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Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob.  no.16 Murcia jun. 2009

 

MISCELÁNEA

 

A receptividade da notícia da morte encefálica nos familiares de doadores de órgãos e tecidos para transplante)

La receptividad de la noticia de muerte encefálica en los familiares de donantes de órganos y tejidos paratrasplante

 

 

*Moreira Cinque, V., **Ferraz Bianchi, E.R.

*Enfermeiro do Hospital das Clínicas. Especialista em Terapia Intensiva e Mestre pela Escola de Enfermagem da USP.
**Enfermeira. Professora Associada da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo. Brasil. (Extraído da dissertação " Fatores de stress vivenciados pelos familiares no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante” , Escola de Enfermagem da USP, 2008.)

 

 


RESUMO

O estudo propõe caracterizar a receptividade da notícia da morte encefálica (ME) nos familiares que vivenciaram o processo de doação de órgãos e verificar o grau de associação com as variáveis de interesse. A amostra foi constituída de 16 familiares que realizaram a doação em uma Organização de Procura de Órgãos da cidade de São Paulo no ano de 2007. As entrevistas foram realizadas de março a junho de 2008, com a seguinte questão norteadora: "Como foi receber a notícia da morte encefálica?” A maior parte, 62,50% dos familiares recebeu a notícia da ME de forma intranqüila. Pelo coeficiente phi, houve associação de fraca à moderada e significante entre a receptividade da notícia da ME e as variáveis: sexo do familiar, idade do familiar, grau de parentesco e idade do doador. A possibilidade de receber a notícia da ME de forma tranqüila foi 1,6 vezes mais provável nos parentes de primeiro grau na linha reta em relação aos demais (Odds Ratio=1,567, p=0,026). Concluindo, a comunicação deve ser realizada de maneira clara e com a utilização de termos compreensíveis, pois o emprego de expressões técnicas pode atrapalhar a compreensão da ME.

Palavras-chave: Transplante de Órgãos, Família, Morte Encefálica.


RESUMEN

El estudio propone caracterizar la receptividad de la noticia de muerte encefálica (ME) en los familiares que participaron del proceso de la donación de órganos así como verificar el nivel de asociación con las variables de interés. La muestra estuvo constituida por 16 familiares que realizaron la donación en una Organización de Procura de Órganos en la ciudad de São Paulo - Brasil en 2007. Las entrevistas fueron efectuadas de marzo a junio de 2008, abarcando la siguiente pregunta: "¿cómo fue el recibir la noticia de la muerte encefálica?” La mayoría de los familiares 62,50% recibió la noticia de ME intranquila. Por el coeficiente phi, hubo asociación de baja a moderada y significante entre la receptividad de la noticia de la ME y las variables: sexo del familiar, edad del familiar, grado de parentesco y la edad del donante. La posibilidad de recibir la noticia de muerte encefálica tranquila fue 1,6 veces más probable en los parientes en primer grado en la línea recta en relación a los demás. (Odds Ratio=1,567, p=0,026). En conclusión, la comunicación debe ser clara haciendo uso de términos comprensibles, pues el uso de un lenguaje técnico puede dificultar la comprensión de la noticia de ME.

Palabras clave: Trasplante de Órganos, Familia, Muerte Encefálica.


ABSTRACT

This study wants to characterize the receptivity of brain death (BD) notification by the family, in regards to the organ donation process and to verify the association level of the interest variables. The sample consisted of 16 families which had donated organs to the Organ Procurement Organization in the city of São Paulo, Brazil in 2007. The interviews were conducted from March to June of 2008, using the following guiding question: "How did you receive the notification of brain death?” The majority, 62.5 % of the families had received this BD notification in an inappropriate manner.

According to the phi coefficient, a weak to moderate association was verified along with significant findings between the received BD notification and the variables: gender of the family member, age of the family member, degree of kinship and age of the donor. The possibility of receiving the BD information in an appropriate manner was 1.6 more likely with first-degree relatives of direct lineage, in relation to others (Odds Ratio=1.567, p=0.026). In conclusion, this communication should be performed in as simple a manner as possible while using clear and understandable terms, as the use of technical terms may hinder the understanding of Brain Death.


