SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.18 número3Análisis de la percepción de objetivos y competencias adquiridas en la asignatura "Equipamientos e Instalaciones Deportivas"Influencia de marcar primero en hockey sobre patines índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • En proceso de indezaciónCitado por Google
  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO
  • En proceso de indezaciónSimilares en Google

Compartir


Cuadernos de Psicología del Deporte

versión On-line ISSN 1989-5879versión impresa ISSN 1578-8423

CPD vol.18 no.3 Murcia  2018  Epub 26-Jul-2021

 

Psicología del Deporte

O jogo ofensivo do handebol de areia: estrutura e aspectos técnico-táticos do ataque posicionado

The offensive game of beach handball: structure and technical-tactical aspects of positional attack

El juego ofensivo del balonmano playa: estructura y aspectos técnico-tácticos del ataque posicional

Karen Pereira da Silva1  , Rafael Pombo Menezes1 

1Universidade de São Paulo (USP) - Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP)

RESUMO

O objetivo deste estudo foi identificar e analisar os aspectos estruturantes da fase ofensiva do handebol de areia, em especial do ataque posicionado, a partir da perspectiva dos treinadores. Foram entrevistados cinco treinadores (entrevista semiestruturada) que participaram de ao menos uma etapa do circuito paulista de handebol de areia. Os discursos foram analisados com base no método do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados revelaram que a assimetria numérica é a base da estrutura do jogo ofensivo, pautada na presença do especialista, o qual também influencia a composição dos sistemas ofensivos. Conclui-se que a) a estruturação da fase ofensiva do handebol de areia se dá de forma hierarquizada; e b) este estudo pode auxiliar na compreensão desse JCE por treinadores e pesquisadores da área.

Palavras chave: Pedagogia do esporte; Handebol de areia; Tática ofensiva; Estrutura do jogo

ABSTRACT

The aim of this study was to identify and to analyze the structuring aspects of the offensive phase of beach handball, specifically in positional attack, from the coaches' perspective. Five coaches were interviewed (semi-structured) who participated in at least one stage of the São Paulo circuit of beach handball. Speeches were analyzed based on the Collective Subject Discourse method. The results revealed that the numerical asymmetry is the basis of the offensive game structure, induced by the presence of the goalkeeper as a court player. This player also influences the choice of offensive system. It is concluded that a) the structuring of the offensive phase occurs in a hierarchical way; and b) this study can help coaches and researchers for a better understanding of this sport.

Keywords: Sport pedagogy; Beach handball; Offensive game; Game structure

RESUMEN

El objetivo de este estudio fue identificar y analizar los aspectos estructurantes de la fase ofensiva del balonmano playa, en especial del ataque posicional, desde la perspectiva de los entrenadores. Se entrevistaron cinco entrenadores (entrevistas semiestructuradas) que participaron de al menos una etapa del circuito paulista de balonmano playa. Los discursos fueron analizados con base en el método del Discurso del Sujeto Colectivo. Los resultados revelaron que la asimetría numérica es la base de la estructura del juego ofensivo, provocada por la presencia del doble portero, que también influye en la elección del sistema ofensivo. Se concluye que a) la estructuración de la fase ofensiva del balonmano playa se da de forma jerarquizada; y b) este estudio puede subsidiar a los entrenadores e investigadores para una mejor comprensión de este deporte.

Palabras clave: Pedagogía del deporte; Balonmano playa; Táctica ofensiva; Estructura del juego

INTRODUÇÃO

O handebol de areia é mundialmente conhecido como ‘Beach Handball', com aumento da expressão em âmbito mundial reportado por Almeida, Nascimento e Dechechi (2012). Com o passar dos anos, foi criando suas particularidades e regras específicas que o diferencia do jogo na quadra (Almeida et al., 2012; Leonardo, 2008), sendo cada vez mais reconhecido e praticado. Outro fator importante é o solo em que este esporte é jogado, que dificulta o drible, por exemplo, e pode refletir diretamente nas interações entre os jogadores (companheiros e adversários).

As regras do handebol de areia possibilitam diferentes pontuações para os gols anotados dependendo da forma como foram executados ou do jogador que o anotou. Essa é uma característica que reflete no perfil de atuação técnico-tático adotado pela equipe, que busca aproveitar-se desta característica de jogo para se sobressair à equipe adversária (Morillo-Baro, Reigal, & Hernández-Mendo, 2015).

Trata-se de um jogo coletivo esportivizado (JCE - Reis, 1994) de invasão caracterizado pelas fases ofensiva, defensiva e transições, obedecendo princípios operacionais ofensivos e defensivos (Bayer, 1994). Seus aspectos técnico-táticos e estratégicos são determinados pelas relações de cooperação e oposição entre os jogadores (Garganta, 1998).

