SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número15Percepción de los alumnos de enfermería sobre la función tutorial en las prácticasLa disfunción del sistema de derivación ventriculoperitoneal: implicación de enfermería de urgencias índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • En proceso de indezaciónCitado por Google
  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO
  • En proceso de indezaciónSimilares en Google

Compartir


Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob.  no.15 Murcia feb. 2009

 

DOCENCIA-FORMACIÓN

 

La formação do enfermeiro docente do ensino médio profissionalizante na relação com o princípio da interdisciplinaridade

La formación del enfermero docente de la enseñanza media profesional en relación con el principio de la interdisciplinariedad

 

 

*Carvalho, R.S.; ** Viana, L. de O.

*Mestre em Enfermagem. Professor da Faculdade Bezerra de Araújo e Enfermeiro do Serviço de Cardiologia do Hospital Municipal Miguel Couto - Rio de Janeiro.
**Doutora em Enfermagem, e professora Titular do Departamento de Metodologia e Ensino em Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery - UFRJ -. Brasil.

 

 


RESUMO

O presente se insere no Núcleo de Pesquisa, Educação, Gerência e Exercício Profissional de Enfermagem (NUPEGEPEn) visando investigar a formação do enfermeiro docente do Ensino Médio em Enfermagem para aplicar a interdisciplinaridade em sua prática pedagógica. Teve como base as mudanças na educação brasileira, resultantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no. 9.394/46) e pelo Parecer no. 16/99 do Conselho Nacional de Educação, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, tendo a interdisciplinaridade como princípio norteador para o desenvolvimento de competências. Objetivos do estudo: identificar a articulação de saberes de forma interdisciplinar, por enfermeiros docentes do curso técnico em Enfermagem em sua prática docente, e analisar as relações entre o processo de formação do enfermeiro docente e a aplicação da interdisciplinaridade na sua prática pedagógica no curso técnico em Enfermagem. Como referencial teórico foi utilizada a literatura sobre competências e formação docente do educador suíço Philippe Perrenoud. Metodologia: estudo descritivo, abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, sendo a coleta de dados realizada em uma instituição de Ensino Médio profissionalizante, no Rio de Janeiro, mediante entrevistas com oito enfermeiros docentes da instituição, a partir de um roteiro semi-estruturado, seguidas de observação participante. Na análise dos dados foram estabelecidas três categorias descritivas: As mudanças na organização curricular; O princípio da interdisciplinaridade como didática recomendada para o desenvolvimento de competências; A formação do enfermeiro docente e a aplicação da interdisciplinaridade na prática pedagógica. Os resultados obtidos evidenciaram a necessidade de uma formação contínua através de um projeto de formação comum, na própria instituição, para facilitar a aplicação da interdisciplinaridade.

Palavras-chave: Enfermagem. Educação Profissionalizante. Formação. Interdisciplinaridade.


RESUMEN

El presente trabajo se inserta en el Núcleo de Pesquisa, Educación, Gerencia y Ejercicio Profesional de Enfermería (NUPEGEPEN) que investiga la formación del enfermero docente de la Enseñanza Media en Enfermería para aplicar la interdisciplinariedad en su práctica pedagógica. Tuvo como base los cambios en la educación brasileña, resultantes de la Ley de Directrices y bases de la Educación Nacional (Ley no 9.394/460) y del Parecer no 16/99 del Consejo Nacional de Educación, que trata de las Directrices Curriculares Nacionales para la Educación Profesional de Nivel Técnico, teniendo la interdisciplinariedad como principio de orientación para el desarrollo de competencias. Retos del estudio: identificar la articulación de los saberes de forma interdisciplinar por enfermeros docentes del curso técnico en Enfermería en su práctica docente, y analizar las relaciones entre los procesos de formación del enfermero docente y la aplicación de la interdisciplinariedad en su práctica pedagógica en el curso técnico en Enfermería. Como referencial teórico fue utilizada la literatura sobre competencias y formación docente del educador suizo Philippe Perrenoud.
Metodología: estudio descriptivo, abordaje cualitativo del tipo de estudio de caso, siendo la recolecta de datos realizada en una institución de Enseñanza Media Profesional, en la ciudad de Río de Janeiro, por medio de entrevistas con ocho enfermeros docentes de la institución, a partir de un guión semi-estructurado, seguidas de observación participante. En el análisis de los datos fueron establecidas tres categorías descriptivas: los cambios en la organización curricular; el principio de la interdisciplinariedad como didáctica recomendada para el desarrollo de competencias; la formación del enfermero docente y la aplicación de la interdisciplinariedad en la práctica pedagógica. Los resultados obtenidos evidenciaron la necesidad de una formación continua a través de un proyecto de formación común en la propia institución, para facilitar la aplicación de la interdisciplinariedad.

Palabras clave: Enfermería. Educación Profesionalizante. Formación. Interdisciplinariedad.


 

Introdução

A educação profissional de nível técnico está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal no. 9.394/96). Regulamentada pelo Decreto Federal 2.208/97, esta Lei deve atender as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional de Nível Técnico estabelecidas na Resolução no. 04/99, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE), e fundamentadas no Parecer no. 16/99.

