Resumo

SARRO, M. Isabel; GARCIA, Ana M.  e  MORENO, Diego A.. Formação de biofilmes em piscinas de combustível nuclear usado e bioremediação de águas radioativas. INT. MICROBIOL. [online]. 2005, vol.8, n.3, pp.223-230. ISSN 1139-6709.

Os estudos microbiológicos das piscinas de combustível nuclear gasto na Central Nuclear de Cofrentes (Valência, Espanha) se iniciaram para determinar as povoações microbianas da água dessas piscinas. Também se estudou a formação de biofilmes nas instalações da central nuclear e o possível uso dessas povoações microbianas para a bioremediação de águas radiativas. Para analisar a formação dos biofilmes em uma piscina de combustível nuclear usado, durante 34 meses (em condições estáticas e dinâmicas) se mantiveram ali submergidos cupons de aço inoxidável austenítico (UNS S30400, UNS S30466, UNS S31600), assim como novelos de aço inoxidável (UNS S44200) e titânio (99.9%). A observação ao microscópio de epifluorescéncia e ao microscópio eletrônico de varredura revelou a formação de biofilmes sobre as amostras a pesar do caráter radioativo e oligotrófico da água. De acordo com os métodos standard de cultivo e secuenciación dos fragmentos do 16S rDNA, nas biopelículas se identificaram 57 bactérias diferentes pertencentes aos grupos α-, β-, e γ-Proteobacteria, Firmicutes e Actinobacteridae. A radiatividade das biopelículas se mediu por espectrometria gamma, que demonstrou que os biofimes podiam reter radionucleidos, especialmente ⁶⁰Co. O emprego de materiais metálicos para descontaminar águas radiativas poderia ser um novo método de bioremediação.

Palavras-chave : central nuclear; piscina de combustível nuclear usado; água radiativa; biofilmes; bioremediação.

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