Apesar do crescente cenário de evolução técnica, tática, regras do jogo (Morillo-Baro et al., 2015), são escassos estudos que abordam especificamente o handebol de areia no contexto brasileiro (Crispim Junior, Almeida, & Bergamo, 2010; Lara Cobos, 2011; Lara Junior & Matos, 2007; Oliveira, Machado, Nunes, & Navarro, 2009). Ainda assim, há aqueles que procuram discutir sobre elementos que podem ser decisivos em sua fase ofensiva, em especial no ataque posicionado, como a assimetria numérica proporcionada pela predominante superioridade ofensiva, a atuação de um quarto jogador (especialista ou goleiro-linha), os sistemas de jogo, a tática e a técnica.

A respeito da assimetria numérica encontrada no jogo ofensivo, Almeida et al. (2012) afirmam que no handebol de areia a superioridade numérica ofensiva é verificada na maioria dos ataques posicionados das equipes, o que é proporcionado pela atuação do especialista, que substitui o goleiro (o qual qualquer gol anotado equivale a dois pontos) e atua como jogador de quadra, também com pontuação equivalente a dois pontos, em caso de gol. Assim sendo, a superioridade numérica ofensiva no ataque posicionado possibilita a busca por arremessos em situação de 1xgoleiro a partir da organização em sistema de jogo e do desenvolvimento de diferentes meios táticos (Antón García, 1998). Tais meios são realizados com o intuito de dificultar o trabalho defensivo adversário e buscar melhores chances de finalização, criando oportunidades a partir das interações entre os jogadores (companheiros e adversários).

Entendendo a complexidade do cenário do jogo o treinador possui um papel decisivo no planejamento e na distribuição desses meios no processo de ensino-aprendizagem, além do aprofundamento nas questões que envolvem o gerenciamento desse processo (Jones, Armour, & Potrac, 2003). Sendo assim, há uma necessidade encontrada pelos treinadores em investigar e obter informações científicas sobre as reais demandas impostas pelo jogo em competições, para que assim possam ter uma referência para a elaboração de programas de treinamento a partir de uma visão técnico-tática (Morillo-Baro et al., 2015).

A investigação dos aspectos relacionados ao processo de ensino-aprendizagem e a identificação dos elementos estruturantes e das variáveis consideradas mais relevantes para a construção do jogo é importante para nortear a intervenção dos envolvidos com os JCE (Menezes, Marques, & Nunomura, 2014). Assim, identificar aspectos que desvendam a especificidade do handebol de areia, que possui requisitos diferentes de outros esportes, permite estabelecer uma analogia com a prerrogativa apontada por (Gómez-Millan & Esquiva, 2017), quando mencionam especificidades de esportistas de diferentes modalidades.

Diante desse cenário e considerando o panorama da fase ofensiva do handebol de areia, este estudo se propôs a identificar e analisar os aspectos estruturantes do ataque posicionado a partir da perspectiva dos treinadores.

MÉTODOS

Desenho

O desenho observacional deste estudo é nomotético (pelo fato de entrevistar e analisar os discursos dos treinadores); pontual (por se tratar de um corte transversal, sem continuidade) e multidimensional (por admitir diversas dimensões para o estudo dos elementos estruturantes do ataque posicionado no handebol de areia) (Anguera, Blanco-Villaseñor, Hernández-Mendo, & Losada, 2011).

Optou-se pela abordagem qualitativa por possibilitar a compreensão e a atribuição de significados a um determinado fenômeno a partir da percepção dos participantes (Triviños, 1987), neste caso a estruturação do ataque posicionado do handebol de areia na opinião de treinadores. Esta abordagem apresenta ênfase em elementos humanos, natureza descritiva de dados e do contexto no qual os indivíduos manifestam seu conhecimento, valorizando a diversidade das perspectivas dos participantes e a reflexividade do pesquisador (Flick, 2009). Houve a pretensão de representar as opiniões dos treinadores sobre a temática central da maneira como ocorrem, sem necessariamente comparar grupos, prever comportamentos ou provar um dado modelo (Ato, López, & Benavente, 2013).

Participantes

Participaram deste estudo cinco (todos) treinadores de handebol de areia de equipes masculinas e/ou femininas adultas que disputaram ao menos uma das etapas do circuito paulista de handebol de areia de 2015, promovido pela Federação Paulista de Handebol (FPH). Por se tratar de um JCE com baixa popularidade e com poucas equipes participantes foi possível dialogar com todos os treinadores, que se mostraram muito dispostos a contribuir com este estudo.

Por se tratar de um estudo envolvendo seres humanos, o mesmo foi submetido e aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa institucional. Todos os treinadores assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, concordando com a sua participação e divulgação dos dados apenas para fins acadêmicos, do qual receberam uma via. O contato com os treinadores foi realizado via e-mail, redes sociais e/ou telefone, quando foi ressaltada a importância da participação neste estudo e de suas contribuições, sendo garantido aos mesmos o sigilo de sua identidade e de seus dados pessoais. As características dos treinadores estão apresentadas no Quadro 1.