Essas diretrizes regem-se por um conjunto de princípios que incluem: articulação com o Ensino Médio, desenvolvimento de competências para o trabalho a ser executado, flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização na organização curricular, atualização permanente dos cursos e de seus currículos e autonomia da escola em seu projeto pedagógico.

As mudanças ocorridas no sistema educativo, desde a aprovação da Lei no. 9.394/96, e a nova proposta de organização curricular para o Ensino Médio profissionalizante, estabelecida pelo Parecer no. 16/99, obrigaram o docente de enfermagem que antes desenvolvia sua prática pedagógica organizada apenas em torno da transmissão de conteúdos em disciplinas fechadas, a desenvolver competências específicas para atuar num currículo integrado.

Portanto, o processo que envolve as atividades de ensino profissionalizante de nível médio exige do enfermeiro docente a capacidade de agregar conhecimentos de diferentes disciplinas, desenvolvendo competências para adotar uma prática pedagógica adequada que lhe permita articular conteúdos na construção de determinado conhecimento, relacionando teoria e prática, e adaptando "as aquisições individuais da formação, sobretudo escolar, em função das suas exigências", fazendo com que a aprendizagem passe a ser "orientada para a ação", e a avaliação das competências seja "baseada nos resultados observáveis" (Deluiz (1996) apud MS, 2001, p.10).

O enfermeiro docente deve ter em vista que a sua formação atinja os objetivos da educação profissional, no sentido de atuar no desenvolvimento de um currículo integrado, flexível e, sobretudo interdisciplinar, que prepare o aluno para inserir-se no mercado de trabalho e poder exercer plenamente a sua cidadania.

Para tanto, segundo o Parecer no. 16/99 (p. 37), "devem ser buscadas formas integradoras de tratamento de estudos de diferentes campos, orientados para o desenvolvimento das competências objetivadas pelo curso [...] uma vez que no desempenho profissional, o indivíduo atua integradamente", significando dizer que, no campo de trabalho, seus conhecimentos "interrelacionam-se, contrastam-se, complementam-se, ampliam-se e influem uns nos outros" (Op.cit., p.37), permitindo-lhe uma atuação mais eficiente e eficaz.

Tem-se, então, a questão da interdisciplinaridade na organização curricular do ensino profissionalizante de nível médio que, segundo Fazenda (2003, p.52), tem por finalidade: "a difusão do conhecimento (favorecendo a integração de aprendizagem e conhecimentos) e a formação de atores sociais, colocando em prática as condições mais apropriadas para suscitar e sustentar o desenvolvimento dos processos integradores e a apropriação dos conhecimentos como produtos cognitivos".

Complementando o pensamento da autora, Costa (2000, p.21) enfatiza que: "a concepção interdisciplinar de educação parte do princípio de que educar não é somente transmitir ou transferir conhecimentos de uma pessoa para outra, não é somente comunicar. Educar é, antes de tudo, contribuir para pensar bem, isto é, estabelecer relações de ajuda que possibilitem o surgimento de novos hábitos de pensamento, sentimentos e ações".

Pelo exposto, definiu-se como objeto de estudo a formação do enfermeiro docente voltada para a aplicação da interdisciplinaridade no curso profissionalizante de nível Técnico em Enfermagem.

Como questões norteadoras para o estudo, as seguintes: A formação do enfermeiro docente que atua no ensino profissionalizante do curso Técnico em Enfermagem permite a articulação de saberes de forma interdisciplinar em seu cotidiano? O que é necessário ao enfermeiro docente para colocar em prática a interdisciplinaridade na construção de determinado conhecimento na educação profissional do técnico em enfermagem?

 

Objetivos

Para atender ao objeto de estudo, foram estabelecidos os seguintes objetivos: Identificar a articulação de saberes de forma interdisciplinar, por enfermeiros docentes do curso Técnico em Enfermagem, na prática docente. Analisar as relações entre o processo de formação do enfermeiro docente e a aplicação da interdisciplinaridade na sua prática pedagógica no curso Técnico em Enfermagem.

A abordagem de temas complexos como formação docente e interdisciplinaridade é relevante porque ambos são princípios da educação profissional estabelecidos no Parecer no. 16/99. Sendo assim, o estudo deve revelar lacunas de conhecimento na formação do enfermeiro docente do ensino médio profissionalizante que possam estar interferindo negativamente no seu desempenho didático junto aos alunos do curso Técnico em Enfermagem, considerando que o seu papel é fundamental na construção de um determinado saber.

 

Referencial teórico metodológico

Para o estudo foi utilizado como referencial teórico principal o pensamento do sociólogo e educador suíço Philippe Perrenoud, em cujas obras os temas educação e formação por competências são amplamente analisados. Todavia, outros autores subsidiaram a análise e a discussão dos dados obtidos, a fim de permitir que se alcançasse máxima clareza no texto.

Em seu livro intitulado "Dez Novas Competências para Ensinar", Perrenoud (2000) apresenta dez grandes famílias de competências para o ensino e aborda o ofício de professor de modo mais concreto, propondo um inventário das competências que contribuem para redelinear a atividade docente. Para isso, utilizou um referencial de competências adotado em 1996, em Genebra (Suíça), cujo enfoque é a formação contínua dos professores.

