimentos e competências adquiridos ao longo da carreira profissional. Neste contexto, cada vez mais os treinadores devem buscar conhecimentos, que transcendem o conhecimento tático-técnico da modalidade em questão, exigindo o domínio de outras dimensões científicas do treino esportivo, aliados à capacidade de pensar, decidir e refletir sobre o processo em questão (Mesquita et al., 2010; Stefanello, 2007). A formação e o desenvolvimentos dos treinadores deve ocorrer de forma contínua, por meio da aquisição de fontes de conhecimento concretizadas em situações de aprendizagens mediadas, não mediadas e internas (Moon, 2004) em contextos formais, não formais e informais (Trudel et al., 2013).
As investigações internacionais sobre as fontes de conhecimento dos treinadores revelaram consenso de que a aprendizagem profissional do treinador esportivo ocorre por meio de fontes diversificadas de conhecimento (Jiménez et al., 2009; Lyle & Cushion, 2010; Nelson et al., 2006; Trudel & Gilbert, 2006; Werthner & Trudel, 2006; Wright et al., 2007). Por exemplo, investigações com treinadores espanhóis de distintas modalidades esportivas identificaram maior valorização das fontes de conhecimentos procedentes das experiências de sua prática profissional (contexto informal), como também, apesar de menor impacto, as fontes de conhecimentos procedentes das comunidades de prática, as experiências como jogador, o acesso à literatura específica e cursos de formação (Cunha et al., 2014; Feu et al., 2012; González-Rivera et al., 2017; Jiménez et al., 2009).
No Brasil, a formação de treinadores é limitada aos contextos formais, nomeadamente os cursos de Bacharelado em Educação Física, com predomínio das fontes de conhecimento de caráter generalista e cargas horárias insuficientes dos conhecimentos sobre o esporte e a atividade do treinador esportivo (Milistetd et al., 2016). Além disso, investigações têm constatado que as fontes de conhecimentos pertinentes aos contextos formais têm um impacto limitado sobre a prática do treinador (Cushion et al., 2003; Gilbert & Trudel, 2001).
Por outro lado, as investigações no contexto nacional, apesar de escassas e incipientes, sem uma agenda clara de pesquisa (Galatti et al., 2016), têm confirmado os resultados internacionais, sobretudo em relação à prevalência das fontes informais na obtenção de conhecimento necessário à prática profissional (Ramos et al., 2011), mas ainda com ampla valorização dos saberes técnicos e os saberes advindos da Ciências do Esporte dos cursos de graduação (Rodrigues et al., 2017).
O entendimento de que a formação dos treinadores deve ocorrer por diferentes vias de conhecimento exige a identificação das fontes de conhecimentos mais significativas para os treinadores no exercício profissional e na estruturação do processo de treino. As preferências por determinadas fontes de conhecimento estão associadas às convicções pessoais do treinador, diferenciando-se em relação ao nível competitivo, tempo de experiência e titulação acadêmica dos treinadores (Cunha et al., 2014; Feu et al., 2012; González-Rivera et al., 2017). A partir do exposto, o estudo anseia identificar as fontes de conhecimentos determinantes na estruturação do processo de treino de treinadores paranaenses de basquetebol, considerando aspectos relacionados a titulação acadêmica, nível competitivo e tempo de atuação profissional.
MATERIAL E MÉTODOS
Participantes
O estudo foi classificado como descritivo transversal, com amostra aleatória (Montero & León, 2007) e adesão voluntária. Participaram 20 treinadores de Basquetebol do estado do Paraná com média de idade de 38.8 ± 9.9 anos. Destes, 03 (três) treinadores não possuíam formação acadêmica, e 17 (dezessete) eram graduados em Educação Física, sendo 05 (cinco) pós-graduados em distintas áreas da Educação Física. Do total da amostra, 10 treinadores já atuaram em competições nacionais, 8 em competições estaduais, 1 em competições regionais e 1 em competições internacionais. Para melhor organizar a amostra, os treinadores foram classificados conforme o ciclo da carreira profissional (Nascimento & Graça, 1998), sendo que 11 treinadores encontravam se no ciclo da "afirmação e diversificação" da carreira (10 - 19 anos), 4 no ciclo da "maturidade" (20 ou + anos), 3 no ciclo de entrada (até 4 anos) e 2 no ciclo da "consolidação" (5 a 9 anos).
Instrumentos
Para a coleta dos dados utilizou-se o Questionário de Perfil de Formação do Treinador, originalmente proposto por Feu et al. (2012) em idioma espanhol, a partir dos estudos de Ibáñez (1997) que procurou estabelecer as procedências das fontes de conhecimento dos treinadores em três dimensões: Formação Acadêmica (AC), Experiência de Atleta (EA) e a Experiência Profissional (EP).
