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Enfermería Global

versão On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.20 no.63 Murcia Jul. 2021  Epub 02-Ago-2021

https://dx.doi.org/10.6018/eglobal.461101 

Revisões

Desfechos e características clinicas de pessoas com obesidade e covid-19: revisão integrativa

Francisco João de Carvalho Neto1  , Brenda Moreira Loiola2  , Vitória Eduarda Silva Rodrigues3  , Laelson Rochelle Milanês Sousa4  , Ana Luiza Negreiros4 

1 Enfermero. Alumno de Maestría en Enfermería por la Universidad Federal de Piauí ; Miembro del Grupo de Investigación en Salud Colectiva - UFPI/CNPq (Picos, PI, Brasil). franciscojoaodecarvalhoneto@gmail.com

2 Enfermera de la Universidad Federal de Piauí ; Miembro del Grupo de Investigación en Salud Colectiva - UFPI/CNPq (Picos, PI, Brasil).

3 Enfermera. Residente en alta complejidad por la Universidad Federal de Piauí ; Miembro del Grupo de Investigación en Salud Colectiva - UFPI/CNPq (Picos, PI, Brasil).

4 Enfermera/o. Maestro. Profesor/a del Departamento de Enfermería de la UFPI (Picos, PI) Brasil.

RESUMO:

Objetivo:

Identificar os desfechos e características clínicas de pessoas com obesidade e covid-19 na literatura científica nacional e internacional.

Método

Revisão Integrativa, na qual visou responder à questão norteadora: “Quais as características clínicas apresentadas por pessoas com obesidade com diagnóstico confirmado de COVID-19, e sua repercussão para a saúde?” indexadas na base de dados Medical Literature and Retrivial System on Line e Biblioteca Virtual de Saúde no mês de novembro de 2020.

Resultados

Dos 13 artigos analisados na íntegra, todos foram publicados em periódicos internacionais, no ano de 2020, em relação aos desfechos clínicos evidenciou-se alta taxa de mortalidade nos pacientes admitidos com covid-19 que tinham obesidade em comparação com aqueles sem obesidade, maior tempo de permanência hospitalar, necessidade de oxigenoterapia, aumento da gravidade da doença do Covid-19, fator de risco para as taxas de morbidade em pessoas mais jovens, podendo predispor a risco de doenças mais graves e influenciar na progressão e o prognóstico da doença. A respeito das características clínicas, demostraram que a ferritina tendeu a permanecer mais elevada no grupo de pessoas obesas, sendo mais propensos a apresentar febre, tosse e falta de ar.

Conclusão

A obesidade em pessoas com covid-19 potencializa as características clinicas como tosse, fadiga, febre e cansaço. Ademais, tem como desfechos clínicos o potencial risco de complicações, altas taxas de mortalidade, maior propensão a serem intubados, maior tempo de oxigenoterapia. Assim, mais atenção deve ser dispensada a esses pacientes por parte das equipes de saúde.

Palavras-chave: Obesidade; Covid-19; Características clínicas

INTRODUÇÃO

A doença causada pelo novo coronavírus (síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2, SARS-CoV-2), RNA vírus envelopados, comumente encontrados em humanos, está demonstrando amplo espectro de gravidade e letalidade, inclusive em pacientes sem sintomas aparentes. Esses e outros fatores contribuíram para a sua rápida disseminação no mundo e a sua conFiguração em pandemia 1.

O impacto do caos que essa pandemia tem apresentado pode ser demonstrado representativamente pelo número de pessoas infectadas e pelo número de mortes já registrado. Considerando os registros oficiais até o momento (11/11/2020), que foram confirmados no mundo 51.251.715 casos de COVID-19 e 1.270.930 mortes. E na Região das Américas, 14.387.350 pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus se recuperaram, no Brasil o total de 5.224.362 casos confirmados de coronavirus 2.

O espectro da doença é amplo e inclui quadros leves e autolimitados até pneumonia atípica grave e progressiva, falência de múltiplos órgãos e morte. As pessoas que possuem caracteristicas propensas para desenvolver formas mais graves da doença e com maior risco de morte são: idosos, diabéticos ou portadores de doenças cardiovasculares, respiratórias ou renais 3.

Outra população em risco aumentado de desenvolver formas mais graves da doença são as pessoas com obesidade. Tal morbidade pode ser definida, de forma simplificada, como doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, sendo consequência do balanço energético positivo e que acarreta repercussões à saúde, com perda importante na qualidade e no tempo de vida 4.

As pessoas que possuem essa doença podem desenvolver formas graves da COVID-19, podendo apresentar diminuição da função pulmonar, modificações na microbiota, aumento de substâncias pró-inflamatórias e alterações na resposta imune 5, se constituindo, ainda, um forte fator de risco para hospitalização 6.

Os efeitos desfavoráveis ​​da obesidade no curso das infecções virais foram atribuídos ao desarranjo metabólico e à inflamação crônica dos depósitos de tecido adiposo, levando à ativação de macrófagos embotados e às respostas dos linfócitos T e B prejudicadas 7.