Segundo Perrenoud (2000, p.12), este referencial foi desenvolvido com a intenção precisa de "orientar a formação contínua para torná-la coerente com as renovações em andamento no sistema educativo". As dez primeiras competências descritas pelo autor (Op.cit., p.14) são as seguintes:

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem.
2. Administrar a progressão das aprendizagens.
3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação.
4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho.
5. Trabalhar em equipe.
6. Participar da administração da escola.
7. Informar e envolver os pais.
8. Utilizar novas tecnologias.
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.
10. Administrar sua própria formação contínua.

Neste estudo, o foco da atenção voltou-se para duas famílias de competência: "Organizar e dirigir situações de aprendizagem" e "Administrar sua própria formação contínua".

 

Educação profissionalizante de nível médio e a formação docente

A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas; deve abrir possibilidades de relacioná-las com atividades ou projetos de estudos, pesquisa e ação. Neste caso, devem ser buscadas formas integradoras de tratamentos de estudos de diferentes campos, orientados para o desenvolvimento das competências objetivadas pelo curso.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio (BRASIL, 2002), a interdisciplinaridade é uma prática didático-pedagógica considerada adequada aos objetivos do ensino médio, pela possibilidade de relacionar as disciplinas durante o desenvolvimento das atividades ou de projetos de estudo, pesquisa e ação, possibilitando aos alunos aprenderem a olhar o mesmo objeto sob perspectivas diferentes.

Em relação à interdisciplinaridade, quando colocada em prática, incentiva à formação de docentes interessados na "reflexão aprofundada, crítica e salutar do processo educativo" (COSTA, 2000, p.17), orientado com a finalidade de se conseguir que o aluno alcance melhor formação profissional e geral.

O que foi exposto está de acordo com a concepção interdisciplinar de educação mencionada por Costa (Op.cit., p.21), que parte do seguinte princípio: "educar não é somente transmitir ou transferir conhecimentos de uma pessoa para outra, não é somente comunicar. Educar é, antes de tudo, contribuir para pensar bem, isto é, estabelecer relações de ajuda que possibilitem o surgimento de novos hábitos de pensamento, sentimentos e ações."

Um projeto de estudo interdisciplinar não anula nem dilui as disciplinas; ao contrário, mantém a individualidade de cada uma, visto que a integração dos conteúdos selecionados tem por objetivos explicar, compreender e intervir em um determinado assunto. Portanto, o docente do século XXI precisa perceber que sua prática não se traduz apenas em transferência de conteúdos de disciplinas, mas está diretamente relacionada à necessidade de os alunos compreenderem os significados que esses conteúdos representam para a construção de competências que serão amplamente utilizadas por eles na prática profissional futura.

A propósito, vale resgatar as palavras de Marques (2001, p.3): "Nosso desafio hoje é desenvolver um processo que possibilite identificar, promover e gerir os saberes que devem ser mobilizados pelos trabalhadores, para que estes atuem segundo a premissa básica de melhorar a qualidade da assistência em saúde, incorporando em suas ações os princípios da integralidade da atenção, da humanização do cuidado e do reconhecimento da autonomia e dos direitos do usuário dos serviços de saúde"

Pelo exposto, e na qualidade de docente do ensino médio profissionalizante, julgo da maior importância que a formação do enfermeiro voltada para a docência, deve significar o desenvolvimento de competências para atuar no currículo integrado, permitindo que ele compreenda e adote no dia-a-dia os princípios relacionados com a educação profissionalizante.

Nessa linha de raciocínio, o currículo integrado é organizado em núcleos que ultrapassam os limites das disciplinas, para que o aluno entenda como os conteúdos vão se integrando na construção de uma temática, construindo competências para a prática profissional. De acordo com Santomé (1998, p.26), trata-se de uma estratégia que: "ajuda a desvelar as questões de valor implícitas nas diversas propostas ou soluções disciplinares, permitindo constatar com maior facilidade dimensões éticas, políticas e sócio-culturais que as visões exclusivamente disciplinares tendem a relegar a um segundo plano".

É importante entender que, no currículo integrado, as disciplinas não são anuladas, mas construídas em núcleos ou módulos que facilitam o diálogo entre os conteúdos.

No caso do presente estudo, em que a articulação de conteúdos do atual currículo torna-se cada vez mais explícita, tais princípios se traduzem por meio de uma prática pedagógica que visa garantir ao profissional de enfermagem as competências indispensáveis que lhe possibilitem não só prestar uma assistência integral ao cliente, mas também ampliar suas qualificações para atender as exigências de um mercado de trabalho instável, em decorrência da busca incessante da melhoria da qualidade e da produtividade dos serviços.

 

Referencial metodológico

Trata-se de pesquisa do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, tendo como método o estudo de caso.

As pesquisas descritivas pretendem descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade. Andrade (2001, p. 124) relata que: "na pesquisa descritiva, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isto significa que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.".

