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Enfermería Global

versão On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.21 no.67 Murcia Jul. 2022  Epub 19-Set-2022

https://dx.doi.org/10.6018/eglobal.505321 

Originais

Notificação de incidentes relacionados à assistência à saúde em crianças hospitalizadas

Jamile Moreira Machado-de Souza1  , Rosana Santos-Mota1  , Andreia Santos-Mendes1  , Valdenir Almeida-da Silva1  , Renata Pereira Alves-Araújo1  , Bruno Pereira-Gomes1 

1Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia. Salvador, Bahia, Brasil

RESUMO:

Objetivo:

Analisar a ocorrência de incidentes relacionados à assistência à saúde em crianças hospitalizadas.

Material e método:

Pesquisa exploratória, descritiva e quantitativa realizada a partir de um banco de dados de notificações de incidentes e eventos adversos envolvendo crianças realizadas entre 2016 e 2018, de um hospital de ensino pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS), localizado em Salvador - Bahia. Os dados foram analisados no programa STATA versão 12.

Resultados:

No período do estudo foram notificados 126 incidentes. A maioria das crianças que sofreram incidentes se encontrava na faixa etária dos 0 aos 3 anos (57,14%); eram do sexo masculino (58,73%); e pertenciam à raça negra (87,92%). Os incidentes ocorreram majoritariamente no turno da manhã, (29,37%), sendo as notificações identificadas em 71,46% dos casos e foram realizadas principalmente por enfermeiros, (88,10%). Os incidentes mais notificados foram as quedas (29,37%); os cirúrgicos (23,02%); as flebites (9,52%); e as lesões de pele (8,73%). Houve dano aos pacientes em 39,68% dos casos, sendo este predominantemente de grau leve (80%).

Conclusões:

Os achados indicam a necessidade de criar métodos de avaliação dos fatores de risco que favorecem a ocorrência de incidentes como as quedas e demais situações que comprometem a segurança de crianças hospitalizadas, uma vez que esses pacientes apresentam peculiaridades que precisam ser consideradas no cuidado à saúde.

Palavras-chave: Eventos adversos; Segurança do paciente; Criança hospitalizada; Equipe de enfermagem; Hospital de ensino

INTRODUÇÃO

Os incidentes relacionados à assistência à saúde, especialmente os eventos adversos, por causarem danos à saúde dos pacientes, são indicadores de suma importância na avaliação da qualidade e segurança da assistência em unidades hospitalares. Tais incidentes geralmente resultam de procedimentos e cuidados inseguros e de problemas relacionados ao planejamento, colaboração, execução, avaliação e monitoramento das intervenções1. Os dados provenientes das notificações de incidentes relacionados à assistência à saúde podem fornecer informações essenciais para se planejar um sistema de saúde mais seguro2.

São muitos os casos de pacientes vítimas de erros e eventos adversos os quais poderiam ter sido evitados. No Brasil, 60% dos incidentes ocorridos são considerados evitáveis, porém foi evidenciado que esses incidentes, principalmente os eventos adversos, tem contribuído para o aumentos dos índices de morbimortalidadede nas instituições de Saúde3.

No que tange a assistência pediátrica, os incidentes são mais fazíveis de ocorrência e mais susceptíveis a evoluírem a desfechos mais graves, quando comparados aos adultos, o que é justificado pelas particularidedes inerentes ao desenvolvimento, anatomia e fisiologia dessa faixa etária4. Autores relatam que os incidentes em unidades de internação pediátrica estão associados a medicações, alergia, quedas, acesso venoso, falhas na identificação do paciente e fatores administrativos, o que demonstra que essa assistência apresenta situações de risco de segurança5. Assim, é importante destacar que os protocolos de segurança, nos casos relativos à hospitalização pediátrica são ainda mais importantes, pois a ocorrência de incidentes são mais complexas, possuindo um maior potencial para desfechos graves, o que podem impactar na morbimortalidade intrahospitalar e nos gastos públicos6.

Neste contexto, a incorporação de boas práticas no cuidado e o desenvolvimento de uma cultura de segurança faz-se necessário, visto que favorece a efetividade da assistência e o seu gerenciamento de modo seguro, contribuindo para indentificação eficaz de riscos7. Por sua vez, a identificação de risco pelo uso de ferramentas utilizadas em análise de incidentes é de extrema importância para melhoria da qualidade e segurança do paciente, uma vez que subsidiam a elaboração de planos de ação para prevenção e contenção dos danos8.

Diante exposto, torna-se evidente a relevância de pesquisas sobre a temática para melhorias na qualidade e segurança da assistência ao paciente pediátrico. Ademais, o presente estudo poderá contribuir com a produção científica, uma vez que há poucas publicações que investiguem a identificação de incidentes relacionados à assistência à saúde em pediatria. Desse modo, o objetivo desse estudo consiste em analisar a ocorrência de incidentes relacionados a assistência à saúde em crianças hospitalizadas.

MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, quantitativa, realizada em um hospital de ensino (HE) de grande porte, pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS), localizado em Salvador - Bahia, Brasil. O HE compõe a Rede de Hospitais Sentinela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), atunado assim, como observatório ativo do desempenho e segurança de produtos usados na saúde, incentivando a cultura da notificação de incidentes e contribuindo para o aprimoramento do gerenciamento de riscos nos serviços de saúde9.

A coleta dos dados ocorreu entre os meses de agosto de 2019 e março de 2020 por uma bolsista de iniciação cientifica, bem como por profissionais de enfermagem da instituição, devidamente treinados pelos pesquisadores responsáveis pelo projeto. Foram coletados os dados dos incidentes relacionados à assistência à saúde de crianças hospitalizadas, referentes aos anos de 2016, 2017 e 2018, provenientes do aplicativo de Vigilância Hospitalar VIGIHOSP. Esse aplicativo é um sistema utilizado pela rede de hospitais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), com a finalidade de receber notificações de todos os tipos de incidentes e queixas técnicas, podendo ser utilizado por todos os profissionais que trabalham na organização. Excluiu-se do estudo as notificações com dados incompletos que inviabilizaram a identificação do caso e as notificações duplicadas.

Os dados foram inicialmente submetidos à análise exploratória por meio da inspeção do banco de dados para detecção de inconsistências e garantia da qualidade da análise. Em seguida, foi aplicada a análise descritiva no programa estatístico STATA versão 12 e os dados obtidos forão apresentados em números absolutos e relativos, por meio de gráficos e Tabelas.

Para a classificação do dano decorrente do evento adverso, utilizou-se o critério da Organização Mundial da Saúde10 que os classifica em: nenhum - sem consequência para o paciente; leve - o paciente apresentou sintomas leves, de curta duração, sem intervenção ou com uma intervenção mínima; moderado - o paciente necessitou de prolongamento da internação, perda de função ou danos permanentes; grave - necessária intervenção para salvar a vida, grande intervenção médico-cirúrgica ou causou grandes danos permanentes ou em longo prazo; e morte.

O estudo ocorreu em conformidade com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de saúde, sendo o projeto aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa, mediante CAAE número 09076619.2.0000.0049.

RESULTADOS

Conforme apresentado noQuadro 1, entre os anos 2016 e 2018 foram notificados 126 incidentes pediátricos no aplicativo VIGIHOSP da instituiçãolocus do estudo. Destes, 29 (23,01%) foram registrados em 2016, com maior percentual nos meses de abril (17,24%) e outubro (17,24%); 40 (31,75%) foram registrados em 2017, com maior percentual no mês de agosto (22,50%) e 57 (45, 24%) no ano de 2018, com destaque para o mês de abril (15,79%).

Quadro 1.  Ocorrência de incidentes relacionados a assistência à saúde em crianças hospitalizadas notificados no VIGHOSP. Salvador, Bahia, Brasil, 2020 

A maioria das crianças que sofreram incidentes se encontrava na faixa etária dos 0 aos 3 anos de idade, 57,14% (n=72); eram do sexo masculino, 58,73% (n= 74); da raça negra, 87,92% (n=107); não frequentava nenhuma instituição escolar, 61,11 (n=77) e procedia de municípios do interior da Bahia, 54,76% (n=69). (Tabela 1)

Tabela 1.  Perfil sociodemográfico de crianças hospitalizadas com incidente notificado no VIGHOSP. Salvador, Bahia, Brasil, 2020 

Os incidentes pediátricos notificados, conforme consta naTabela 2, ocorreram majoritariamente durante a internação do paciente na instituição, 94,44% (n=119); e no turno da manhã, 29,37% (n=37). A maioria das notificações se deu de forma identificada, 71,46% (n=90), sendo relizadas, principalmente pelo profissional enfermeiro, 88,10% (n=111).

Tabela 2.  Caracterização da notificação de incidentes em crianças hospitalizadas registrados no VIGHOSP. Salvador, Bahia, Brasil, 2020 

Os incidentes com maiores frequências de notificações, presentes naTabela 3, foram: as quedas, 29,37% (n=37); os cirúrgicos, 23,02% (n=29); as flebites, 9,52% (n=12); as lesões de pele, 8,73% (n=11); problemas relacionados aos artigos médicos-hospitalres, 7,14% (n=9); e falhas no processo de identificação das crianças, 6,35% (n=7).

Tabela 3.  Caracterização dos incidentes em crianças hospitalizadas notificados no VIGHOSP. Salvador, Bahia, Brasil, 2020 

No tocante ao dano, 39,68% (n=50) dos incidentes culminaram com danos à saúde das crianças; 43,65% (n=55) não evoluíram com dano e 16,67% (n=21) não tinham registro. Quanto ao grau do dano decorrente do evento adverso, a maioria repercutiu com danos leves, 88% (n= 44); 10,00% (n=5) com dano moderado e 2% (n=1) não tinha registro do grau do dano (Tabela 4).

Tabela 4.  Caracterização da notificação de incidentes em crianças hospitalizadas registrados no VIGHOSP. Salvador, Bahia, Brasil, 2020 

DISCUSSÃO

No período estudado, foram notificados 126 incidentes em pacientes pediátricos, com maior ocorrência entre as crianças na faixa etária de 0 a 3 anos. Isso pode ser um indicativo da maior dependência das crianças nessa faixa etária para a realização de atividades que fazem parte da rotina dos cuidados, exigindo que o profissional de saúde realize intervenções mais frequentes. Assim, a maior maior necessidade de intervenções pode levar à ocorrência de quedas, infecções causadas por falta de higiene das mãos, entre outras situações diretamente associada à ocorrência de incidentes que comprometem a segurança da criança hospitalizada11.

O maior número de incidentes ocorreram entre crianças do sexo masculino, sobretudo os negros, o que pode estar associado ao perfil das crianças assistidas na unidade hospitalar na qual foi realizada a pesquisa. Considera-se que essa não seja uma característica específica para a análise da ocorrência de incidentes associados à hospitalização pediátrica, uma vez que entre os atendimentos realizados nas unidades públicas de saúde, há uma predominância de crianças negras12.

A maioria das crianças são prevenientes de municípios do interior do estado. Esse dado provavelmente justifica-se por se tratar de uma unidade hospitalar e ambulatorial pública de grande porte, referência no tratamentos de várias doenças pediátricas no estado da Bahia e por estar integrada à rede estadual de regulação dos leitos do SUS.

Os incidentes em pacientes pediátricos notificados ocorreram em sua maioria no turno da manhã, o que pode estar associado ao maior número de procedimentos e consequente, sobrecarga de trabalho da equipe, quando comparado ao período noturno. Estudo internacional aponta uma relação direta entre sobrecarga de trabalho da enfermagem e o aumento de incidentes em unidades hospitalares. De acordo com a pesquisa referenciada, cargas de trabalho acima do nível considerado adequado podem elevar entre 8% e 34% a ocorrência de incidentes e incrementar em 40% as chances de um paciente evoluir a óbito13. A demanda elevada de procedimentos pode levar ainda à falta ou à inadequada higienização das mãos, o que favorece a propagação de infecções relacionadas à assistência à saúde2.

A maioria das notificações sobre as ocorrências de incidentes foram realizadas de modo identificada, sendo o profissional enfermeiro o principal notificador. Tal dado vai ao encontro de outras publicações que apontam resultados semelhantes14-16. Essa categoria é de extrema importância para a segurança do paciente e promoção de uma cultura de segurança, haja vista que ao enfermeiro cabe promover ações que possibilitem a boa comunicação entre a equipe, a análise e identificação de erros como forma de evitar e prevenir situações de risco para a saúde da criança hospitalizada4.

O fato de haver identificação na maior parte das notificações do presente estudo sugere uma cultura de segurança positiva no campo da pesquisa. Estudos afirmam que instituições maduras com relação à cultura de segurança, reconhecem seus erros e incidentes e os notificam, compreendendo a importância desta ocorrência para melhoria da qualidade da assistência2,17. Embora todas as categorias profissionais tenham autorização para notificação de incidentes ocorridos com o paciente, pesquisas evidenciaram que ainda existem fragilidades nas práticas de notificação pelos profissionais de saúde, que podem estar associados a uma cultura punitiva ainda existente ou na falta de conhecimento acerca dos incidentes e/ou eventos adversos3,18. Nesse pespectiva, destaca-se a importância de sensibilizar a equipe multiprofissional para a valorização da cultura de segurança do paciente como elemento fundamental para melhorias dos processos assistenciais7.

A partir da pesquisa, observou-se que entre os incidentes mais notificados, em se tratando da hospitalização de crianças, estão aqueles associados, respectivamente, a quedas, cirúrgicos, flebites, lesões de pele, problemas relacionados aos artigos médicos-hospitalres e falhas no processo de identificação das crianças. Sobre esse aspecto, autores6 acrescentam que essas ocorrências são potencialmente significativas quando se trata de hospitalizações pediátricas, o que compremete a segurança de crianças internadas nessas unidades de saúde. Essas ocorrências coadunam com o que é revelado como fatores que favorecem esses acontecimentos. A inadequação de recursos humanos nos hospitais; a falta de instalações adequadas; a demora nos encaminhamentos e na definição da conduta terapêutica para o paciente, como procedimentos cirúrgicos, exames, transferência para leito e transporte; falhas no repasse de informações entre os profissionais; e o descumprimento de regras institucionais, são descritas como causas majoritárias de incidentes que comprometem a segurança e a qualidade da atenção à saúde pediátrica em unidades hospitalares1,19.

No estudo, o incidente com maior ocorrência foi a queda. Autores20 afirmam que as crianças apresentam elevados risco de queda devido as vulnerabilidades da sua faixa etária. As quedas em instituições hospitalares sempre foi uma preocupação face à vulnerabilidade das crianças e as possíveis consequências decorrentes, como lesões graves, hospitalização prolongada, desperdícios de recursos e aumento de custos21. Quanto ao grau do dano decorrente dos eventos adverosos ocorridos, na pesquisa foi possível verificar que houve maior incidência de danos leves. Pode-se observar que apesar de os riscos presentes nas unidades hospitalares infantis serem mais comumente descritos como favorecedores de eventos graves22, nessa unidade, há uma predisposição para danos que não geram consequências maiores às crianças hospitalizadas.

Assim, se for considerado o grau leve e as notificações frequentes de quedas entre as crianças, sobretudo entre a faixa etária de 0 a 3 anos, entende-se que essas podem ter ocorrido de alturas menores, como camas e berço. Tais ocorrências poderiam não ser tão frequentes se houvesse o acompanhamento adequado dos pacientes, ou mesmo se os acompanhantes fossem devidamente orientados pelos profissionais de enfermagem23. Esses profissionais são os que mais interagem com as famílias das crianças hospitalizadas, daí a importância do compartilhamento de informações com os acompanhantes a fim de evitar a ocorrência de incidentes que possam prejudicar o tratamento da criança5.

Esse estudo limita-se pelo fato de ter sido realizado com base em notificações voluntárias podendo ocultar uma possível subnotificação e assim, não revelar o real cenário dos incidentes relacionados à assistência à saúde no campo da pesquisa. Outra questão a ser destacada é a falta de informações em alguns itens. No entanto, considera-se que os dados obtidos permitem fazer uma análise dos incidentes notificados, indicam certo amadurecimento com relação à segurança do paciente e podem ser utilizados como base para o planejamento de ações de educação em saúde no âmbito da segurança do paciente.

CONCLUSÕES

A partir da análise dos 126 incidentes pediátricos ocorridos na instituição hospitalar, no período pesquisado, observou-se que a maioria das crianças se encontrava em faixa etária vulnerável, era do sexo masculino, da cor negra e procedia de municípios do interior do estado. Dentre osincidentes notificados,houve predomínio de eventos adversos de grau leve, ocorridos durante a internação da criança e no turno da matutino. A queda foi identificada como o incidente de maior ocorrência.

Os achados deste estudo indicam a necessidade de criar métodos de avaliação dos fatores de risco que possam favorecer a ocorrência de incidentes como quedas e demais situações que comprometem a segurança de crianças hospitalizadas. Esses pacientes apresentam peculiaridades que precisam ser consideradas, pois a elevada incidência de eventos podem acarretar aumento do tempo de internação hospitalar e gastos públicos.

Sabe-se que muitos dos incidentes que acontecem nas unidade hospitalares pediátricas são evitáveis e preveníveis mediante a implementação de protocolos e a adoção de práticas seguras por toda a equipe de saúde. Reconhece-se, entretanto, que para o alcance de tal patamar, faz-se necessária a capacitação dos profissionais, a adequação do ambiente fisico pela gestão e o estabelecimento de medidas preventivas. O compartilhamento de informações sobre segurança do paciente deve ser conhecido e compreendido por todos que atuam na unidade hospitalar, a fim de que a cultura da segurança seja internalizada.

Desse modo, acredita-se que a segurança do paciente é um critério indispensável à melhoria da qualidade do cuidado à saúde. Logo, embora essa seja uma temática muito discutida, urge que sejam realizadas novas pesquisas que abordem formas e métodos de implementação de estratégias que possibilitem um maior controle e prevenção dos eventos adversos, no intuito de promover melhores formas de assegurar a integridade, bem-estar e segurança do paciente pediátrico.

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Recebido: 20 de Dezembro de 2021; Aceito: 09 de Janeiro de 2022

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