Frente ao exposto, justifica-se a realização desse estudo pela necessidade de se ter uma abordagem mais aprofundada em relação às caracteristicas e desfechos clínicos em pessoas com covid-19 e obesidade, permitindo uma atenção peculiar para esse público, tanto por parte dos profissionais de saúde quanto das politicas públicas de saúde. Considerando que os pacientes com obesidade têm um forte fator preditor para o agravamento das condições clínicas da covid-19, e também pela escassez na literatura nacional acerca da temática, o presente estudo objetivou identificar os desfechos e características clinicas de pessoas com obesidade e covid-19 na literatura científica nacional e internacional.

MÉTODO

Trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura, método que tem como etapas:

1) elaboração da pergunta da revisão; 2) busca e seleção dos estudos primários; 3) extração de dados dos estudos; 4) avaliação crítica dos estudos primários incluídos na revisão; 5) síntese dos resultados da revisão e 6) apresentação do método 8.

A questão de pesquisa foi formulada de acordo com acrônimo PICo (P - População;

I - fenômeno de Interesse; Co - Contexto 9 e considerou-se a seguinte estrutura: P - pessoas com obesidade; I - características clínicas; Co - em tempos de COVID-19. Dessa forma, elaborou-se a seguinte questão: “Quais as características clínicas apresentadas por pessoas com obesidade com diagnóstico confirmado de COVID-19 e sua repercussão para a saúde?”

A estratégia de identificação e seleção dos estudos foi a busca de publicações indexadas na base de dados Medical Literature and Retrivial System on Line (MEDLINE/PubMed®), e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) no mês de novembro de 2020, com os descritores em ciências da saúde (DeCS): obesity, covid-19 e clinical characteristics, usando entre eles o operador booleano and. Foram adotados os seguintes critérios para seleção dos artigos: artigos originais na íntegra, disponíveis online nas bases de dados selecionadas e publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, com recorte temporal de 2019 a 2020. Foram excluídos artigos de revisão, teses, dissertações, materiais não científicos ou artigos que não tivessem relação com a temática e aqueles que estivessem duplicados nas bases de dados.

Do material obtido, na BVS foram 121 artigos, após a exclusão dos repetidos ficaram 90 artigos, na MEDLINE foram 112 artigos, sendo um repetido, procedeu-se à leitura de cada resumo/artigo, destacando aqueles que responderam ao objetivo proposto por este estudo, a fim de organizar e tabular os dados. Para a organização e tabulação dos dados, os pesquisadores elaboraram instrumento de coleta de dados contendo: nomes dos autores, ano de publicação, país do estudo, categoria do estudo, população do estudo, resultados e conclusão do estudo. Seguindo os critérios de inclusão, estudos foram selecionados para avaliação na integra, sendo escolhidos 13 para a caracterização.

Figura 1:  Fluxograma da seleção dos estudos segundo o PRISMA. Picos, Piauí, Brasil, 2020 

RESULTADOS

Dos 13 artigos analisados na íntegra, todos foram publicados em periódicos internacionais, em que a maioria foi realizada nos Estados Unidos (n=5), seguido da China (n=4), todos no ano de 2020. Quanto ao método adotado na condução das pesquisas, predominou as coortes retrospectivos.

As publicações contemplaram os desfechos e características clinicas da COVID-19 em pacientes com obesidade, na sua maioria, o contexto do serviço de saúde que as pesquisas foram desenvolvidas, os hospitais predominaram, com amostras que variaram de 65 a 383 participantes.

Quadro 1:  Sumarização das características descritivas dos artigos incluídos (n= 13). Picos, PI, Brasil, 2020. 

DISCUSSÃO

Referente à origem das pesquisas, nota-se que todas foram feitas em outros países. O fato de a maioria dos estudos terem sido publicados nos EUA remete à situação clínica da população, uma vez que vivem em uma epidemia de obesidade. Seguido da China, local em que surgiu o coronavírus, no ano de 2019.

Em relação aos objetivos dos estudos, 4 artigos investigam as características clínicas de pessoas com covid-19 e obesidade, 3 os fatores de risco de pessoas com covid-19 e obesidade e os demais a gravidade de pessoas com covid-19 e obesidade. Sobre o tipo de estudo, 8 artigos foram de coorte retrospectivo.

Estudos recentes demonstraram uma forte associação de piores desfechos clínicos na doença COVID-19 com obesidade, mesmo na ausência de qualquer outra comorbidade. Estudo unicêntrico francês, constatou que a obesidade estava presentes em 47,6% e 28,2% dos casos graves, respectivamente, enquanto a necessidade de ventilação mecânica intervencionista (VMI) aumentou com as categorias de IMC, independentemente da idade, diabetes e hipertensão 10.

A obesidade influencia os resultados clínicos durante a SRAG, sendo proposta como uma causa de mortalidade e resultados clínicos adversos para casos graves de influenza devido a fatores mecânicos e imunológicos. Em casos de COVID-19, a obesidade foi consistentemente associada a resultados adversos 11, sendo a comorbidade que conferiu um risco aumentado de morte exclusivamente para COVID-19 em comparação com não COVID-19 12.

