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Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.11 no.27 Murcia jul. 2012

https://dx.doi.org/10.4321/S1695-61412012000300019 

REVISIONES

 

O enfermeiro assistencial e educador em uma unidade de transplante renal: uma questão desafiadora

El enfermero asistencial y educador en una unidad de trasplante renal: un desafío

 

 

de Oliveira Furtado, A.M.*; de Souza, S.R. de O e S.**; Lopes de Oliveira, B.*; Novaes Garcia, C.*

*Enfermeira. Especialista em Nefrologia. E-mail: dri.oliveira.1177@hotmail.com
**Mestre em Enfermagem. Chefe da unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pedro Ernesto. Rio de Janeiro. Brasil

 

 


RESUMO

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de revisão bibliográfica, de caráter exploratório relacionada ao papel assistencial e educador do enfermeiro no translante renal.
O estudo objetiva realizar um levantamento bibliográfico acerca do assunto; discutir a importância das orientações dos enfermeiros durante o pré e pós-operatório de transplante renal e fazer o levantamento dos principais orientações de enfermagem em uma unidade de transplante renal encontrados nas literaturas consultadas.
Há uma preocupação bem significativa por parte da enfermagem em manter o cuidado ao transplantado renal dentro e fora do âmbito hospitalar. As orientações abordam desde assuntos mais simples aos mais complexos, sendo-as de suma importância durante o período do pré e pós-transplante na tentativa de se obter sucesso das ações.

Palavras chave: Enfermeiro. Assistencial. Educador. Transplante renal.


RESUMEN

Este es un estudio descriptivo, retrospectivo, de revisión bibliográfica, de carácter exploratorio relacionado con el papel asistencial y educador del enfermero en el trasplante renal.
El estudio pretende hacer un levantamiento bibliográfico sobre el tema; discutir la importancia de las orientaciones del personal de enfermería durante el pre y pos-operatorio del trasplante renal y hacer el levantamiento de las principales orientaciones de enfermería en una unidad de trasplante renal en la literatura consultada.
Hay una preocupación muy importante por parte de la enfermería para mantener el cuidado al trasplantado renal dentro y fuera del hospital. Las directrices abordan desde las cuestiones más simples a las más complejas, lo que es extremadamente importante durante el pre y postrasplante en un intento por lograr el éxito de las acciones.

Palabras clave: Enfermero. Asistencial. Educador. Trasplante renal.


ABSTRACT

This is a descriptive retrospective study, literature review, exploratory and related to the welfare assistance and educational role of the nurse in renal transplantation.
The study intends to do a survey on the subject, to discuss the importance of the orientations of the nursery personnel during the preoperative and postoperative renal transplantation period and to survey the main orientations of nursing in a renal transplant unit found in the consulted literature.
There is a very significant concern on the part of nursing to keep the well care of the transplanted kidney patients within and outside the hospital. The guidelines tackle from the most complex to the easiest issues, which is extremely important during the pre and post-transplant period in an attempt to achieve success of the actions.

Key words: Nurse. Medical. Educator. Renal Transplantation.


 

Introdução

A doença renal crônica (IRC) tem sido classificada como um problema de saúde pública mundial, já que o aumento de sua incidência e prevalência é detectado tanto na fase pré-dialítica quanto na dialítica.

A mortalidade e a morbidade das doenças renais não são lembradas como problemas relevantes de saúde pública, já que, comparadas a outras doenças, as nefropatias são menos incidentes.

O crescimento da incidência da insuficiência renal crônica é multifatorial e está relacionada com o aumento da idade da população e a maior prevalência de diabetes mellitus. A população em diálise no Brasil tem aumentado progressivamente nos últimos anos.

Para o tratamento da insuficiência renal aguda ou crônica temos as modalidades de terapia substitutiva como: a hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal, que influenciam diretamente a sobrevida do paciente1.

A hemodiálise é um tratamento que geralmente permite prolongar indefinidamente a vida deum portador de doença renal crônica, porém, não cessa a evolução natural da doença, e em   longo prazo, produz resultados imprevisíveis e inconstantes2,3.

A diálise peritoneal é uma terapia mais simples, evita as complicações relacionadas ao cateter e permite uma maior autonomia e independência ao paciente possibilitando inclusiveo seu uso em domicílio4.

O transplante renal é o tratamento de escolha para os pacientes com insuficiência renal crônica, desde que tenham condições de submeter-se a cirurgia do transplante e não tenham contra-indicações para o uso das medicações imunos supressoras. Essa modalidade de terapia substitutiva proporciona melhor qualidade de vida ao paciente, quando bem orientado, uma vez que este oferece melhor reabilitação socioeconômica com menor custo social.