Quadro 1:  Características dos treinadores entrevistados neste estudo 

Considerando as experiências profissionais e a formação acadêmica, entende-se que se trata de um grupo heterogêneo de treinadores. A média de idade dos participantes foi de 39 (±12,6) anos, com média de 8,8 anos como treinador esportivo (mín=2; máx=25) e média de 4,4 anos como treinador de handebol de areia (mín=2; máx=9). Três treinadores atuavam com equipes femininas e masculinas (S3, S4 e S5), um era treinador de equipes femininas (S1) e outro de equipes masculinas (S2). Todos os entrevistados são graduados em Educação Física há média de 10,8 anos (mín=1; máx=29), e três possuem pós-graduação lato sensu em áreas correlatas da Educação Física (S3, S4 e S5).

Instrumento de entrevista

A partir de uma discussão sobre temáticas específicas, este estudo qualitativo buscou reunir informações provenientes da vivência profissional dos treinadores. Para ter acesso à opinião desses sobre os conteúdos presentes ao ataque posicionado do handebol de areia, foi elaborado um instrumento de entrevista semiestruturada (Marconi & Lakatos, 2011). A entrevista semiestruturada pode ser considerada, portanto, como um instrumento central no processo de desvendar as especificidades de cada esporte (Gómez-Millan & Esquiva, 2017).

A escolha pela entrevista semiestruturada justificou-se por pautar-se em perguntas norteadoras (Marconi & Lakatos, 2011), permitindo que o pesquisador discorra sobre o assunto fazendo com que o entrevistado sinta-se a vontade para desenvolver o tema proposto, otimizando o acesso aos dados subjetivos. Assim, foram captadas informações que agem e interagem ao mesmo tempo relacionadas ao contexto dinâmico e complexo do jogo, e às interações entre jogadores e seus possíveis desdobramentos (Menezes, 2011), possibilitando a identificação dos parâmetros técnico-táticos e a descrição da complexidade do ambiente no qual se desenvolve o jogo.

Como a intenção deste estudo foi de mapear os principais conteúdos inerentes ao ataque posicionado do handebol de areia, o instrumento de entrevista foi dividido em dois blocos: 1) informações pessoais e formação acadêmica (bloco de aquecimento do entrevistado para diminuir uma possível inibição causada pela presença do gravador (Triviños, 1987); 2) conteúdos técnicos e táticos individuais e coletivos, e possíveis sistemas encontrados no ataque posicionado.

As questões norteadoras deste estudo foram assim constituídas inicialmente: "Fale sobre os conteúdos técnicos ofensivos do handebol de areia"; "Quais são os conteúdos táticos ofensivos, individuais e coletivos, que você considera mais importantes no handebol de areia? Por que?"; e "Fale sobre os sistemas ofensivos". Por se tratar de um estudo que partiu de entrevistas semiestruturadas, novas questões foram surgindo e possibilitaram o aprofundamento na temática em questão. Após cada entrevista procedeu-se à sua transcrição na íntegra. Os depoimentos foram enviados aos treinadores para verificação, de modo a garantir a confiabilidade do material verbal.

Análise das entrevistas

Para organizar, tabular e analisar os depoimentos dos treinadores foi utilizado o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), que baseia-se em perguntas abertas (caráter discursivo) realizadas com os participantes da pesquisa, para produzir as informações referentes aos pensamentos e às opiniões que são expressas a partir do discurso sobre um determinado assunto (Lefèvre & Lefèvre, 2012). O DSC pauta-se na Teoria das Representações Sociais apresentada por Serge Moscovici, a qual se preocupa com as relações entre sujeito e objeto para a construção do conhecimento, individual e coletivo (Crusoé, 2004).

A partir dos agrupamentos e reconstruções dos discursos é possível expressar o discurso coletivo, não reduzindo-os a uma categoria única que remeteria à quantificação simplista desses (Lefèvre & Lefèvre, 2012). A observação dos relatos, portanto, preocupa-se com o conhecimento proveniente das impressões e ideias dos treinadores que serão "capazes de revelar o que um determinado grupo pensa sobre alguma situação determinada" (Crusoé, 2004, p.109), em especial neste estudo sobre os aspectos ofensivos do handebol de areia.

O DSC é composto por três figuras metodológicas: ideias centrais (IC - descrição sucinta e fidedigna do sentido de um discurso sobre uma temática), expressões-chave (ECH - trechos contínuos e/ou descontínuos do discurso que revelam a essência desse) e o discurso do sujeito coletivo (DSC - discurso-síntese elaborado em primeira pessoa a partir das ECH que possuem a mesma IC) (Lefèvre & Lefèvre, 2012). Não se objetivou, portanto, a busca por variáveis quantificáveis a priori, mas revelar os pensamentos dos treinadores sobre os principais elementos que são estruturantes para o ataque posicionado no handebol de areia.

Foi realizada a concordância consensual por dois pesquisadores como forma de controle da qualidade dos dados (Anguera & Hernández Mendo, 2013; Wright, Carling, Lawlor, & Collins, 2016), uma vez que os áudios das entrevistas (e suas respectivas transcrições) ainda estavam disponíveis e permitiram agrupar os trechos dos discursos (ECH) de acordo com as IC identificadas. Assim sendo, aponta-se que cada IC sintetiza de fato a principal temática abordada por cada DSC, assim como abordado em outros estudos com treinadores de handebol (Menezes, Marques, & Morato, 2016; Menezes, Marques, & Nunomura, 2015, 2017).

