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Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.23 no.73 Murcia ene. 2024  Epub 23-Feb-2024

https://dx.doi.org/10.6018/eglobal.568471 

Originais

Situação escolar e o uso de substâncias psicoativas por estudantes com deficiencia

Fernanda Jorge-Guimarães1  , Jéssica Tamires-da Silva-Machado1  , Jaqueline Galdino-Albuquerque-Perrelli2  , Ernani Nunes-Ribeiro1  , Antonio Flaudiano Bem-Leite3 

1Centro Acadêmico de Vitória. Universidade Federal de Pernambuco. Pernambuco, Brasil

2Departamento de Enfermagem. Universidade Federal de Pernambuco. Brasil

3Secretaria Municipal de Saúde, Vitória de Santo Antão. Pernambuco, Brasil

RESUMO:

Objetivo:

Analisar a associação entre a situação escolar e o uso de substâncias psicoativas por estudantes com deficiência.

Métodos:

Estudo transversal realizado em escolas públicas. A população do estudo foi composta por estudantes com deficiência. Utilizou-se o questionário Teen Addiction Severity Index. Os dados foram analisados por meio dos testes Qui quadrado, Qui-quadrado (extensão de Mantel-Haenszel) e ANOVA. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados:

Participaram 110 estudantes. A maioria pertence a faixa etária entre 20 e 30 anos de idade, sexo masculino, pardos, católicos e com deficiência intelectual. 70% dos participantes referiu que nunca consumiu substâncias psicoativas, enquanto que 30% afirma ter consumido alguma substância pelo menos uma vez na vida. Dentre as substâncias consumidas, 19,4% relataram uso de sedativos, 4,6% uso de álcool, 0,9% uso de opiáceos e 0,9% de tabaco. Houve associação entre idade e o uso de substâncias psicoativas. Não houve associação significativa entre a situação escolar e o uso destas substâncias.

Conclusões:

Os resultados destacaram que existe um maior consumo de substâncias psicoativas lícitas entre os estudantes com deficiência, o que está associado com a idade. Estes resultados são importantes para que os enfermeiros desenvolvam suas atividades de prevenção ao abuso de substâncias psicoativas.

Palavras-chave: psicotrópicos; transtornos relacionados com substâncias; pessoas com deficiência; estudantes

INTRODUÇÃO

Droga é toda substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar em um ou mais sistemas, produzindo alterações no funcionamento do organismo(1).

Em relação ao uso de drogas por crianças e adolescentes, aproximadamente 50% a 80% das crianças em idade escolar utilizam substâncias químicas e farmacológicas lícitas ou ilícitas para fins recreativos(2).

Uma pesquisa identificou que as drogas mais utilizadas pelos estudantes foram bebidas alcoólicas e tabaco, respectivamente, 42,4% e 9,6% ao ano(3). Outro estudo identificou que entre o grupo de adolescentes que faziam uso de algum tipo de droga, havia alta tendência a manter essa atitude(4).

O uso de substâncias psicoativas está associado a notas baixas, desejo de evasão escolar, não realização de tarefas escolares e dificuldade de concentração(5).

Pessoas com deficiência também podem se tornar susceptíveis ao uso de drogas devido ao contato com diferentes grupos sociais e pela curiosidade de experimentar novas situações(6).

Pessoas com deficiência entre 18 e 24 anos usam heroína e cocaína com mais frequência do que pessoas sem deficiência(7). Um estudo com pessoas com deficiência visual mostrou que a maioria dos consumidores de bebidas alcoólicas são homens, com idade entre 11 e 30 anos, com ensino médio incompleto. Esse mesmo estudo constatou que alguns dos motivos que levam essas pessoas ao consumo de álcool são questões relacionadas ao lazer e entretenimento(8).

Um estudo mostrou que o uso de drogas por pessoas com deficiência intelectual pode estar relacionado à ansiedade, depressão, comportamento agressivo, transtorno de personalidade antissocial e hiperatividade(9).

Outro estudo identificou que há poucos estudos sobre o uso de drogas por pessoas com deficiência, o que constitui uma lacuna sobre o assunto(10). Além disso, no município onde o estudo foi realizado, o censo mostrou que existem 2.061 pessoas com deficiência intelectual, seguidas por 552 impossibilitadas de se locomover, 273 cegas e 203 surdas(11).

Assim, é importante compreender a relação entre o uso de substâncias psicoativas por alunos com deficiência e a situação escolar que o enfermeiro pode proporcionar em suas intervenções de acordo com os princípios do Programa Saúde na Escola. Portanto, houve a motivação para realizar o estudo.

Nossa hipótese é que os alunos com deficiência apresentam um elevado consumo de substâncias psicoativas que está associado à situação escolar. Neste estudo, a situação escolar é entendida como a participação em atividades relacionadas à escola, como frequência escolar, participação em atividades extracurriculares, perturbações na escola, suspensão da escola.