Yin (2005, p.36) afirma que "o estudo de caso, como outras estratégias de pesquisa, representa uma maneira de investigar um tópico empírico seguindo-se um conjunto de procedimentos pré-especificados". Para realizá-lo, são utilizadas importantes fontes, a exemplo da análise de documentação (cartas, memorandos, relatórios, avaliações, dentre outros), registro em arquivos, entrevistas, observação direta ou participante (Op.cit.). No caso presente, foram utilizadas como técnicas de coleta de dados a entrevista semi-estruturada e a observação participante.

Segundo Minayo (1993, p.10) a abordagem qualitativa permitirá a "incorporação da questão do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações e às estruturas sociais". A autora ressalta que o objeto das Ciências Sociais é essencialmente qualitativo, e que a pesquisa social possibilita a reflexão de posições frente a realidades e interesses de classes e grupos determinados. Sendo assim, não pode ser definida de forma estática ou estanque, visto que a realidade envolve as mais diferentes áreas de conhecimento.

Minayo (1993, p.107) acrescenta ainda que a entrevista seja a "colheita de informações sobre determinado tema científico". É uma conversa a dois, feita por iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer informações pertinentes a um dado objeto; permite expressões de cunho subjetivo e refere-se diretamente ao indivíduo entrevistado, isto é, as suas atitudes, valores e opiniões.

Quanto à observação participante, "trata-se de uma modalidade especial de observação na qual você não é apenas um observador passivo" (YIN, 2005, p. 121). É uma técnica que "pode ser usada em ambientes mais ligados ao nosso dia-a-dia", permitindo ao pesquisador "perceber a realidade do ponto de vista de alguém de 'dentro' do estudo de caso, e não de um ponto de vista externo" (Op.cit.).

Sujeitos do estudo:

Foram sujeitos do estudo os enfermeiros docentes do ensino médio profissionalizante de um curso Técnico em Enfermagem. Todos receberam informações do pesquisador a respeito do tema enfocado; de que a participação de cada um não seria obrigatória; da preservação do sigilo de tudo aquilo que fosse dito e do anonimato de cada um, conforme o disposto na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (MS, 1996), que estabelece normas de pesquisa envolvendo seres humanos.

Para tanto, receberam codinomes escolhidos pelo autor da pesquisa, que se valeu dos nomes de instrumentos cirúrgicos (pinças) utilizados em cirurgia geral: CHERON, KELLY, ALLIS, HALSTEAD, LONGUETH, ROCHESTER, KOCHER E BACKAUS. A opção decorreu de uma temática desenvolvida na docência do Ensino Médio, durante os cursos de Especialização em Instrumentação Cirúrgica para Técnicos em Enfermagem.

Aqueles que concordaram em participar da pesquisa assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com detalhes adicionais sobre o assunto.

A caracterização dos sujeitos foi a seguinte: seis enfermeiros docentes do sexo feminino e dois do sexo masculino com, no mínimo, seis anos de atividade no Ensino Médio profissionalizante em Enfermagem. Quanto à formação pedagógica para o desempenho da atividade docente, cinco tinham curso de licenciatura plena e formação pedagógica pelo PROFAE; um tinha curso de licenciatura plena; um tinha formação pedagógica pelo PROFAE; e um era graduado em Pedagogia.

A coleta de dados teve início no segundo semestre de 2005, tão logo foi aprovado o Projeto de Pesquisa apresentado pelo pesquisador ao Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição de Ensino em estudo (Apêndice 4).

Cenário do estudo:

Trata-se de uma Instituição particular de Ensino Profissionalizante fundada em 1973, localizada na cidade do Rio de Janeiro, cuja proposta político-pedagógica atende às Diretrizes Curriculares para a Educação Profissionalizante de Nível Técnico estabelecidas no Parecer no. 16/99 do CNE / CEB.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no. 9394/96) e o Decreto no. 5154, de 23 de julho de 2004 (CNE), na Instituição existem duas modalidades de Ensino Profissionalizante: Curso Técnico profissionalizante, articulado com o Ensino Médio na própria Instituição e Curso Técnico profissionalizante, quando o discente precisa ter concluído o Ensino Médio ou estiver cursando em instituição diferente. Neste caso, a certificação depende da conclusão do Ensino Médio.

A organização curricular é construída em módulos, com terminalidade correspondente à qualificação profissional de nível técnico identificada no mercado de trabalho, ou sem terminalidade, objetivando estudos subseqüentes, com aproveitamento de estudos, como no caso das especializações.

A metodologia de ensino adotada pela instituição é a da Problematização, que requer uma interatividade entre docentes e discentes para haver reflexão e ação; ou seja, a partir da realidade dos alunos e de situações da prática profissional, as temáticas são (re) construídas objetivando mudanças e resolução de problemas.

Quanto ao tipo de avaliação, a Instituição orienta para que seja adotada uma avaliação participante, por competências construídas. Esse tipo de avaliação objetiva formar cidadãos solidários com os problemas sociais e os decorrentes da atividade profissional. Neste sentido, a avaliação afirma-se como um processo participativo, sistemático, contínuo e integral, que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos.