Na seção "Resultados e Discussão" os DSC serão apresentados na íntegra, com a procedência das falas apontada de maneira sobrescrita.

RESULTADOS

Após a tabulação dos depoimentos foi possível identificar os principais aspectos que estruturam o ataque posicionado do handebol de areia na visão dos treinadores, possibilitando a elaboração de quatro DSC.

Esses foram organizados partindo dos elementos mais gerais (estruturação e características pertinentes do ataque posicionado) aos mais específicos (técnica e meios táticos), e são assim apresentados: DSC1 (proveniente da IC-1: "Assimetria numérica"), DSC2 (proveniente da IC-2: "Especialista"), DSC3 (proveniente da IC-3: "Sistemas ofensivos" e DSC4 (proveniente da IC-4: "Técnica e meios táticos"). Os DSC e suas respectivas IC estão apresentadas no Quadro 2.

Quadro 2:  IC e DSC provenientes das entrevistas com os treinadores 

DISCUSSÃO

Os treinadores destacaram no DSC1 a superioridade numérica (em 4x3) como a principal característica do ataque posicionado, capaz de causar sérias implicações à organização defensiva adversária. Além disso, o DSC1 estabeleceu relações entre essa superioridade e a definição da técnica e meios táticos a serem utilizados. Tais meios táticos são encadeados para buscar espaços vazios visando às melhores chances de finalização e de arremessos espetaculares (aéreas e giros) que possuem maior valor e tornam o jogo mais atrativo. A situação de 4x3 no jogo formal é provocada pela participação de um quarto jogador (especialista), e faz com que a distribuição dos jogadores em quadra influencie diretamente na escolha dos sistemas de jogo de ambas as equipes.

No DSC1 também foi enfatizado o objetivo final do ataque, referente à busca de arremessos espetaculares para a anotação de dois pontos. No contexto da superioridade numérica, sempre haverá um atacante sem um marcador direto, o que permite uma circulação mais rápida da bola que, associada à articulação entre os jogadores e o fato de o contato físico ser pouco frequente, poderá levar à maior consecução de gols (Almeida et al., 2012).

Na situação de 4x3, em que há inferioridade numérica defensiva, as movimentações ofensivas objetivam alcançar a situação de um atacante contra o goleiro para que haja melhores condições aos atacantes. Assim, os defensores devem se atentar para as movimentações dos atacantes e suas possíveis trajetórias fazendo com que essa situação aconteça prioritariamente nas laterais com o atacante pressionado, onde tanto o ângulo de arremesso quanto as chances de gol são menores. Outro aspecto a ser destacado reside no fato de priorizar a marcação do especialista, pois qualquer gol desse vale dois pontos (Nascimento, Matos, & Lara Junior, 2012).

Além da situação de assimetria numérica que é a mais recorrente no jogo de handebol de areia, os treinadores também mencionaram as possíveis situações de igualdade numérica entre atacantes e defensores. Tais situações podem ocorrer em casos de exclusão de jogador ou de irregularidades nas substituições. Nos casos de exclusão, o jogador penalizado fica fora de quadra a partir do apito de reinício de jogo, retornando quando houver mudança na posse da bola entre as duas equipes (IHF, 2014).

Considerando a posição de destaque do especialista para a superioridade numérica defensiva, bem como pelo fato de que os gols realizados por ele valerem dois tentos, os treinadores enfatizam no DSC2 a influência das ações desse jogador na concepção dos sistemas defensivos do comportamento dos demais atacantes durante o ataque posicionado.

No DSC2 destacou-se que a participação do especialista torna possível a superioridade numérica (4x3) e, o fato de que seus gols valem dois pontos, atrai a atenção dos defensores para suas ações, que tentam evitar sua progressão no ataque (Crispim Junior et al., 2010). As substituições são determinantes para as relações com os adversários, pois é possível por meio dessas obter vantagens espaciais e numéricas na quadra. Por outro lado, os defensores tentar se beneficiar do fato de que o especialista deve ser substituído pelo goleiro após cada ataque finalizado por sua equipe.

Assim, caso a substituição do especialista com o goleiro seja morosa, o goleiro adversário pode arremessar a bola diretamente no gol adversário no início da transição ofensiva (equipe que recupera a posse da bola), também conquistando dois pontos se executado com êxito. De maneira análoga, ações rápidas de contra-ataque podem ser iniciadas a partir de falhas nas substituições adversárias (Crispim Junior et al., 2010).

Desses aspectos emerge a necessidade de um treinamento específico para que o goleiro e o especialista dominem ações técnicas e táticas que garantam grande efetividade da sua equipe, em especial relacionadas às substituições, as quais são preponderantes para a organização da equipe no ataque posicionado (Nascimento et al., 2012), como também mencionado no DSC2.