Portanto, o estudo teve como objetivo analisar a associação entre a situação escolar e o uso de substâncias psicoativas por alunos com deficiência.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa. Foi realizado em cinco escolas públicas municipais. Estas escolas foram selecionadas por oferecerem educação inclusiva para pessoas com deficiência.

A população do estudo foi composta por alunos com deficiência matriculados em escolas que oferecem educação inclusiva no município. Os critérios de inclusão foram: apresentar deficiência física, auditiva, visual ou intelectual conforme laudo do aluno disponível na escola, de ambos os sexos e com idade igual ou superior a 12 anos. Foram excluídos os alunos com deficiência múltipla e aqueles que apresentaram dificuldades de compreensão das questões do questionário.

De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, 306 alunos com deficiência pertencentes à faixa etária de 12 anos ou mais estavam matriculados em escolas municipais durante o período de coleta de dados. Para o cálculo da amostra foi utilizada a fórmula para população finita, utilizando os parâmetros: erro de 10%, nível de confiança de 95%, tamanho populacional de 306 alunos e prevalência de 50%. Assim, estimamos uma amostra com 74 participantes. O processo de amostragem dos participantes do estudo foi do tipo conveniência.

Os dados foram coletados por meio da versão em português do Teen Addiction Severity Index (T-ASI)(12), que avalia a gravidade do uso de substâncias psicoativas por adolescentes e outros problemas que afetam suas vidas. O questionário é composto por 153 questões, divididas em sete domínios: consumo de substâncias psicoativas; situação escolar; emprego; relações familiares; relações com pares; situação legal e situação psiquiátrica. Foram investigados o uso de substâncias psicoativas e a situação escolar. Estes domínios foram escolhidos por estarem relacionados ao objetivo do estudo. Os demais domínios não são investigados por não estarem relacionados ao objetivo proposto neste estudo. O questionário foi validado para a realidade brasileira com alfa de Cronbach de 0,89 no domínio uso de substâncias(12).

A equipe de investigação visitou escolas que desenvolviam educação inclusiva. A equipe apresentou a pesquisa aos coordenadores das escolas e depois aos alunos. Assim, os pesquisadores obtiveram o consentimento informado dos pais dos alunos. Os alunos responderam ao questionário individualmente para garantir a confidencialidade e privacidade.

As variáveis do estudo foram sociodemográficas (idade, renda familiar, escolaridade, problemas familiares, etnia, religião, tipo de deficiência, causa da deficiência), situação escolar (suspensão da escola, participação em atividade extracurricular, presença em atividade extracurricular, sentir-se desconfortável em escola, necessidade de aconselhamento) e consumo de substâncias psicoativas (drogas usadas na vida, tipo de substância).

Para a análise dos dados se utilizou o software SPSS. Inicialmente, se realizou uma análise descritiva das diferentes variáveis coletadas. As variáveis foram expressas como frequências absolutas e relativas. Se utilizou o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados. Para analisar a relação entre a situação escolar e o uso de substâncias psicoativas se utilizaram os testes de Qui-quadrado, Qui quadrado de tendência linear (extensão de Mantel-Haenszel) e ANOVA (teste Kruskal Wallis). Se adotou um nível de significância estatística de 5%.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 57691516.5.0000.5208). Os participantes concederam seu consentimento para participar da investigação.

RESULTADOS

110 alunos participaram do estudo. A Tabela 1 apresenta as características sociodemográficas da amostra. Nenhum dos participantes do estudo estava em ambiente controlado (prisão, hospital psiquiátrico, clínica de reabilitação) no ano anterior à investigação.

Tabela 1: Características sociodemográficas dos participantes. 

Fonte: autores

Nota:IC 95% - Intervalo de confiança de 95%

A Tabela 2 mostra a informação sobre a situação escolar dos participantes.

Tabela 2: Situação escolar dos participantes. 

Fonte: autores

Nota:IC 95% - Intervalo de confiança de 95%

*Participação em uma atividade extracurricular: refere-se a participação ativa em atividades como ser jogador de futebol.

Presença em uma atividade extracurricular: refere-se a uma participação mais passiva, como assistir a uma partida de futebol.

Conselho: refere-se as orientações para problemas relacionados com a situação escolar.

Quanto ao uso de substâncias psicoativas, 70% dos alunos relataram nunca ter feito uso na vida, enquanto 30% afirmaram usar/já usaram pelo menos uma vez na vida. Entre os estudantes que usam/usaram substâncias psicoativas, 19,4% relataram uso de sedativos, 4,6% de álcool, 0,9% de opióides e 0,9% de tabaco.

A Tabela 3 mostra a relação entre as variáveis sociodemográficas e o uso de substâncias psicoativas.

Tabela 3: Associação de consumo de drogas e características sociodemográficas. 

Fonte: autores

Nota: *Teste Qui-quadrado de Mantel-Haenszel

**Teste Qui-quadrado de tendência linear (Extensão de Mantel-Haenszel)

As tabelas 4 e 5mostram a relação entre o consumo de drogas e as variáveis relacionadas com a escolaridade.