Cada dimensão possui cinco indicadores que contemplam os momentos de aprendizagens, experiências, conhecimentos, metodologias e exercícios vivenciados pelos treinadores. O instrumento (Tabela 01) é composto de 15 questões com respostas em escala tipo Likert de 1 a 10 (1= Discordo Plenamente e 10= Concordo Plenamente).
Para aplicação do referido instrumento no cenário nacional, realizou-se Para aplicação do referido instrumento, realizou-se um processo de adaptação e validação transcultural (Mendes et al., 2019) de acordo com os procedimentos recomendados por Beaton et al (2002), Vijver & Hambleton (1996) e Pasquali (1998), que envolveu a realização da back translation (Gudmundsson, 2009), com posterior validade de conteúdo, aplicação de teste-reteste, análise fatorial exploratória e confirmatória, com posterior publicação.
Procedimentos
Para a aplicação da versão brasileira do QPFT, o estudo foi submetido e aprovado (parecer 1835025) pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Os treinadores foram convidados nas competições realizadas pela Federação Paranaense de Basketball (FPB) na temporada esportiva de 2017. Os questionários foram enviados somente aos treinadores que aceitaram participar do estudo, por meio de correio eletrônico com duas opções de preenchimento (documento do word do Office 2003 ou via formulário do Google Docs).
Análise de dados
Os dados foram analisados com o auxílio do software SPSS versão 23.0. Inicialmente, constatou-se que os dados não apresentavam uma distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov e Shapiro Wilk) com assimetrias e curtoses negativas, também se utilizou os recursos da estatística descritiva (média, desvio padrão), considerando os valores médios maiores que o valor da média total para identificar as fontes de conhecimento mais utilizadas pelos treinadores para estruturação do processo de treino, como também a correlação de Spearman, com nível de significância de p≤ 0,05. Os resultados apresentados foram distribuídos em relação a titulação acadêmica, tempo de atuação e nível competitivo dos treinadores.
RESULTADOS
As fontes de conhecimentos (FCs) mais utilizadas pelos treinadores para sua atuação profissional na construção do processo de treino das equipes de Basquetebol no estado do Paraná em relação a titulação acadêmica eram procedentes da formação acadêmica (8.340±1.251) e da experiência profissional (7.630±1.875), conforme dados da Tabela 2 e Figura 1.
Os resultados indicaram que as FCs da formação acadêmica eram mais utilizadas por treinadores graduados e pós-graduados, enquanto as FCs procedentes da experiência profissional eram mais utilizadas pelos treinadores sem titulação acadêmica (provisionados) e graduados e a FCs procedentes da experiência de atleta eram mais utilizadas somente pelos treinadores sem titulação acadêmica (provisionado) para a construção do processo de treino.
As FCs procedentes da formação acadêmica (8.340±1.251) e da experiência profissional (7.630±1.875) também eram as mais utilizadas pelos treinadores para a construção do processo de treino em relação ao nível competitivo (tabela 3 e figura 2).
Os resultados indicaram que as FCs procedentes da formação acadêmica eram mais utilizadas por treinadores dos níveis competitivos mais elevado (estadual, nacional e internacional), enquanto as FCs procedentes da experiência de atleta eram mais utilizadas pelos treinadores dos níveis competitivos regional e internacional as FCs procedentes da experiencia profissional eram mais utilizadas pelos treinadores de nível competitivo nacional.
Em relação aos ciclos de desenvolvimento profissional, as fontes de conhecimento procedentes da formação acadêmica eram as mais utilizadas na estruturação do processos de treino pelos treinadores, independentemente do tempo de atuação profissional (Tabela 4 e figura 3).
No entanto, as FCs procedentes da experiência profissional também foram citadas como mais utilizadas para estruturação do processo de treino pelos treinadores dos ciclos de desenvolvimento profissionais iniciais (entrada e consolidação) e no final (maturidade).
Além disso, os resultados indicaram pouca relação entre a utilização das FCs e em função dos aspectos relacionados a titulação acadêmica, tempo de atuação e o nível competitivo, exceto a relação negativa entre as FCs procedentes da experiência profissional e a titulação acadêmica do treinador (-.487 para p=.029), conforme os resultados da correlação de Spearman apresentados na Tabela 5.