Segundo Azevedo (2007, apud Oliveira et al., 2009), a principal característica do jogo é sua dinâmica, por conter lances com grau elevado de dificuldade, exigindo bom desenvolvimento técnico-tático dos jogadores. Além disso, a quantidade de ações realizadas pela posição de especialista como deslocamentos frontais e laterais, saltos verticais e em extensão, passes, arremessos e, principalmente, sprints realizados em transições ofensivas e defensivas, exigem resistência, velocidade e potência de membros inferiores e superiores (Almeida et al., 2012). Identifica-se, assim, a necessidade de um trabalho físico, técnico e tático específico que melhore a atuação do especialista, aumentando a efetividade de suas ações, como abordado no DSC2.

Tendo em vista as diversas possibilidades de encadeamentos ofensivos provenientes da superioridade numérica pela participação do especialista, é relevante pensar sobre a estruturação do jogo ofensivo, especialmente em relação à ocupação espacial dos jogadores, que subsidiarão a definição dos sistemas de jogo. No DSC3 os treinadores mencionaram possíveis sistemas ofensivos do handebol de areia, além de comportamentos considerados interessantes para a eficácia do ataque posicionado.

Os sistemas ofensivos destacados pelos treinadores foram o 3:1 (dois laterais, central e pivô), 2:2 (dois laterais e dois pivôs) e o 4:0 (dois laterais e dois armadores). Os sistemas 3:1 e 2:2 são organizados em duas linhas, já o 4:0 em apenas uma linha. Além desses (que consideram a superioridade numérica) menciona-se o 3:0 e o 2:1, utilizados em situações de igualdade numérica (Almeida et al., 2012), portanto menos frequentes.

Almeida, Natale e Nascimento (2008, apud Almeida et al., 2012) analisaram os sistemas ofensivos das seleções femininas participantes do Campeonato Mundial de Handebol de Areia de 2006. Os autores identificaram a utilização de sistemas ofensivos apenas em superioridade numérica, sendo o sistema 3:1 o mais utilizado, seguido pelo 4:0.

A organização em sistemas ofensivos preconiza a distribuição dos jogadores nos diferentes postos específicos e, consequentemente, a utilização das técnicas e dos meios táticos pelos jogadores de modo intencional, orientado para o cumprimento dos princípios ofensivos. O DSC4 foi elaborado a partir das opiniões dos treinadores sobre a importância dos meios táticos inerentes ao ataque posicionado que buscam atender os princípios operacionais específicos.

No DSC4 foi apontada uma semelhança entre a técnica e os meios táticos do handebol de areia e do handebol, tendo o engajamento (ou penetrações sucessivas) como um destaque central que, segundo Menezes (2011) aludindo ao contexto do handebol, é uma movimentação vantajosa para o ataque que tem o objetivo de produzir e aproveitar espaços em busca de condições adequadas para a infiltração e/ou arremesso. Para Bayer (1994), a técnica individual se refere a um repertório de gestos próprios e específicos a cada modalidade, que podem ser aperfeiçoados continuamente a partir do progresso de cada jogador. Elas possibilitam que os jogadores busquem a resolução das situações-problema às quais são submetidos, e também servem de suporte para o desencadeamento dos elementos técnico-táticos.

Nascimento et al. (2012) mencionaram que a tática ofensiva é determinante na busca de movimentações e posicionamentos objetivos, tornando possível a busca por espaços durante o ataque posicionado e, consequentemente, a realização de jogadas espetaculares. O DSC1 corrobora esse aspecto, ao passo que menciona a necessidade de articulação entre os jogadores.

Os elementos táticos ofensivos coletivos, aos quais os treinadores se referem como "ações em conjunto", também englobam a permuta (ou trocas de postos específicos), que objetiva dividir a atenção dos defensores entre a troca de postos dos atacantes sem posse e a situação da bola com o intuito de abrir espaços na defesa (Antón García, 1998), e o cruzamento, que objetiva buscar superioridade numérica a partir de uma troca de postos iniciada pela trajetória de um jogador em posse de bola (Antón García, 1998; Menezes, 2011), que pode gerar erro ou atraso defensivo a ser aproveitado pelo jogador que seguinte da movimentação.

Para o DSC4, as movimentações ofensivas (trajetórias dos atacantes) devem ser eficientes na busca pela superioridade numérica e por espaços nos quais haja maior possibilidade de êxito diante dos sistemas defensivos adversários, principalmente a partir do contexto já promovido pela presença do especialista. Os treinadores ainda elucidam elementos que dependem das ações coordenadas entre dois ou mais jogadores, como o "semi-giro com aérea" (o jogador em posse da bola salta para realizar o giro, em seguida passa a bola para outro jogador que arremessa em aérea) e a "aérea com aérea" (da qual participam três jogadores: o primeiro jogador faz o passe para um segundo jogador que em aérea recebe a bola e, ainda no ar, passa para o terceiro jogador que recebe em aérea e arremessa).

Os treinadores apontaram, ainda no DSC4, que consideram relevantes para o ataque posicionado das equipes os arremessos espetaculares (giros e aéreas) e os deslocamentos. A valorização das jogadas espetaculares ocorre devido: a) ao grau de dificuldade e ao nível técnico necessário para a sua execução; e b) ao fato de ambas proporcionarem gols de dois pontos, conferindo vantagem à equipe que possui excelência na execução dessas.