Apesar de vivenciarmos um momento de grandes avanços na medicina, as orientações são consideradas como uma ferramenta fundamental para bons resultados dos procedimentos e melhora na qualidade de vida dos que se encontram sob nossos cuidados. Quando há algum tipo de prejuízo das informações, este poderá comprometer significativamente aproposta inicial, resultando em sérios danos ao paciente.

A função do enfermeiro em uma unidade de transplante renal fundamentalmente cabe promover maior adesão ao tratamento por parte do receptor, além da orientação educacional de enfermagem e o acompanhamento de complicações, especialmente rejeições e infecções. Dessa forma é necessário que o profissional esteja devidamente informado eciente das técnicas e rotinas adequadas para o tratamento, visando perfeitor estabelecimento do cliente submetido a um transplante renal1. Com base nesses dados este estudo objetiva realizar um levantamento bibliográfico acerca do assunto; discutir a importância das orientações dos enfermeiros durante o pré e pós operatório de transplante renal e fazer o levantamento dos principais orientações de enfermagem em uma unidade de transplante renal encontrados nas literaturas consultadas.

 

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de revisão bibliográfica, de caráter exploratório da produção científica nacional na área de enfermagem, relacionada ao papel assistencial e educador do enfermeiro no transplante renal. Foi investigada através de pesquisa bibliográfica nas bases de dados Lilacs e Scielo da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O período de coleta e análise dos dados deu-se entre os meses de janeiro a julho de2008. Para coleta de dados foram utilizadas as palavras chaves: enfermeiro assistencial, educador e transplante renal. Foram estabelecidos como critério de inclusão na amostra: artigos científicos nacionais que abordas sem os objetivos propostos. Para classificação dos textos quanto à temática apresentada, as fontes foram submetidas à técnica de análise de conteúdo realizada através da leitura crítica e posterior agrupamento dos achados.

 

Resultados

Conforme as literaturas consultadas, há uma preocupação bem significativa por parte da enfermagem em manter o cuidado ao transplantado renal dentro e fora do âmbito hospitalar, que: O auto-cuidado dos pacientes envolve também a família através da certificação que todos compreenderam a necessidade da terapia imunossupressora, além disso, a família e opaciente são instruídos para avaliar sinais de rejeição, infecção ou efeitos colaterais significativos dos agentes imunos supressores e o cuidado continuado que é oa companhamento após transplante pelo resto da vida, sendo essas instruções de formaindividual5.

Em outros achados a doação de órgãos sofre constantes transformações. Em um dado momento é bem aceito pela população, em outro, apresentam muita resistência na aceitação e até mesmo na finalização do ato, o que pode comprometer inúmeras vidas. A realidade do transplante renal não é diferente, necessitando de incansáveis propagandas para estimular/sensibilizar a população neste gesto nobre.

O transplante renal é visto como uma alternativa de grande importância na vida dos pacientes renais crônicos6. O transplante renal pode ser entendido errôneamente como uma forma curativa/definitiva da doença renal crônica pelos pacientes que desejam ou foram submetidos ao transplante renal, podendo levá-lo a negligenciar condutas que são imprenssidíveis aos bons resultados do procedimento, trazendo sérios comprometimento sao enxerto.

As orientações feitas primariamente ao transplante renal são de suma importância, visto que é uma forma de preparar o paciente para o transplante e suas intercorrências, assim como os eventos indesejáveis que poderão ocorrer na trajetória do transplante até sua estabilização, além da adesão às drogas durante toda vida útil do enxerto e os efeito sindesejáveis que a mesma traz. Quando há um preparo adequado desse paciente, posso aumentar as chances de oferecer uma vida de qualidade dentro da realidade do  transplantado, além de fornecer subsídios para que o mesmo se comprometa consigo e possa lidar de foram eficaz aos eventos indesejáveis, que muitas vezes são inevitáveis.

Entretanto, podemos constatar através da pesquisa que ainda há uma pequena deficiência nos assuntos relacionados com as orientações durante o pré e pós transplante, o qual se faz necessário para obter um preparo adequado do paciente que irá receber o órgão e conseguir bons resultados do procedimento, o que é uma garantia de reintroduzir este indivíduo de volta "a sua vida", lembrando que o mesmo faz parte ativamente do sucesso do transplante.

