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International Microbiology
versão impressa ISSN 1139-6709
Resumo
BAQUERO, Fernando. Evolução e natureza do tempo. INT. MICROBIOL. [online]. 2005, vol.8, n.2, pp.81-91. ISSN 1139-6709.
No pensamento evolutivo, o conceito de tempo é crítico, mas os biólogos evolutivos raramente o consideram como um objeto de pesquisa teórica. A evolução significa uma possibilidade de acessar ao futuro dos organismos replicativos; ou seja, a recompensa evolutiva é paga com a extensão do tempo. A entidades replicativas obtêm tempo, mas para elas o tempo só serve para se replicar, para evolucionar e para expandir além a fronteira do tempo. Revisamos e tratamos aqui a possível influência de considerar o tempo, não como uma mera dimensão (ou uma condição intuitiva a priori para a experiência humana), mas como um objeto em si mesmo. Pelo menos como uma metáfora, podemos considerar o tempo como uma entidade autorreplicativa enraizada nas naturezas físicas (entre eles, os biológicos) que acaba produzindo tempo dimensional. A autorreplicação do tempo força as naturezas a se replicar para sustentar a subseqüente replicação do tempo. Neste sentido, o conjunto tempo-replicação pode constituir a força motriz, o motor básico que proporciona energia direcional ao processo evolutivo. Se apresentam aqui as raízes filosóficas, as advertências e as perspectivas destas hipóteses. A metáfora do tempo replicativo joga com a possibilidade de devolver o tempo desde sua função meramente reguladora da pesquisa científica a uma posição de constituinte da natureza real e criativo e por isso objeto de pesquisa para as ciências naturais.
Palavras-chave : evoluçao; tempo evolutivo; tempo como entidade replicativa; tempo (natureza).