 

Introdução

O processo de doação de órgãos e tecidos para transplante é complexo e composto por diferentes etapas(1). Inicia-se com a identificação de um paciente em morte encefálica (ME) e finaliza somente com a conclusão do transplante(1-2).

Uma etapa importante no processo de doação é a constatação da ME. A evolução do conceito e os critérios adotados para o seu diagnóstico surgiram em 1959, quando dois neurologistas franceses, Mollarette e Goulon relataram o coma dépassé, significando um estado além do coma(3).

O conceito formal foi proposto pela primeira vez em 1968, com uma comunicação especial ao Journal of the American Medial Association, realizado pelo comitê da Ad Hoc Harvard Medical School que publicamente redefiniu a morte como "morte encefálica”, sob o título de "A Definition of Irreversible Coma"(4).

A ME é estabelecida pela perda definitiva e irreversível das funções do encéfalo, tendo uma causa conhecida, comprovada e capaz de provocar o quadro clínico. Os critérios caracterizam-se por meio da realização de exames clínicos e complementares com intervalos de tempo variáveis de acordo com as determinadas faixas etárias(5).

A percepção da gravidade e a iminência da morte são situações traumáticas para a família, por não se sentir preparada para aceitar a perda do ente querido, ocasionando tristeza, desespero e estresse(6-7). A família depara-se com a notícia de que o estado de saúde do paciente é muito grave, ou nos casos de doença pré-existente, é informada que o quadro clínico agravou-se(7).

Após a suspeita da ME, o médico responsável pelo paciente deverá informá-la aos familiares(8-9). Nessa ocasião, a família do potencial doador tem contato com o diagnóstico de ME, do qual, muitas vezes, não tem conhecimento ou não compreende(6).

 

Objetivos

Busca-se, com este estudo, caracterizar a receptividade da notícia da ME nos familiares que vivenciaram o processo de doação de órgãos e tecidos para transplante e verificar o grau de associação com variáveis de interesse.

 

Casuística e método

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e de campo, com abordagem quantitativa.

 

Amostra

A amostra foi constituída de 16 familiares de doadores de órgãos falecidos que vivenciaram o processo de doação em uma Organização de Procura de Órgãos do município de São Paulo no ano de 2007. Esta amostra atingiu o poder estatístico de 71%.

 

Coleta e análise dos dados

As entrevistas foram realizadas de março a junho de 2008, após a autorização da Instituição, a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) dos participantes. A coleta de dados envolveu a seguinte questão norteadora: "Como foi receber a notícia da morte encefálica?”, bem como um questionário estruturado, com as características sociodemográficas dos familiares e os perfis demográficos e epidemiológicos dos doadores falecidos.

O período e intensidade de sofrimento dos familiares, que convivem com a perda de um ente, é variável, entretanto, a fase aguda ocorre entre os dois primeiros meses após o falecimento(7,10). Como precaução, os familiares foram entrevistados no mínimo três meses após o falecimento do doador.

Agendaram-se as entrevistas de acordo com local, dia e horário determinados pelos familiares. Foram tomados os cuidados para que não coincidissem com datas especiais, tais como: data de aniversário do falecido, data do óbito, data da internação, Dia das Crianças, Dia dos Pais e outras datas significativas, a fim de evitar sofrimento adicional aos participantes.

Os dados foram explorados e analisados por meio da leitura e releitura. Estabeleceu-se a codificação numérica, a determinação da freqüência com que cada evento se apresentou e o agrupamento dos itens por afinidade.

Para avaliação do nível de associação utilizou-se o coeficiente phi(Φ) para a avaliação do grau das associações, que varia de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, maior é a força de associação. Calculou-se a Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança de 95%. O nível de significância adotado foi de 5%. As análises estatísticas com p<0,05 foram consideradas significantes.