 

Análise e discussão dos resultados

As questões que nortearam o estudo foram as seguintes: A formação do enfermeiro docente que atua no ensino profissionalizante do curso Técnico em Enfermagem permite a articulação de saberes de forma interdisciplinar em seu cotidiano? O que é necessário ao enfermeiro docente para colocar em prática a interdisciplinaridade na construção de determinado conhecimento na educação profissional do técnico em enfermagem?

Para atender aos objetivos do estudo e as questões norteadoras, destaquei as seguintes categorias da coleta dos dados: As mudanças na organização curricular; o princípio da interdisciplinaridade como didática recomendada para o desenvolvimento de competências e a formação do enfermeiro docente e a aplicação da interdisciplinaridade na prática pedagógica.

 

As mudanças na organização curricular

Acredita-se que as mudanças que ocorreram na educação profissional a partir do Parecer no16/99 representam transformações importantes na organização curricular da educação profissionalizante. Para o enfermeiro docente, essas mudanças significam adaptações para desenvolver a sua prática pedagógica.

Nesta categoria, buscou-se identificar o conhecimento do enfermeiro docente acerca das transformações que ocorreram na organização curricular, verificando se o princípio da interdisciplinaridade representou para ele uma mudança na construção do atual currículo. A seguir, os relatos dos enfermeiros docentes sobre as mudanças na organização curricular do ensino médio profissionalizante, no que diz respeito à organização das disciplinas:

KELLY - (...) referente ao Parecer no. 45/72, a gente trabalhava a disciplina como módulo isolado (...). Atualmente, de acordo com o parecer no. 16/99, a preocupação é trazer uma complementação nos conteúdos (...). Então, agente precisa buscar informações anteriores em outras disciplinas, traçando sempre um elo, uma ligação com os conteúdos que estão sendo dados nesse momento. O tempo todo é ir e vir, puxando conteúdos anteriores fazendo com que eles sejam contextualizados com as disciplinas que você está lecionando no momento (...).

KELLY - (...) a gente utiliza a Microbiologia dentro de Fundamentos de Enfermagem quando a gente vai falar de infecção hospitalar (...).

Quando o entrevistado fala sobre a contextualização dos conteúdos, aonde as informações vão dando significado e complementando outras informações, percebo a sua intenção em relacionar os conteúdos para dar significado ao aprendido, como é mencionado no Parecer no. 16/99.

Corroborando a análise, Perrenoud (2000, p.26) afirma o seguinte: "Conhecer os conteúdos a serem ensinados é a menor das coisas, quando se pretende instruir alguém. Porém, a verdadeira competência pedagógica não está aí, ela consiste, de um lado, em relacionar os conteúdos a objetivos e, de outro, a situações de aprendizagem".

Dos oito docentes entrevistados, cinco relataram que a principal mudança percebida na organização curricular relacionou-se com as disciplinas que, a partir da implantação do Projeto Político-Pedagógico baseado no Parecer no. 16/99, foram organizadas para facilitar a articulação entre os conteúdos dando um sentido de complementaridade, facilitando o aprendizado do aluno.

A prática reflexiva para educação, contextualizando os conteúdos com as necessidades dos discentes também significou mudanças no ensino profissionalizante da Enfermagem. Além disso, a flexibilização na organização curricular facilita essa contextualização dos conteúdos com os objetivos a serem alcançados.

 

O princípio da interdisciplinaridade como prática pedagógica recomendada para o desenvolvimento de competências

Nesta categoria, segundo os relatos dos entrevistados, foi possível identificar o que significa este princípio na prática pedagógica dos enfermeiros docentes do Ensino Profissionalizante da Enfermagem. Para corroborar, na observação participante em aulas com temáticas voltadas para o ensino da Enfermagem, procurei identificar se a didática da interdisciplinaridade estava presente em suas construções.

Esta análise visa atender o primeiro objetivo da pesquisa em identificar a articulação dos conteúdos através da didática da interdisciplinaridade.

Para os enfermeiros docentes, a articulação dos conteúdos numa didática interdisciplinar significa selecionar os conteúdos a serem utilizados na construção de uma determinada temática, para que os discentes possam integrá-los, facilitando o aprendizado e o desenvolvimento de competências aplicáveis na prática profissional.

A seguir, as falas dos enfermeiros docentes sobre o Princípio da interdisciplinaridade:

KELLY - (...) interdisciplinaridade (...) acho que é um princípio importante na formação, principalmente do aluno, porque a todo o momento a gente está relembrando os conhecimentos que ele teve, e que vão facilitar o aprendizado dele na disciplina que está cursando. (...) Então, você começa a perceber realmente o nível de aprendizado desse aluno, porque você começa a buscar conteúdos e relembrar conteúdos (...) (...) a nossa profissão [enfermagem] é muito genérica, temos toda essa parte genérica na nossa formação. É necessário que a gente detenha determinados conhecimentos, que somente a questão de você juntar vários conhecimentos ligados às disciplinas é que vai te dar suporte para a assistência de enfermagem, o que vai proporcionar o desenvolvimento de competências. (...).