Ainda são mencionados os deslocamentos, caracterizados como as corridas em várias direções que podem estar ou não associadas à realização de saltos verticais e horizontais, arremessos, passes e recepção. É importante que, ao longo do processo de ensino do handebol de areia, seja dada ênfase à orientação espacial nos deslocamentos (Nascimento et al., 2012), para contemplar o cenário desenhado desde o DSC1 até o DSC4.

Mesmo com a dificuldade e nível técnico exigido para execução, os dois pontos fazem com que giros e aéreas sejam elementos importantes do handebol de areia, principalmente por depender da realização de saltos para uma boa execução (Crispim Junior et al., 2010). Assim sendo, quanto maior o tempo de voo, maior é a chance de uma boa finalização (Almeida et al., 2012), na qual o jogador terá mais tempo para realizar a leitura do contexto e tomar sua decisão.

Outras técnicas, semelhantes às utilizadas no handebol, também podem manifestar-se durante o ataque posicionado, tais como o drible (pouco utilizado devido ao solo irregular), o passe, a recepção e os arremessos em apoio ou em suspensão, mencionados pelos treinadores no DSC4 e por diferentes autores (Almeida et al., 2012; Crispim Junior et al., 2010). Tais elementos reforçam a prerrogativa de uma possível transferência entre as habilidades do handebol e do handebol de areia, pelo fato de algumas serem comuns nos dois contextos, como os arremessos em apoio e em suspensão. Esse apontamento corrobora Nascimento et al. (2012), de que algumas das habilidades específicas do handebol de areia se assemelham às do handebol, o que se torna uma motivação ao aluno para praticar o esporte.

Ao mesmo tempo, trata-se de uma importante característica para o balizamento das decisões dos treinadores, uma vez que tais semelhanças (inclusive com a estruturação do jogo ofensivo) possibilitam a transferência de conhecimentos do handebol para o handebol de areia. O aspecto positivo de transferir se relaciona ao fato de que jogadores e treinadores conseguem identificar estruturas semelhantes entre os JCE (Bayer, 1994), em especial entre os JCE mencionados anteriormente, contemplando os princípios referentes às "famílias de jogos" (Leonardo, Scaglia, & Reverdito, 2009).

Essa perspectiva enxerga o jogo como uma unidade complexa, na qual os elementos que o constituem (referências estruturais) interagem simultaneamente entre si. As semelhanças e diferenças encontradas entre os jogos da mesma família promovem complexas relações, que influenciam positivamente na aprendizagem um do outro, em especial quando seus elementos se organizam de forma que haja semelhança entre padrões organizacionais e lógicos (Scaglia, 2003).

Não obstante, desde que as dificuldades de execução relacionadas diretamente ao ambiente de jogo sejam levadas em consideração, a técnica utilizada no handebol pode ser aplicável ao handebol de areia (Almeida et al., 2012). Isso explica a transferência positiva construída a partir do processo de ensino-aprendizagem desses JCE em que há benefícios mútuos, pois as complexas relações existentes entre os jogos são capazes de influenciar positivamente na aprendizagem de outros jogos, além do próprio jogo alvo (Leonardo et al., 2009).

Considerando, portanto, o complexo contexto do handebol de areia a partir dos diferentes autores mencionados e das opiniões dos treinadores entrevistados neste estudo, entende-se que o jogo apresenta aspectos ofensivos que devem ser contemplados ao longo do processo de ensino-aprendizagem, conforme representado na Figura 1.

Figura 1:  Elementos estruturantes do ataque posicionado no handebol de areia 

Desta maneira, compreende-se que a assimetria numérica é condição primária e estruturante do jogo ofensivo, garantida pela presença do especialista e suas implicações para a organização do jogo ofensivo e defensivo. Para Morillo-Baro et al. (2015) a superioridade numérica ofensiva permite encontrar rápidas soluções, mais proeminentes se realizadas com o pivô (que ocupa posição próxima ao gol) ou por arremessos com giro (com escasso ou nulo auxílio de companheiros). Tal assimetria numérica só é alterada quando há exclusão de jogador ou atrasos na transição ofensiva.

No contexto ofensivo é importante destacar a necessidade do treinamento específico para o especialista em diferentes postos específicos ofensivos, uma vez que sua atuação, nas dimensões individual e coletiva, podem gerar situações vantajosas para sua equipe. Outro aspecto a ser destacado se refere ao fato de que estudos como este podem subsidiar os treinadores a tomar importantes decisões para os treinamentos de suas equipes, principalmente pela especificidade dos princípios, assim como abordado em outros estudos com o handebol (Menezes et al., 2016; Menezes et al., 2015, 2017).

O sistema ofensivo, por conseguinte, deverá ser constituído a partir das características do especialista e das capacidades dos demais jogadores para realizar aéreas e giros. Esse sistema deve buscar enfatizar as potencialidades dos jogadores e das suas possíveis interações, de modo que o jogo ofensivo seja o mais efetivo possível em todas as regiões da quadra, aumentando a imprevisibilidade aos olhos dos adversários.