 

Resultados

Os 16 familiares entrevistados tinham em média 41,50 anos (± 10,95), valor mínimo de 25 e máximo de 64 anos. A maior freqüência foi de mulheres com 62,50%. A maioria, 37,50% foi da religião católica, a média do tempo de perda dos familiares foi de 10,75 meses (±3,52) com uma variação de 03,97 a 15,73 meses.

No que se refere ao grau de parentesco, 75% foram parentes de primeiro grau na linha reta, nesta categoria incluíram-se os pais com 31,25% e os filhos com 43,75%. Na formação escolar não houve diferença significativa entre os níveis fundamental, médio e superior.

Ao caracterizar o perfil demográfico e epidemiológico dos doadores falecidos, deparou-se que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) foi a principal causa de ME com 62,50% e, em segundo o Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) com 37,50%. Em relação ao sexo, houve discreta diferença entre o porcentual de homens e mulheres, com a freqüência de 43,75% e 56,25% respectivamente. A idade variou de 15 a 72 anos, com a média de 44,44 anos (±18,15).


Inúmeros sentimentos e reações surgem após a informação da ME para a família. Nesta pesquisa, constatou-se que 62,50% dos familiares (Figura 01) receberam a notícia da ME de forma intranqüila, à medida que 37,50% obtiveram de forma tranqüila, de acordo com as seguintes falas:

a) "[...] recebi a notícia tranqüila devido já estar desconfiada e preparada.” (Familiar 01)

b) "Como se fosse um choque, tudo não aconteceu [...].” (Familiar 02)

c) "Não foi fácil, mesmo sabendo que em uma semana não teve melhora, esperava uma boa notícia [...].” (Familiar 04)

d) "Não foi surpresa, já tinha recebido por parte da médica da nossa família que foi clara que não havia alternativa.” (Familiar 06)

e) "Tivemos a notícia da maneira mais cruel que já pudesse, falaram assim: ‘Não sei se você já sabe, mas já fizemos todos os testes e já está confirmada a morte encefálica e o que vocês vão decidir o que querem’, foi um choque, tinha conversado com o neurologista e (ele) tinha dado esperança, mas o quadro era grave e de repente recebemos a notícia.” (Familiar 09)

f) "O impacto da notícia, ninguém está preparado para isso, ligaram para casa e informaram que deu fluxo e a minha irmã não entendeu, embora tenha sido tudo muito esclarecido, ficou descontrolada, dizendo que não ia para a doação que ‘você (a mãe) vai matar o seu filho’ [...] qualquer coisa faz a gente ter esperança.” (Familiar 10)


O valor de phi (Tabela 01) apontou associação de fraca à moderada, contudo positiva e significante entre a receptividade da notícia da ME e o grau de parentesco. Verificou-se não só a associação de fraca à moderada, mas inversa e significante entre a receptividade da notícia da ME e as variáveis: sexo do familiar, idade do familiar e idade do doador.

Nesse caso, a possibilidade de receber a notícia da ME de forma tranqüila foi menos provável nos familiares: do sexo feminino (OR=0,689), com menos de 40 anos (OR=0,186), bem como, os familiares cujo o doador tem menos de 40 anos (OR=0,448). Entretanto, os parentes de primeiro grau na linha reta, foram 1,6 vezes mais propensos a receber a notícia da ME de forma tranqüila em relação aos demais familiares.

 

Discussão

Informar aos familiares, sobre a gravidade do quadro clínico do paciente e o início dos exames para verificar a ME, é um elemento fundamental, promovendo a preparação da família para o início do processo de luto, além de realizar o processo de doação de forma transparente, respaldado nos princípios éticos e legais.

Para a família, a morte não representa apenas um processo biológico, mas também um processo emocional e cognitivo, considerada bastante perturbadora(7).

Nos Estados Unidos, ao analisar os fatores relacionados à compreensão da ME de 403 famílias, constatou-se que 21,1% dos entrevistados tinham esperança na recuperação do quadro clínico, dentre eles a faixa etária mais elevada. As pessoas que entenderam e aceitaram a ME foram mais propensas a doar(11).

A incompreensão da ME dificulta a tomada de decisão quanto à doação(6,12-13). Na literatura foram encontrados resultados em que o desconhecimento e a não aceitação da ME representaram 83% (n=25) dos motivos pela negativa da doação(14).

Nesta pesquisa, verificou-se que 62,50% dos familiares receberam a notícia da ME de forma intranqüila, ao passo que 37,50% obtiveram de forma tranqüila. O coeficiente Φ apontou associação de fraca à moderada e significante entre a receptividade da notícia da ME e as variáveis: sexo do familiar, idade do familiar, grau de parentesco e idade do doador. A possibilidade de receber a notícia da ME de forma tranqüila foi menos provável nos familiares do sexo feminino (OR=0,689). Contudo, os parentes de primeiro grau na linha reta, foram 1,6 vezes mais propensos a receber a notícia da ME de forma tranqüila em relação aos demais familiares.

A família fica chocada ao receber a informação da ME sem esclarecimentos prévios sobre a possibilidade de ocorrência dessa situação(15). A falta de conhecimento, por parte das famílias, reflete em insegurança que as estressam por permitir a doação e pensar que a pessoa possa estar viva, dificultando, a princípio, a tomada da decisão e, depois, a convivência com a decisão de haver doado(16).

A transparência do processo de doação é um fator essencial, na qual a família deve ser devidamente informada e esclarecida sobre o quadro do ente querido, pois a falta de esclarecimento é percebida como uma condição que gera dúvida, angústia, dor e desespero(6,7,13,15-16). São necessárias informações para os familiares sobre a ME, diminuindo suas dúvidas quanto ao tempo decorrido para a conclusão dos exames comprobatórios, nesta ocasião encontram-se fragilizados emocionalmente para responder às questões sobre a doação(17).

Nesse sentido, a Resolução n.º 292/2004 do Conselho Federal de Enfermagem determina que compete ao enfermeiro planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados aos familiares e doadores de órgãos e tecidos.

Durante a entrevista com a família e representante legal, deve fornecer as informações sobre o processo de doação, incluindo os esclarecimentos sobre o diagnóstico da ME.

A notícia da ME é avaliada pela família como uma situação estressante, seja pela falta de esclarecimentos necessários sobre o estado do paciente, ou até por sentir dúvidas quanto ao diagnóstico da ME. A falta de informação faz com que a família tenha esperança na recuperação do quadro clínico e a situação do corpo estar quente e o fato do coração permanecer batendo dificulta a compreensão da ME, sendo indicativo de que a pessoa possa estar viva mesmo com as comprovações apresentadas.

Espera-se que os dados da presente pesquisa levem enfermeiros, sociedades e cursos de graduação a refletir e considerar a notícia da ME complexa e estressante para a família. A comunicação deve ser realizada de maneira clara e com a utilização de termos compreensíveis, pois o emprego de expressões técnicas pode atrapalhar a compreensão da ME.

 

Conclusões

Os resultados dessa investigação permitiram concluir que:

1. A maioria dos familiares recebeu a notícia da ME de forma intranqüila (62,50%).

2. A associação foi de fraca à moderada e significante entre a receptividade da notícia da ME e as variáveis: sexo do familiar, idade do familiar, grau de parentesco e idade do doador.

· A possibilidade de receber a notícia da ME de forma tranqüila foi menos provável nos familiares: do sexo feminino (OR=0,689), com menos de 40 anos (OR=0,186), assim como, os familiares cujo o doador tem menos de 40 anos (OR=0,448).

· Os parentes de primeiro grau na linha reta foram 1,6 vezes mais propensos a receber a notícia da ME de forma tranqüila em relação aos demais familiares.

 

Referências

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9. Brasil. Decreto n.º 2.268. Regulamenta a Lei n.º 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1º de jul. de 1997. p. 13739 - 42.        [ Links ]

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