Considerando o procedimento de transplante renal (intra e pós-operatório) e o que perfil desses pacientes; além de alguns apresentarem comprometimentos de um ou mais órgãos ou sistemas, a vigilância contínua é fundamental e se constitui a essência do nosso trabalho. Tais pacientes a presentam parâmetros clínicos instáveis, exigindo decisões imediatas e um baixo índice de erros diagnósticos e terapêuticos eficazes e os cuidados de enfermagem se iniciam precocemente e os cuidados se iniciam quando o paciente é removido da cirurgia, evisa satisfazer suas necessidades psicobiológicas e físicas7.

O sucesso do transplante está diretamente correlacionado com um maior sobrevida desses pacientes, além do aumento da qualidade de vida que um transplante renal bem sucedido pode proporcionar. As literaturas implicam bem a responsabilidade da equipe multiprofissional sobre os bons resultados desta terapia, porém é válido lembrar que o paciente é um sujeito ativo neste processo e que os resultados satisfatórios também dependem dele.

Sabemos que são inúmeras complicações advindas de se ter um órgão transplantado e queos aspectos psicobiológicos são envolvidos nesse processo. A parceria com os demais profissionais da nefrologia para que se enfrente um novo desafio que é o cuidar do ser deforma integral e interdisciplinar, permitindo que os grandes avanços científicos que jáo  correram na nefrologia, como resultados de grande competência científica dos nefrologistas brasileiros, possam retratar, também, a preocupação com a dignidade humana8.

Dentro deste contexto conclui-se que o enfermeiro desempenha as seguintesorientações9,4,10:

- Orienta, auxilia o paciente na adesão do tratamento/ acompanhamento;

- Encontra a melhor forma de passar as orientações, somando junto ao paciente para que se possa vencer os problemas decorrentes e "esperados" de um transplante renal ou quando forem inevitáveis;

- Busca a melhor maneira de lidar com os problemas que poderão ser inevitáveis como as infecções, os efeitos colaterais decorrentes dos agentes imunossupressores ou da rejeição -um dos maiores desafios para a medicina;

- Exerce o papel assistencial e educador contribuindo de forma significativa para o sucesso do transplante, acompanhando o paciente do início da evolução de sua doença até uma melhor qualidade de vida através do procedimento;

- Percebe as possíveis deficiências encontradas, estando bem próximo ao paciente, agindo estrategicamente.

 

Conclusão

Pode-se concluir que o transplante renal é considerado uma das terapias de substituição renal e não como uma forma curativa e definitiva da doença. Para que o seu "sucesso" aconteça é necessário que a equipe multidisciplinar participe em conjunto com o paciente, tanto no pré quanto no pós-operatório. Isso porque envolve vários fatores biológicos epsicos sociais do ser humano, visto que cada um é um ser singular, mas que o papel do enfermeiro se torna valioso quando este como eterno educador coloca na vivência destes pacientes a educação/orientação, que faz com excelência.

O eterno cuidar do enfermeiro reflete numa assistência diferenciada somando junto o paciente como nosso eterno processo no cuidar, prezando pela melhora no seu estado e manutenção da vida.

 

Referências

1. Lima EX; Santos, I. Rotinas de Enfermagem em Nefrologia. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Nefrologia. 2004.         [ Links ]

2. Menezes CL; Maia ER; Júnior JFL. O Impacto da Hemodiálise na Vida dos Portadores de Insuficiência Renal Crônica: uma análise a partir das necessidades humanas básicas. Artigo publicado na Nursing. 115a ed. p.570 à 576, 2007.         [ Links ]

3. Riella MC. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.         [ Links ]

4. Knobel E. Condutas no Paciente Grave. 2a ed. São Paulo: Atheneu, 1998.         [ Links ]

5. Smeltzer SC.; Bare BG.; Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.         [ Links ]

6. Cintra EA; Nishide VM. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. São Paulo: Atheneu, 2000.         [ Links ]

7. Roque KE; Melo ECP; Tonini T. Pós-operatório renal: avaliando o cuidado e o registro de enfermagem. Artigo publicado no LILACS,11(3):409-416,set.2007.         [ Links ]

8. Barros, M e cols. Nefrologia: rotinas, diagnósticos e tratamento. 2a ed. Rio de Janeiro: Artmed, 2000.         [ Links ]

9. Hudak CM.; Gallo BM. Cuidados Intensivos de Enfermagem-uma abordagem holística. 6aed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.         [ Links ]

10. Luvisotto MM; Carvalho RGLE. Transplante renal: diagnósticos e intervenções de enfermagem de pacientes no pós-operatório imediato. Artigo publicado na LILACS,5(2):117-122,2007.         [ Links ]

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