Além dos efeitos deletérios sobre a imunidade do hospedeiro, no contexto da doença pelo novo coronavírus, a obesidade tem demonstrado afetar a função pulmonar de várias maneiras, relacionadas ao aspecto mecânico e inflamatório, aumento da expressão de ACE2 (angiotensin-converting enzyme 2), aumento da diversidade e dos títulos virais e eliminação prolongada de vírus 13, redução do volume expiratório e a da capacidade vital forçada 5. Dessa forma, torna a pessoa com obesidade mais suscetível a apresentar sintomas respiratórios e promover a progressão para insuficiência respiratória 14.

Tal morbidade induz sistematicamente a inflamação crônica ao aumentar a secreção de citocinas, como interleucina 6 (IL6), interleucina 8 (IL8) e fator de necrose tumoral α, que pode agravar a lesão do parênquima pulmonar e brônquios 15. Essa inflamação na obesidade pode piorar a resposta inflamatória aguda desencadeada por uma infecção por SARS-CoV-2, que pode estar associada a uma síndrome de liberação de citocinas 16.

Com relação aos desfechos clínicos evidenciados, um estudo demostrou uma alta taxa de mortalidade nos pacientes admitidos com covid-19 que tinham obesidade em comparação àqueles sem obesidade e maior tempo de permanência hospitalar 17. Outro estudo revelou uma maior taxa de admissão na UTI em pessoas obesas em comparação com aqueles sem obesidade 18. Outro dado encontrado foi maior tempo de oxigenoterapia, aumento da gravidade da covid-19 nas pessoas com obesidade12.

Estudo feito com pessoas jovens, trouxe que a obesidade é um fator de risco para as taxas de morbidade em pessoas mais jovens, podendo predispor a risco de doenças mais graves e influenciar na progressão e o prognóstico da COVID-19 19.

A respeito das características clínicas mencionadas nos estudos dessa pesquisa, demostraram que a ferritina tendeu a permanecer mais elevada no grupo de pessoas obesas. Esses pacientes foram mais propensos a apresentar febre, tosse e falta de ar, nível de albumina sérica baixo, altos níveis de bilirrubina direta, lipoproteína e proteína C reativa (PCR). Além disso, a contagem de neutrófilos também foi maior e demonstraram alteração patológica mais grave no pulmão e linfócitos sanguíneos superiores, triglicerídeos, IL-6, PCR, cistatina C, alanina aminotransferase, taxa de sedimentação de eritrócitos 20.

As características citadas acima acontecem pelo estado de inflamação crônica de baixo grau que caracteriza a obesidade e resulta em distúrbios metabólicos e imunológicos. À medida que a fisiopatologia da infecção por SARS-CoV-2 está sendo esclarecida, as ligações entre a gravidade da apresentação clínica e o fundo dismetabólico são reveladas. Os adipócitos hipertróficos disfuncionais na obesidade produzem uma quantidade excessiva de citocinas, como IL-6, IL-8, proteína quimioatrativa de monócitos-1, leptina e inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI -1), entre outros, o que leva ao aumento do recrutamento de macrófagos, especialmente macrófagos M1 polarizados 20.

Essas células, por sua vez, produzem grandes quantidades de moléculas pró-inflamatórias como IL-1, IL-6, IL-8, TNF e MCP-1, um efeito que é potencializado também pela ação do aumento da circulação níveis de ácidos graxos livres. O efeito cumulativo dessas ações é um estado de inflamação crônica e hipercitocinemia, que leva à imunidade inata defeituosa e cria uma base propícia para a resposta hiperinflamatória mediada por síndrome de ativação macrofágica em casos graves de COVID-19 21.

Diante dos artigos selecionados para revisão, torna-se evidente que a obesidade junto com a covid-19 dificulta é um potencial fator de risco para piora de prognósticos, evolução de cura do paciente e até mesmo a morte. Assim, necessita de tratamento com os cuidados especializados para tal público.

CONCLUSÃO

Constatou-se que a obesidade em pessoas com covid-19 é um importante fator preditor de gravidade, potencializa as características clinicas como tosse, fadiga, febre e cansaço. Ademais, tem como desfechos clínicos o potencial risco de complicações, altas taxas de mortalidade, maior necessidade de admissão na UTI, maior propensão a serem intubados e maior tempo de oxigenoterapia. Assim, mais atenção deve ser dispensada a esses pacientes por parte das equipes de saúde, desde a admissão à alta.

Como recomendação, é imprescindível conscientizar a população em geral a respeito da gravidade da covid-19 nas pessoas com obesidade, para que as medidas preventivas sejam potencializadas e a contaminação entre esse público seja reduzida ao máximo possível. Dada a importância do assunto, é necessária a realização de mais estudos, principalmente nacionais, uma vez que não foi identificado nenhum na pesquisa, com o objetivo de investigar as características e desfechos clínicos de pessoas com obesidade e covid-19 para um melhor conhecimento de qual intervenção é mais segura e mais efetiva diante dessa situação.

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Recebido: 25 de Dezembro de 2020; Aceito: 09 de Abril de 2021

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