Para Perrenoud (2000, p.27), organizar e dirigir situações de aprendizagem são atividades que exigem do professor o domínio de saberes, significando dizer que: '"A competência requerida hoje em dia é o domínio dos conteúdos com suficiente fluência e distância para construí-los em situações abertas e tarefas complexas, aproveitando ocasiões, partindo do interesse dos alunos, explorando os acontecimentos; em suma, favorecendo a aproximação ativa e a transferência dos saberes, sem passar necessariamente por sua exposição metódica, na ordem prescrita por um sumário.".

Nos depoimentos, percebi que a interdisciplinaridade no ensino profissionalizante da Enfermagem é de fundamental importância em seu planejamento pedagógico, eles não conseguem ver o processo ensino aprendizagem ser construído de outra forma. Esse aspecto apareceu nas seguintes falas:

ALLIS - (...) eu acredito que a gente sempre faz isso. Não tem como você trabalhar fundamentos de enfermagem sem falar de clínica médica, e falar de clínica médica sem falar de fundamentos. (...).

ROCHESTER - (...) eu não consigo ver o ensino se não for trabalhador de forma interdisciplinar, uma vez que nenhuma disciplina é estanque em si; uma sempre vai estar apoiada e dando suporte à outra. (...) Então, a interdisciplinaridade (...) eu não vejo o processo ensino-aprendizagem sem isso, uma vez que uma [disciplina] está inserida na outra ou dá suporte para a outra. O interessante é a gente trabalhar com isso de uma forma criativa (...) acrescentando um algo a mais nessa construção do saber (...).

Para Perrenoud (1999, p.42), em certas profissões muito qualificadas, as situações com as quais os práticos deparam-se fazem com que desenvolvam competências que mobilizam os aportes de várias disciplinas, sem limitar-se a nenhuma delas.

Para os enfermeiros docentes entrevistados, trabalhar com didática interdisciplinar significa uma competência a ser construída por meio de um programa de formação contínua, atendendo a uma necessidade de atualização permanente dos conteúdos e das inovações técnico-científicas encontradas no dia-a-dia da prática assistencial, o que foi revelado nos relatos a seguir:

KELLY - é importante tanto na formação do aluno como na formação do professor (...) porque a gente precisa desta noção para fechar sempre um elo entre uma disciplina e outra (...).

BACKAUS - (...) interdisciplinaridade é você estar mesclando várias matérias, várias teorias, de forma a que você consiga um melhor aproveitamento através dessa mesclagem. (...) eu acho que nem todos estão preparados para aplicar esse tipo de metodologia. Eu acho que mesmo os profissionais que tenham especialização em docência, precisam de uma reciclagem para poder fazer com que a coisa flua a contento (...).

Ao observar e participar das aulas dos enfermeiros docentes no cenário do estudo foi possível perceber a didática da interdisciplinaridade na construção de suas temáticas. No planejamento de uma aula observei a intenção dos docentes em relacionar os aspectos da prática profissional com a parte teórica desenvolvida com os discentes.

A seguir, através da observação participante, irão se destacar algumas aulas onde a didática da interdisciplinaridade estava presente:

Disciplina: Fundamentos de Enfermagem

Temática: sondagem nasogástrica e nasoentérica

O docente relaciona conteúdos de anatomia e fisiologia do sistema digestório à técnica de sondagem nasogástrica e nasoentérica, além de trazer conteúdos de biossegurança como lavagem das mãos, uso de equipamento de proteção individual e controle de infecção hospitalar. (KELLY)

Disciplina: Enfermagem em Clínica Cirúrgica

Temática: Cuidados de Enfermagem na anestesia

Na aula com a temática sobre cuidados de Enfermagem na anestesia local, regional e geral, o docente inicia com os conteúdos de anatomia e fisiologia do sistema nervoso e sistema músculo-esquelético, utilizando mapas anatômicos e equipamentos utilizados em anestesia (material de intubação traqueal, agulhas, seringas, cateteres). Os discentes apresentaram trabalhos em grupos, relacionados com a temática.

Nesta última observação participante, o docente relacionou os conteúdos com a prática profissional, o que facilitou o aprendizado. Aqui percebo a importância da interdisciplinaridade na construção de competências, relacionando teoria e prática. O interessante, é que o docente trouxe para sala de aula os equipamentos de anestesia utilizados na prática.

Como docente da educação profissionalizante da Enfermagem, concordo com afirmação de alguns entrevistados em perceber a interdisciplinaridade como uma didática indispensável no desenvolvimento de competências para a prática profissional, facilitando a relação entre teoria e prática aos objetivos desse nível de educação.

Nesse sentido, Perrenoud (2000, p.26) descreve que uma das competências pedagógicas que o docente precisa desenvolver é relacionar os conteúdos a objetivos e a situações de aprendizagem.

 

A formação do enfermeiro docente e a aplicação da interdisciplinaridade na prática pedagógica

Essa categoria foi construída para subsidiar a análise das relações entre o processo de formação do enfermeiro docente e a aplicação da interdisciplinaridade na sua prática pedagógica. Os depoimentos obtidos e a observação participante permitiram identificar o que é necessário no processo de formação do enfermeiro para que ele possa, durante a prática docente, desenvolver a interdisciplinaridade como didática recomendada pelo Parecer no. 16/99.