Todavia, recorreu-se ao teste de Kruskal-Wallis para verificar a existência de diferenças estatisticamente significativas entre as procedências das FCs e os aspectos relacionados a titulação acadêmica, tempo de atuação e o nível competitivo dos treinadores de basquetebol do estado do Paraná, sendo que os resultados indicaram que não existiam diferenças significativas em relação aos aspectos mencionados, conforme resultados apresentados na tabela 6.
DISCUSSÃO
A partir da proposta investigativa de identificar as fontes de conhecimentos (FCs) determinantes na estruturação do processo de treino de treinadores paranaenses de basquetebol, os resultados indicaram que as fontes de conhecimento mais utilizadas eram as procedentes da formação acadêmica e da experiencia profissional, independentemente, dos aspectos relacionados a titulação acadêmica, ao nível competitivo e ao tempo de atuação dos treinadores investigados.
Na realidade brasileira, as pesquisas com treinadores adquirem contornos específicos, em virtude das exigências da graduação em Educação Física como requisito obrigatório para a atuação profissional na maioria das modalidades esportiva. Tal fato tem despertado o interesse e a curiosidade da comunidade científica internacional (Milistetd et al., 2014), por gerar uma expectativa de que a formação em nível superior seja traduzida em melhor qualificação dos treinadores e maior reconhecimento social para a profissão de treinador (ICCE, 2010).
Este entendimento pode ser a justificativa da maior alta valorização das FCs procedentes da "formação acadêmica" (aprendizagem formal) pelos treinadores investigados, mesmo existindo indicativos que estes programas de formação seriam considerados insuficientes para um desenvolvimento satisfatório nas formação dos treinadores esportivos, em virtude das estratégias pedagógicas prescritivas, com uma carga horaria insuficiente para a formação de qualidade e a oferta inferior a um quinto da carga horária total do curso com disciplinas específicas para a formação de um treinador esportivo (Milistetd et al., 2016).
Associada a esta elevada valorização da aprendizagem formal pelos treinadores investigados, identificou-se menor importância dada as FCs procedentes das "experiências de atleta" e "experiência profissional" (aprendizagem informal), sendo desvalorizadas à medida que se aumenta o nível da titulação acadêmica.
Um aspecto contraditório para a formação e desenvolvimento de treinadores esportivos, uma vez que as experiências em contextos informais, como a interação com outros treinadores, a observação de treinadores de elite, entre outros, são consideradas como as principais fontes do conhecimento para o desenvolvimento de treinadores de elite mundial (Erickson et al., 2008; Irwin et al., 2004; Rynne, 2012).
A valorização elevada das FCs do contexto formal de aprendizagem pelos treinadores podem ser indicativos de que a atuação profissional e a estruturação do processo de treino das equipes estariam teorizadas em fontes de conhecimentos unilaterais, dificultando a ampliação do aprendizado durante os ciclos de desenvolvimento da carreira destes treinadores. Este fato, confere um estado de alerta ao processo de formação e desenvolvimento dos treinadores de basquetebol do estado do Paraná (Nelson et al., 2006; Werthner & Trudel, 2006) e a suas respetivas equipes, mesmo com os avanços nos programas formais, observado nos últimos anos (ICCE, 2010), estes não tem sido fator decisivo ou impactante no processo de formação e desenvolvimento dos treinadores (Werthner & Trudel, 2009). Além disso, vale destacar que as FCs procedentes formação acadêmica são importantes, no entanto parecem mais adequadas para dar suporte na intervenção profissional de treinadores iniciantes e não são consideradas essenciais as necessidades de treinadores com maior tempo de atuação e em níveis competitivos mais elevados (Mallet et al. 2013).
A dinamicidade e o elevado nível de exigências competitivas na atuação profissional exigem acesso a diferentes oportunidades de aprendizagem, e neste sentido, as FCs dos meios informais são fundamentais para a construção do conhecimento do treinador (Rodrigue et al., 2016). Dentre estas FCs, destacam-se as experiências pessoais como atleta e treinador em distintos níveis competitivos e o envolvimento com treinadores de elite (Cushion et al., 2010; Hanratty & O'Connor, 2012; Occhino et al., 2013; Rynne et al., 2010).
A vivência da prática esportiva como atleta possibilita a aquisição de FCs que, quando na função de técnico, podem possibilitar ao treinador a base de conhecimento necessária para as devidas tomadas de decisão, em especial, quando trata-se da relação interpessoal treinador/atleta (Côté & Gilbert, 2009). Alguns autores, assumem ainda, que estas experiencias pessoais na pratica esportiva competitiva podem ser o fator determinante para uma compreensão preliminar do perfil profissional do treinador (Brasil et al., 2015).