Este estudo não teve como intenção esgotar o assunto inerente à estruturação da fase ofensiva do handebol de areia, em especial referindo-se ao ataque posicionado, mas identificar os aspectos mais relevantes a partir da opinião dos treinadores. Análises observacionais como a apresentada por Morillo-Baro et al. (2015) possuem importância central para a identificação e avaliação de comportamentos apresentados por equipes e jogadores em situações competitivas, ao passo que, combinadas à estrutura identificada e descrita neste estudo, podem promover reflexões sobre decisões inerentes aos sistemas e elementos técnico-táticos. Destaca-se a proximidade e complementaridade entre a estrutura identificada neste estudo e as variáveis descritas por Morillo-Baro et al. (2015), principalmente pela possibilidade de melhoria dos desempenhos individuais e coletivos na interface treino-jogo.

Como limitação do estudo aponta-se o fato de entrevistar treinadores de apenas um Estado brasileiro (São Paulo), o que sugere como perspectivas futuras a investigação de treinadores de outros contextos no Brasil. Entende-se, ainda, que os resultados podem não ser generalizáveis pelo motivo supramencionado.

APLICAÇÕES PRÁTICAS

O objetivo deste estudo foi identificar e analisar os aspectos estruturantes referentes à fase ofensiva do handebol de areia, em especial ao ataque posicionado. A partir dos discursos dos treinadores foi possível identificar que o handebol de areia pauta-se majoritariamente em conteúdos ofensivos que estão diretamente relacionados: a) à predominante superioridade numérica provocada pela presença de um quarto jogador (especialista), possibilitando a formação de diferentes de sistemas ofensivos, nos quais se desenvolvem a técnica específica e os meios táticos; b) à própria atuação do especialista; e c) aos prováveis encadeamentos entre a técnica específica e os meios táticos.

A utilização e desenvolvimento dos elementos ofensivos mencionados pelos treinadores e pelos autores consultados são determinantes na efetividade ofensiva em um jogo formal. Observou-se, ainda, semelhanças entre elementos do handebol de areia com o handebol, o que facilita possíveis transferências entre ambos por jogadores e treinadores.

A hierarquização apresentada neste estudo poderá subsidiar análises de dados provenientes de jogos de handebol de areia, considerando sua natureza temporal estática ou dinâmica (Anguera et al., 2011). Obviamente, é importante que a qualidade dos dados seja considerada como um elemento central, principalmente por possibilitar uma leitura mais fidedigna do contexto do jogo, a partir de análises de parâmetros ofensivos que considerem o sistema defensivo adversário e, portanto, respeitando a dinâmica do jogo (Morillo-Baro & Hernández-Mendo, 2015).

Este estudo mostrou, portanto, a estruturação do jogo ofensivo do handebol de areia, que pode ser de extrema relevância para treinadores (subsidiando possíveis decisões a serem tomadas para o ensino-aprendizagem desse) e pesquisadores da área (pela possibilidade de aprofundamento em questões específicas ofensivas). Assim sendo, não pretendeu-se esgotar o tema estudado, mas subsidiar pesquisas futuras sobre os aspectos técnico-táticos do handebol de areia.

Financiamento:

REFERÊNCIAS

Almeida, A., Nascimento, C., Dechechi, C. (2012). O handebol de areia. In Greco, P. & Fernández Romero, J. (Eds.), Manual de handebol: da iniciação ao alto nível (pp. 349-356). São Paulo: Phorte. [ Links ]

Anguera, M. T., Blanco-Villaseñor, A., Hernández-Mendo, A., Losada, J. L. (2011). Diseños observacionales: ajuste y aplicación en psicología del deporte. Cuadernos de Psicología del Deporte,11(2),63-76. [ Links ]

Anguera, M. T., Hernández-Mendo, A. (2013). La metodología observacional en el ámbito del deporte. E-balonmano.com: Revista de Ciencias del Deporte, 9(3), 135-160. [ Links ]

Antón García, J. L. (1998). Balonmano: táctica grupal ofensiva. Concepto, estrutura y metodología. Madrid: Gymnos Editorial. [ Links ]

Ato, M., López, J. J., Benavente, A. (2013). Un sistema de clasificación de los diseños de investigación en psicologia. Anales de Psicología,29(3),1038-1059. https://doi.org/10.6018/analesps.29.3.178511. [ Links ]

Bayer, C. (1994). O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivros. [ Links ]

Crispim Junior, M., Almeida, A., Bergamo, V. (2010). Análise das ações motoras no handebol de areia. Revista Hórus,4(1),112-125. [ Links ]

Crusoé, N. M. d. C. (2004). A Teoria das Representações Sociais em Moscovici e sua importância para a pesquisa em educação. Aprender: Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, II(2), 105-114. [ Links ]

Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (3 ed). Porto Alegre: Artmed. [ Links ]