Em primeiro lugar, destaca-se o que disseram os enfermeiros docentes quando indagados se a formação recebida permite aplicar a interdisciplinaridade na prática pedagógica:

KELLY - (...) eu tenho uma formação, tenho noção do que é uma interdisciplinaridade. A gente estuda, a gente troca entre um colega e outro (...) eu tenho noção do que vem a ser uma interdisciplinaridade e de como buscar isto na sala de aula com os alunos (...).

BACKAUS - (...) atualmente permite, mas a formação básica não permitia, mesmo com a licenciatura plena (...). Depois do curso do PROFAE, ajudou bastante, embora eu ainda sinta a necessidade de melhor informação a esse respeito. (...).

Apesar dos enfermeiros docentes relatarem que a sua formação permite a aplicação da interdisciplinaridade, na observação participante, ficou evidenciado a necessidade de um processo de formação comum entre os docentes para colocar em prática a didática da interdisciplinaridade.

Para fins de comparação com os relatos acima, seguem-se alguns dados da observação participante do cotidiano dos docentes dentro da instituição de ensino pesquisada:

• O docente (KOCHER) relata a falta de comunicação entre os docentes de outras disciplinas para rever os conteúdos que estão sendo trabalhados.

• Na sala reservada aos professores, um docente (KELLY) comenta sobre a necessidade de reunião entre os docentes para discutir sobre as dificuldades dos alunos. Hoje em dia, a formação é entendida como um processo contínuo, e não como uma formação definitiva. Mesmo que o docente possua cursos de capacitação, as mudanças no sistema educativo e no mundo do trabalho, já que estamos falando de uma educação profissional, refletem a necessidade de buscar outros procedimentos intrínsecos ao processo de formação.

Em relação à formação contínua, resgata-se esta importante reflexão de Perrenoud (2000, p. 160): "Formar-se não é - como uma visão burocrática poderia, às vezes, fazer crer - fazer cursos (mesmo ativamente); é aprender, é mudar, a partir de diversos procedimentos pessoais e coletivos de autoformação (...), entre esses procedimentos, podem-se mencionar a leitura, a experimentação, a inovação, o trabalho em equipe, a participação em um projeto de instituição, a reflexão pessoal regular, a redação de um jornal ou a simples discussão com os colegas."

Para exemplificar melhor, na observação participante em disciplinas específicas da profissionalização como Fundamentos de Enfermagem, identificou-se que mesmo adotando uma didática interdisciplinar, o docente teve dificuldades na construção do tema sobre administração de medicamentos no seguinte aspecto:

LONGUETH - (...) O docente fez uma revisão dos conteúdos de Anatomia sobre as camadas da pele, aponeurose e músculos, dos locais de aplicação de medicamentos por via intramuscular. Nesse momento, o docente se surpreende quando a maioria dos alunos não lembra dos conteúdos de Anatomia já trabalhados. Observo que no caso de uma disciplina do ciclo básico como Anatomia, deveria ser correlacionada com a prática desde o início (...).

Percebe-se a necessidade dos docentes em explicitar as suas dificuldades com o grupo, para colocar em prática o Principio da interdisciplinaridade, definindo um enfoque comum para as competências que o aluno precisa desenvolver. Isso facilitaria a construção de estratégias para superar os obstáculos que os docentes encontraram na aplicação da interdisciplinaridade.

A questão de participar de um programa de formação contínua dentro da própria instituição, para aplicar a interdisciplinaridade na prática pedagógica, é revelada pelos enfermeiros docentes nos seguintes depoimentos:

KELLY - (...) eu acho que é necessário a gente ter uma capacitação até melhor, a gente visar sempre um desenvolvimento profissional (...) é importante e você vai se atualizando (...) eu acho que se faz necessário, não é só importante! O que eu percebo é o seguinte: ainda existe um grupo de professores que se preocupam somente com o conteúdo da sua disciplina (...) eles acham importante só a sua disciplina, eles não tentam buscar o conhecimento do aluno. (...).

KOCHER - (...) sim, com certeza. Eu acho que deveríamos trabalhar reuniões (...) vamos colocar nossa pauta da semana, nossa pauta da quinzena, e todos trabalhar da mesma forma (...) Não sei em outras instituições, mas aqui a gente está precisando. Por que uns tem noção e outros não tem. (...) eu acho que de repente nós precisamos ter um plano e todos acompanhando esse plano (...).

 

Conclusão

Na relação entre a formação do enfermeiro docente com a aplicação da interdisciplinaridade, constatou-se que todos os entrevistados possuem formação na área pedagógica, e todos conhecem a didática da interdisciplinaridade, considerando-a fundamental para o desenvolvimento de competências para o discente do curso Técnico em Enfermagem. O que ficou evidenciado é que para aplicar essa didática é preciso um trabalho em equipe, onde todos os docentes envolvidos na educação estejam conscientes de um enfoque em comum, discutindo as necessidades dos discentes e as competências que eles precisam alcançar definidos no Projeto Político-Pedagógico da Instituição.