Outras investigações com treinadores da modalidade no âmbito nacional indicaram resultados contrários aos encontrados neste estudo, com maior valorização das FCs procedentes dos meios da aprendizagem informal, como por exemplo as FCs procedentes da experiência pessoal de prática esportiva competitiva na modalidade e a experiência da prática profissional (Ramos et al., 2011; Rodrigues et al., 2017), como também nas investigações internacionais os treinadores indicam também maior valorização da aprendizagem informal como as fontes de FCs procedentes da experiência profissional, especialmente os momentos de troca de conhecimentos com outros profissionais, a experiência pessoal de prática esportiva na modalidade e a observação de outros treinadores (Feu et al., 2012; González-Rivera et al., 2017; Stoszkowski & Collins, 2016).
Em contrassenso, os resultados deste estudo reportam indicativos de que ainda há uma acentuada influência dos conhecimentos adquiridos na formação acadêmica dos treinadores investigados para a estruturação do processo de treino de suas equipes, permanecendo alta valorização das FCs procedentes da aprendizagem formal, já destacadas em outras investigações com treinadores basquetebol no contexto brasileiro (Ramos et al., 2011; Rodrigues et al., 2016; Souza Neto, 2005).
Entretanto, a eficácia dos treinadores é sustentada pela aplicação consistente de conhecimento profissional integrado, interpessoal e intrapessoal para melhorar os atletas (Côté & Gilbert, 2009), ou seja, um conjunto de conhecimentos e competências que se relacionam não apenas com o domínio da sua área de intervenção, mas também com a necessidade de se relacionar com os outros atores do cenário esportivo e com a capacidade de pensar. decidir e refletir sobre sua prática (Abraham et al., 2006; Demmers et al., 2006).
Na atualidade do contexto esportivo, no qual os treinadores precisam assumir diversos papéis para manter a qualidade de formação de jovens no esporte (Tozetto et al., 2019), a busca por excelência na intervenção profissional está pautada na ampliação dos conhecimentos relacionados aos aspectos interpessoal e intrapessoal, tornando os treinadores cada vez mais capazes de gerar relações de confiança, comunicação positiva, empatia e respeito (Baidez et al., 2018).
LIMITAÇÕES
O estudo apresentação limitações como a amostra reduzida de treinadores, o que causa certa fragilidade nas análises estatísticas em algumas categorias propostas para a titulação acadêmica, tempo de atuação e nível competitivo. Todavia, os resultados podem ser considerados representativos do cenário esportivo na modalidade de basquetebol no estado do Paraná, pois os treinadores investigados atuavam com equipes de distintas categorias nas competições da Federação Paranaense de Basketball. Além disso, existe ainda certa dificuldade no contato direto e constante entre os autores e os treinadores, que permitiria a aplicação de instrumentos mais robustos para obtenção de informações, como por exemplo entrevistas e observação direta das sessões de treino.
CONCLUSÕES
Apesar das limitações do estudo, é possível concluir que as fontes de conhecimentos procedentes da formação acadêmica são as mais privilegiadas para o exercício profissional dos treinadores de basquetebol do Paraná em relação as fontes de conhecimentos procedentes da experiência profissional e da experiência de atleta. As fontes de conhecimentos procedentes da formação acadêmica, reconhecidamente, não são consideradas as estratégias mais indicadas para o desenvolvimento de treinadores de elite, entretanto, podem ser consideradas eficazes para o desenvolvimento de treinadores que atuam nos contextos de participação esportiva ou de formação de atletas .
APLICAÇÕES PRÁTICAS
A partir do compartilhamento dos resultados, a Federação Paranaense de Basketball pode utiliza-los como subsídios para implementar estratégias de formação a longo prazo dos treinadores, que possam atender alguns desafios da preparação desses profissionais no contexto brasileiro. Neste contexto dinâmico e plural de formação e desenvolvimento dos treinadores, cabe desenvolver iniciativas para valorizar as aprendizagens dos contextos não formais e informais, no qual os treinadores tornem-se autônomos na busca de sua própria aprendizagem para o treino, como um processo permanente de aprendizagem profissional.
A compreensão da natureza complexa que envolve a atuação profissional dos treinadores. exige processo de aprendizagem que considerem a experiência que o treinador possui. as situações em que a aprendizagem ocorre e o processo de aprendizagem como sendo o resultado da mudança nas estruturas cognitivas do treinador. Além disso, a escolha de estratégias facilitadoras e alinhados com a perspectiva de aprendizagem dos programas formais tornam-se fundamentais para o sucesso do desenvolvimento profissional de treinadores.