Tabela 4: Consumo de substâncias psicoativas e situação escolar. 

Fonte: autores

Nota: *Teste Mann-Whitney/ Wilcoxon para duas amostras (Teste Kruskal-Wallis para dois grupos).

**Cabulou é o termo usado quando o estudante falta às aulas sem justificativa.

Tabela 5: Associação de consumo de substâncias psicoativas e situação escolar. 

Fonte: autores

Nota: *Teste Qui-quadraddo de Mantel-Haenszel,

**Teste Qui-quadrado de tendência linear (Extensão de Mantel-Haenszel)

£Participação em uma atividade extracurricular: refere-se a participação ativa em atividades como ser jogador de futebol.

Presença em uma atividade extracurricular: refere-se a uma participação mais passiva, como assistir a uma partida de futebol.

Conselho: refere-se as orientações para problemas relacionados com a situação escolar.

DISCUSSÃO

Em relação às substâncias mais consumidas, um estudo sobre o consumo de substâncias psicoativas entre estudantes do ensino médio sem deficiência constatou que as quatro substâncias mais consumidas em algum momento da vida foram álcool (79,6%), cigarro (24,6%), solventes (10,3%) e ansiolíticos (10,1%)(13), semelhante a este estudo.

Outra pesquisa se assemelha a este estudo, identificando que 33,9% das pessoas com deficiência faziam uso de sedativos sem prescrição médica, enquanto entre as pessoas sem deficiência esse percentual era de 15%(7).

Em um estudo comparativo entre indivíduos com e sem deficiência, observou-se que indivíduos com deficiência apresentavam maior probabilidade de serem tabagistas do que aqueles sem deficiência(14). Isso difere do estudo em que apenas 0,9% dos participantes faziam uso de tabaco. Essa divergência pode ser a diferença entre as faixas etárias dos participantes do estudo, já que no estudo citado a faixa etária foi de 45 a 54 anos enquanto neste estudo foi de 20 a 30 anos, além de aspectos culturais entre os dois locais de pesquisa.

Um estudo sobre o uso de tabaco, álcool e outras drogas entre adolescentes com e sem deficiência intelectual leve a moderada concluiu que jovens com deficiência intelectual leve a moderada têm menos probabilidade de usar substâncias legais e ilegais do que jovens sem deficiência(15), o que corrobora os resultados apresentados. No estudo não houve relato sobre o uso de substâncias psicoativas ilícitas, o que difere de estudos anteriores que mostraram o consumo dessas substâncias por adolescentes com deficiência intelectual e escolares sem deficiência. Dentre as drogas ilícitas mais utilizadas, houve maior prevalência para o uso de maconha(16,17,18).

Em relação à situação escolar, no estudo não encontramos associação estatística entre o uso de substâncias psicoativas e essa variável; no entanto, descobrimos que os alunos que usam substâncias têm uma média maior de dias perdidos na escola e nas aulas do que os alunos que não usam substâncias.

Nesse sentido, um estudo que comparou grupos de alunos que apresentaram ''deficiência auditiva (HA) com deficiência múltipla'', alunos que apresentaram ''apenas deficiência auditiva'', alunos com alguma ''deficiência diferente da perda auditiva'' e alunos “sem deficiência” identificou que 72% dos alunos do grupo Deficiência Auditiva com deficiência múltipla relataram absenteísmo, enquanto 46% dos alunos sem deficiência apresentaram essa situação escolar(19).

Estudo comparou o uso de álcool entre adolescentes com e sem perda auditiva. Adolescentes sem perda auditiva consumiam mais álcool e tinham notas escolares mais baixas do que alunos com perda auditiva(20). Ainda em relação à situação escolar, outro estudo sobre a prevalência de comportamentos de risco devido ao uso de cigarro, álcool e maconha em alunos sem deficiência mostrou que a prevalência de comportamentos de risco foi maior em alunos ausentes das aulas(21), o que é semelhante aos resultados aqui encontrados em que os alunos que apresentavam problemas escolares faziam uso de substâncias psicoativas.

A limitação do estudo encontra-se relacionada com a técnica de amostragem por conveniência, pelo que os resultados não podem ser generalizados para outras realidades.

CONCLUSÕES

Neste estudo, foi possível verificar a associação entre as variáveis da situação escolar e o uso de substâncias psicoativas por estudantes com deficiência. O estudo destacou que houve maior consumo de sedativos por alunos com deficiência, o que está relacionado à idade. Embora não haja associação com a situação escolar, observou-se que os alunos que consomem substâncias psicoativas apresentam maior número médio de faltas e faltas às aulas.

Esses achados contribuem para a compreensão dos padrões de uso de substâncias psicoativas por alunos com deficiência. Esses resultados podem auxiliar os enfermeiros a desenvolverem estratégias mais específicas para esses grupos em suas atividades.

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Recebido: 02 de Maio de 2023; Aceito: 29 de Setembro de 2023

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