Analisando os depoimentos dos entrevistados e as observações participantes, os docentes sentem a necessidade de um programa de formação comum dentro da própria instituição, para facilitar o desenvolvimento do planejamento pedagógico.

 

Referências

1. ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.        [ Links ]

2. BRASIL. CFE/CEB. Parecer no. 45, de 12 de janeiro de 1972. Diretrizes e Bases para o ensino de 1o e 2o graus, 1972.        [ Links ]

3. Ministério da Educação. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional no. 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996, publicada Diário Oficial da União em 23/12/96, seção1. [s.1: s.n.], 1996.        [ Links ]

4. Ministério da Educação. Decreto no. 2.208 de 17/04/97. Diário Oficial da União, seção1, de 18/04/97. [s.1.:s.n.], 1997.        [ Links ]

5. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 2002.        [ Links ]

6. Ministério da Saúde. Parecer CNE/CP 009/2001: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica em Nível Superior, Curso de Licenciatura, de Graduação plena. MEC/CNE, 2001. Disponível em <http://www.mec.gov.br/cne/ftp/PNCP/CNCP009.doc> Acesso em 20 de março de 2006.        [ Links ]

7. Ministério da Saúde. Formação em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem: núcleo contextual: educação, sociedade, cultura. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, Fundação Oswaldo Cruz. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.        [ Links ]

8. Ministério da Saúde. Formação em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem: núcleo estrutural: Proposta pedagógica: o plano da ação. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, Fundação Oswaldo Cruz. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.        [ Links ]

9. Ministério da Saúde. Formação em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem: núcleo integrador: Planejando uma prática pedagógica significativa em Enfermagem. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, Fundação Oswaldo Cruz. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.        [ Links ]

10. BRASIL. Ministério da Saúde. Política de educação e desenvolvimento para o SUS: pólos de educação permanente em saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.        [ Links ]

11. BRASIL. Ministério da Saúde. Humanizar cuidados de saúde: uma questão de competência. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde. Formação, v.1, n. 2, 2001.        [ Links ]

12. CNE/CEB. Parecer no. 16, de 05 de outubro de 1999. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. Disponível em <http://www.mec.gov.br/cne/parecer.shtm>        [ Links ]

13. BOFF, Leonardo. O despertar da águia: o dia-bólico e o simbólico na construção da realidade. Petrópolis: Vozes, 1998.        [ Links ]

14. COSTA, Antônio Fernando Gomes da. Interdisciplinaridade: a práxis da didática psicopedagógica. Rio de Janeiro: Unitec, 2000. 132p.        [ Links ]

15. DELUIZ, Neise. Formação de trabalhador em contexto de mudança tecnológica. Boletim Técnico do Senac, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, jan./abr.,1994.        [ Links ]

16. FAZENDA, Ivani. Didática e Interdisciplinaridade. Campinas, SP: Papirus, 2003. 192p.        [ Links ]

17. GIL, A.C.O. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.        [ Links ]

18. JORGE, Kátia de Moraes. A prática dos facilitadores da aprendizagem no ensino de curso Técnico de Enfermagem do SENAC. Rio de Janeiro: UFRJ/EEAN, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004. Orientadora: Neiva Maria Picinini Santos.        [ Links ]

19. KRAMER, Sonia. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. São Paulo: Ática, 1993.        [ Links ]

20. LEOPARDI, M.T. et al. Metodologia da pesquisa na saúde. Santa Maria: Palloti, 2001.        [ Links ]

21. LIBÂNEO, J.C. Adeus professor, Adeus professora - novas exigências educacionais e profissão docente. 6 ed. São Paulo: Cortez. 2002 [Coleção Questões da Nossa Época, v. 67, Série Formação do Professor]        [ Links ]

22. LÜDKE, Menga e ANDRÈ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. 1. reimpressão. São Paulo: EPU, 1986.        [ Links ]

23. MEDEIROS, R. M. et. al. Construção de competências em Enfermagem. Caxias do Sul: EDUCS, 2001. 320p.        [ Links ]

24. MELLO, Guiomar Namo de. Diretrizes curriculares para o ensino médio: por uma escola vinculada à vida. Ibero Americana, n.20, 1999.        [ Links ]

25. MELLO, M. C. et. al. Competências e habilidades: da teoria à prática. Rio de Janeiro: WAK, 2002. 192p.        [ Links ]

26. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento - pesquisa qualitativa em saúde. 2.ed. São Paulo - Rio de Janeiro: HUCITEC-ABRASCO, 1993.        [ Links ]

27. PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. 90p.        [ Links ]

28. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000. 192p.        [ Links ]

29. PERRENOUD, Philippe. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. 176p.        [ Links ]

30. RAMOS, Marise Nogueira. A Pedagogia das Competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez, 2001. 320p.        [ Links ]

31. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artmed, 1998. 275p.        [ Links ]

32. VALENTE, G. S. C. A formação do enfermeiro para o ensino de nível médio em Enfermagem: uma questão de competências. Rio de Janeiro: UFRJ/EEAN, 2005. Dissertação (mestrado). Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005. Orientadora: Ligia de Oliveira Viana.        [ Links ]

33. YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.        [ Links ]

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons