Introdução:

A Educação Física Escolar se apresenta como um instrumento interessante na melhoria dos domínios físico, motores e das funções executivas em crianças. Estudos recentes indicam a relação positiva do aumento do comportamento motor e da aptidão física com ganhos nas capacidades das funções executivas, todas estas capacidades podem ser desenvolvidas na Educação Física Escolar. Sabe-se sobre o benefício da Educação Física Escolar no desenvolvimento infantil, mas, ainda é necessário investigar se o número de aulas de Educação Física Escolar pode influenciar nestes aspectos.

Objetivo:

Verificar o efeito do número de aulas de educação física escolar nos indicadores antropométricos, físicos, motores e cognitivos.

Métodos:

trata-se de um estudo transversal descritivo. Foram realizadas três visitas aleatórias nas dependências da escola para aplicação dos instrumentos de pesquisa, divididos em três blocos. 1) Teste de atenção por cancelamento e Teste das faixas A e B (aplicadas coletivamente); 2) Teste de recuperação intermitente - nível 1 (Yo-Yo IR1); 3) Anamnese, composição corporal e teste de Körperkoordination für Kinder (KTK).

Resultados:

as crianças que participaram de duas aulas semanais de Educação Física na escola alcançaram valores mais baixos de composição corporal e maiores domínios motores e flexibilidade cognitiva em relação às crianças com apenas uma aula semanal.

Conclusão:

o número de aulas de educação física escolar em que a criança está inserida mostrou influenciar a composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, coordenação motora e a flexibilidade cognitiva. Trata-se de um estudo transversal descritivo, não permiti extrapolar os resultados em situação de causa e efeito, mas, demonstrou que o número de aulas de educação física escolar ofertada a crianças pode interferir nas capacidades de aptidão cardiorrespiratória, coordenação motora e flexibilidade cognitiva e menores índices antropométricos.