Garganta, J. (1998). O ensino dos jogos desportivos (3 ed.). Porto: Centro de Estudos dos Jogos Desportivos/Universidade do Porto. [ Links ]

Gómez-Millan, M. R. B., Esquiva, I. C. (2017). Diseño y validez de contenido de una entrevista para evaluación psicológica de porteros de fútbol. Revista de Psicología Aplicada al Deporte y al Ejercício Físico,1(3),1-12. https://doi.org/10.5093/rpadef2017a3. [ Links ]

IHF, I. H. F. (2014). Rules of the game: Beach Handball. [ Links ]

Jones, R., Armour, K., &Potrac, P. (2003). Constructing expert knowledge: a case study of a top-level professional soccer coach. Sport, Education and Society, 8(2), 213-229. [ Links ]

Lara Cobos, D. (2011). La respuesta cardiaca durante la competición de balonmano playa femenino. Apunts Medicina de L'Esport,46(171),131-136. https://doi.org/10.1016/j.apunts.2011.02.001. [ Links ]

Lara Junior, A., Matos, P. (2007). Análise do arremesso sem apoio com giro 360º no handebol de areia. Paper presented at the VI Encontro Nacional de Professores de Handebol das Instituições de Ensino Superior Brasileiras, Florianópolis/SC. [ Links ]

Lefèvre, F., Lefèvre, A. M. C. (2012). Pesquisa de representação social: um enfoque qualiquantitativo (2 ed.). Brasília: Liber Livro Editora. [ Links ]

Leonardo, L. (2008). Análise pedagógica do handebol de areia (beach handball). [ Links ]

Leonardo, L., Scaglia, A. J., Reverdito, R. S. (2009). O ensino dos esportes coletivos: metodologia pautada na família dos jogos. Motriz,15(2),236-246. [ Links ]

Marconi, M. d. A., Lakatos, E. M. (2011). Metodologia científica (6 ed.). São Paulo: Atlas. [ Links ]

Menezes, R. P. (2011). Modelo de análise técnico-tática do jogo de handebol: necessidades perspectivas e implicações de um modelo de interpretação das situações de jogo em tempo real. (Doutorado), Universidade Estadual de Campinas, Campinas. [ Links ]

Menezes, R. P., Marques, R. F. R., Morato, M. P. (2016). Handball coaches' perception of the offensive and defensive variables of the game in u-12 teams. Motricidade,12(3),6-19. https://doi.org/10.6063/motricidade.4581. [ Links ]

Menezes, R. P., Marques, R. F. R., Nunomura, M. (2014). Especialização esportiva precoce e o ensino dos jogos coletivos de invasão. Movimento,20(1),351-373. https://doi.org/10.22456/1982-8918.40200. [ Links ]

Menezes, R. P., Marques, R. F. R., Nunomura, M. (2015). O ensino do handebol na categoria infantil a partir dos discursos de treinadores experientes. Movimento,21(2),463-477. https://doi.org/10.22456/1982-8918.47664. [ Links ]

Menezes, R. P., Marques, R. F. R., Nunomura, M. (2017). Teaching handball to players under-12: the perspective of Brazilian coaches. Motriz,23(4), https://doi.org/10.1590/s1980-6574201700040006. [ Links ]

Morillo-Baro, J., Reigal, R., Hernández-Mendo, A. (2015). Análisis del ataque posicional de balonmano playa. Revista Internacional de Ciencias del Deporte,11(41),226-244. https://doi.org/10.5232/ricyde2015.04103. [ Links ]

Morillo-Baro, J. P., Hernández-Mendo, A. (2015). Análisis de la cualidad del dato de un instrumento para la observación del ataque en balonmano playa. Revista Iberoamericana de Psicología del Ejercício y el Deporte,10(1),15-22. [ Links ]

Nascimento, C., Matos, P., Lara Junior, A. (2012). Proposta de um processo pedagógico de aprendizagem do handebol de areia. In Greco, P. & Fernández Romero, J. (Eds.), Manual de handebol: da iniciação ao alto nível (pp. 271-278). São Paulo: Phorte. [ Links ]

Oliveira, V. C. d., Machado, D. A., Nunes, J. R. d. A., Navarro, A. C. (2009). Análise do VO2max de atletas convocadas para a seleção brasileira de handebol de areia. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício,3(17),500-504. [ Links ]

Reis, H. H. B. d. (1994). O ensino dos jogos coletivos esportivizados na escola. (Mestrado), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria-RS. [ Links ]

Scaglia, A. (2003).O futebol e os jogos/brincadeiras de bola com os pés: todos semelhantes, todos diferentes. (Doutorado), Universidade Estadual de Campinas, Campinas. [ Links ]

Triviños, A. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação (1 ed.). São Paulo: Atlas. [ Links ]

Wright, C., Carling, C., Lawlor, C., Collins, D. (2016). Elite football player engagement with performance analysis. International Journal of Performance Analysis in Sport,16(3),1007-1032. https://doi.org/10.1080/24748668.2016.11868945. [ Links ]

Recebido: 26 de Junho de 2018; Aceito: 10 de Outubro de 2018

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons