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Archivos de Zootecnia

versión On-line ISSN 1885-4494versión impresa ISSN 0004-0592

Arch. zootec. vol.61 no.235 Córdoba sep. 2012

https://dx.doi.org/10.4321/S0004-05922012000300013 

 

 

Desempenho produtivo de codornas alojadas em diferentes sistemas de iluminação artificial

Productive performance of quails housed in different systems of artificial lighting

 

 

Jácome, I.M.D.T.1*, Borille, R.2, Rossi, L.A.3, Rizzotto, D.W.1, Becker, J.A.1 e Sampaio, C. de F.R.4

1Universidade Federal de Santa Maria-UFSM/CESNORS. Palmeira das Missões, RS. Brasil. *ianglio@smail.ufsm.br
2Faculdade de Ciências Agrárias. Universidade Federal da Grande Dourados-FCA/UFGD. Dourados, MS. Brasil. guigo_borille@hotmail.com
3Faculdade de Engenharia Agrícola-FEAGRI. UNICAMP, SP. Brasil.
4Universidade do Estado do Pará-UEPA/CCNT. Belém, PA. Brasil.

 

 


RESUMO

Foram avaliados os efeitos do uso da tecnologia de led na iluminação artificial de codornas japonesas, utilizando-se 176 aves com 35 dias de idade, em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos (lâmpadas incandescentes 15W, leds: azuis, laranjas e brancos) e quatro repetições de 11 aves cada. A partir da primeira semana de alojamento, estabeleceu-se um programa de luz contínuo, iniciando-se com 13 horas diárias de fotoperíodo, com aumentos sucessivos de 30 minutos por semana até que atingisse 17 horas diárias de fotoperíodo. Semanalmente, os ovos e as sobras de ração de cada parcela foram pesados, para determinação do peso médio dos ovos e do consumo médio diário de ração. Foram realizadas avaliações por etograma simples durante 4 escotofases a fim de avaliar a frequência de acessos aos comedouros por tratamento no momento de acionamento das tecnologias de iluminação. Não foram detectadas diferenças significativas (p>0,05) entre os tratamentos para produção de ovos. Para peso médio do ovo, consumo de ração, peso da casca e espessura de casca não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) entre os tratamentos. A Unidade Haugh e a gravidade específica também não apresentaram diferenças estatísticas (p>0,05) entre os tratamentos.

Palavras chave: Instalações para poedeiras. Produção de ovos. Qualidade de ovos.


SUMMARY

The effects of the use of led technology in lighting's program of Japanese quail was evaluated, using 176 birds with 35 days of age, in a completely randomized design with four treatments (15W incandescent lamps, leds: blue, orange and white) and 2 replicates of 22 birds each. Since the first week of housing we established the lighting program, starting with 13 hours of light, with increases of 30 minutes per week until it reached 17 hours of light. Eggs and leftover food from each plot were weighed weekly to determine the average egg weight and feed consumption, expressed as daily basis. Evaluations were performed by ethogram for 4 escotophases to assess the frequency of access to the feeders by treatment in activation of lighting technologies. There were no significant differences (p>0.05) between treatments for egg production. To the parameters of egg weight, feed intake, shell weight and shell thickness were not observed significant differences (p>0.05) between treatments. The Unit Haugh and specific gravity also not showed statistical differences (p>0.05) between treatments.

Key words: Egg quality. Egg production. Housing for laying hen.


 

Introdução

A produção de ovos de codorna brasileira apresentou um rápido crescimento nos últimos anos, saltando de 131 mil dúzias produzidas no ano de 2007 para 157 mil dúzias em 2008 (IBGE, 2009). Com vistas a atender mercados como restaurantes e churrascarias, onde o consumo é mais significativo, este crescimento também se dá em função do aumento da participação de grandes empresas avícolas, apoiadas em instalações que propiciam fácil manejo de milhares de aves em um mesmo galpão, o que tem tornado a produção mais eficiente e de melhor qualidade para a comercialização. A codorna doméstica foi difundida mundialmente pela sua precocidade e alta produtividade e é explorada com o objetivo de produzir mais uma alternativa na alimentação humana, além de ser uma atividade que possibilita uma rápida reversão de capital investido. Seus principais produtos são a carne de alta qualidade e os ovos cada vez mais apreciados.

As codornas apresentam características fisiológicas muito semelhantes às das galinhas, e por isso geralmente são submetidas às mesmas práticas de manejo, obtendo-se bons resultados. Em aves de postura é conhecida a função da luz artificial nos programas de iluminação, aumentando o fotoperíodo e estimulando a produção de ovos, considerando que as aves são responsivas à estimulação pela luz. Para se atingir o índice de iluminâcia necessária a esta estimulação fisiológica nas aves emprega-se normalmente sistemas de iluminação artificiais compostos por um elevado numero de lâmpadas de alta potência e baixa eficiência, aumentando o custo de produção, e muitas vezes a tornando inviável.

Tendo pela frente um mercado cada vez mais exigente e competitivo, atualmente inserido em uma consciência sustentável em que a economia dos recursos vem em primeiro plano, justifica-se o emprego de tecnologias que inserem em seus produtos um menor custo de produção. Levando em conta que os gastos e desperdícios totais de energia elétrica na produção de aves são exageradamente altos e que já estão disponíveis no mercado tecnologias que possuem boa eficiência energética, como é o caso dos leds que possuem uma eficácia estimada em 100 lm/W, sendo superior às lâmpadas incandescentes (15 lm/W) e fluorescentes (80 lm/W) (OSRAM, 2007), tornam-se necessários estudos que modifiquem e atualizem os setores avícolas, viabilizando a competitividade da produção. Objetivou-se com este trabalho testar uma fonte de luz alternativa na iluminação artificial das gaiolas utilizadas convencionalmente para codornas de postura, substituindo as lâmpadas incandescentes usuais de alta potência e baixa eficiência por tecnologia de iluminação led (diodo emissor de luz), com baixa potência, alta eficiência e maior vida útil.

 

Material e métodos

A pesquisa foi desenvolvida no campus da Universidade Federal de Santa Maria CESNORS, localizado na cidade de Palmeira das Missões-RS, com altitude de 634 metros, nas seguintes coordenadas: latitude 27o53'558" sul e longitude 53o26'45" oeste, em um galpão pertencente ao módulo de zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Foram realizadas análises ao longo de 100 dias, sendo o total dividido em 3 períodos de 28 dias, e cada análise com 3 dias. Foram utilizadas 176 codornas (Coturnix japonica) fêmeas de linhagem para postura com idade inicial de 35 dias, sendo alojadas 22 aves por gaiola, e duas repetições por tratamento.

Cada tratamento foi composto por 44 aves e recebeu uma tecnologia de iluminação artificial, sendo o tratamento 1 composto por duas lâmpadas convencionais incandescentes de 15W. Os tratamentos 2, 3 e 4 utilizando diodos emissores de luz (led) nas cores azul, laranja e branca respectivamente. Todos com medidas das intensidades luminosas aferidas através de luximetro digital.

Foram realizadas medições diárias de temperatura e umidade relativa do ar com o auxílio de um concentrador de dados (data-logger) nos seguintes horários 08:00; 10:00; 12:00; 14:00 e 16:00 horas durante os 3 períodos de 28 dias, e posteriormente calculado o índice de temperatura e umidade (ITU) baseado na equação de Buffington et al. (1981) e adaptada em uma planilha do programa Microsoft Office Excel® versão 2007.

ITU= 0,8 Tbs + UR (Tbs - 14,3)/ 100 + 46,3

onde:

ITU= índice de temperatura e umidade, adimensional;
Tbs= temperatura de bulbo seco, em oC;
UR= umidade relativa do ar, %.

Foram coletados os dados de produção total diária, e a cada período de 28 dias foi coletada uma amostra representativa para análise de peso do ovo, peso da casca, espessura de casca, unidade Haugh, e gravidade específica.

Para estimar a unidade Haugh, a mesma foi calculada a partir do peso do ovo e da altura do albúmen, através da fórmula descrita abaixo (Haugh, 1937 e Brant et al., 1951), e adaptada em uma planilha do programa Microsoft Office Excel® versão 2007.

UH= 100.log (A - 1 7P0,37+ 7,6)

onde:

A= altura do albúmen em milímetros;
P= peso em gramas.

As análises de gravidade específica foram realizadas utilizando-se tubos de Becker contendo soluções salinas (NaCl) nas densidades de 1,065; 1,070; 1,075; 1,080; 1,085. Para se obter as soluções salinas nestas concentrações foi utilizado um densímetro de petróleo.

A dieta utilizada foi adquirida pronta, própria para codornas em fase de postura. O manejo foi totalmente manual com uso dos comedouros tipo calha e bebedouros tipo nipple, para todos os tratamentos.

A partir da primeira semana de alojamento, estabeleceu-se o programa de luz, iniciando-se com 13 horas diárias de fotoperíodo, com aumentos sucessivos de 30 minutos por semana até que atingisse 17 horas diárias de fotoperíodo.

Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 2 repetições (4x2). As baterias de gaiolas que acomodaram os tratamentos foram divididas com chapas de papelão, isolando-as, de forma que a iluminação de uma repetição não interferiu na outra.

Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando o programa computacional ASSISTAT (ASSISTAT, 2008).

 

Resultados e discussão

Observou-se em relação ao comportamento das aves, no que se refere à freqüência de visita das mesmas ao comedouro, como mostra a figura 1, que as aves pertencentes ao tratamento composto por leds laranja obtiveram uma menor frequência de visitas, durante o acionamento das tecnologias de iluminação no período de complemento da iluminação artificial quando comparado aos demais tratamentos. Pelo exposto observase uma redução de 24% de frequência quando comparados aos tratamentos compostos por lâmpadas incandescentes e o composto por leds laranjas, respectivamente. A redução de frequência dos tratamentos compostos por leds azuis e brancos em relação ao composto por leds laranjas foi de 10 e 8%, respectivamente. Esse comportamento, no entanto, não alterou o comportamento ingestivo em gramas de ração/ave de nenhum dos tratamentos (tabela I), sugerindo que as aves que compõem o tratamento laranja compensaram a ingestão de alimento no período de iluminação natural, contrariando o comportamento das aves do tratamento incandescente onde mantiveram uma frequência de acessos ao comedouro homogênea durante o período de iluminamento artificial somado ao período de luz natural.

 

 

 

Quanto ao peso médio dos ovos (tabela I), nenhum dos tratamentos diferiu estatisticamente (p>0,05) entre si, indicando que nenhuma das tecnologias utilizadas tenha influenciado negativamente a qualidade dos ovos. O peso do ovo, de acordo com Pinto (1998), é altamente dependente da ingestão diária de proteína. Essa condição parece ser atendida pelos tratamentos testados. Ainda, neste mesmo aspecto, as aves têm a capacidade de armazenar certa quantidade de ração no papo, e isso daria suporte para a manutenção durante um determinado período de escuro, o que, possivelmente, tenha influenciado no caso do tratamento de cor laranja do presente estudo, o qual apresentou menos freqüência de acesso aos comedouros e mesmo assim o peso médio do ovo não apresentou diferença estatística (p>0,05). Lewis et al. (1992), Morris et al. (1988) e Sauveur e Mongin (1983) verificaram, de forma semelhante ao obtido neste experimento, que a iluminação não teve efeito sobre o peso dos ovos. No que tange aos índices zootécnicos, em relação às codornas japonesas, verifica-se percentagem de postura de até 80% e peso médio do ovo entre 10 a 15 gramas (Rezende et al., 2004), o que indica um bom desempenho das tecnologias testadas nesta pesquisa.

Castelló Llobet et al. (1989) e Etches (1996) afirmam que a temperatura elevada tem efeito negativo sobre o peso dos ovos. Porém tal efeito não foi percebido nesta pesquisa, onde o índice de temperatura e umidade (ITU) esteve com média de 70,03 indicando uma prevalência da zona de conforto térmico no ambiente da pesquisa.

Quanto a produção de ovos, os resultados para o tratamento composto por leds de cor laranja não apresentaram diferença estatística (p>0,05) em relação ao tratamento composto por lâmpadas incandescentes, e este também não foi significativo em relação aos tratamentos compostos por leds azuis e brancos, este fato comprova que as aves foram foto-estimuladas pelas cores de leds utilizados nestes tratamentos. Segundo Etches (1996), a intensidade de luz durante o fotoperíodo e escotoperíodo ajusta o ritmo circadiano que controla o tempo da ovoposição. Nicholls (1988) e Amoroso et al. (2008), afirma que as aves apresentam processos fisiológicos que induzem à fotossensibilidade, que ocorre no início dos dias longos, levando ao desenvolvimento gonadal. Na criação de codornas (Coturnix coturnix), dias longos são utilizados para aumentar a produção de ovos. Estimula-se o aparelho reprodutivo da codorna com um fotoperíodo de 14 a 16 h (Singh e Narayan, 2002).

O tratamento composto por leds azuis não diferiu estatisticamente (p>0,05) em relação ao tratamento composto por lâmpadas incandescentes e do tratamento composto por leds brancos, isto se deve possivelmente, ao fato que os leds que emitem a luz branca, geralmente são fabricados a partir dos leds azuis, e apenas recebem um revestimento de fósforo, do mesmo tipo utilizado nas lâmpadas fluorescentes, absorvendo a luz azul e emitindo apenas a branca Schubert (2003).

No que se referiu ao consumo de ração, nenhuma das tecnologias demonstrou diferença estatística (p>0,05). Etches (1996) afirma que o efeito da iluminação sobre o consumo de alimento está em função da atividade locomotora da ave que fica reduzida ao mínimo nos períodos escuros. Com a diminuição dos movimentos, o gasto de energia é também reduzido fazendo com que melhore a eficiência alimentar e diminua o consumo de ração nos programas de iluminação intermitente, o que também está de acordo com o observado no trabalho de Gewehr et al. (2005), no qual também foi observada uma redução de 1,6% no consumo alimentar das aves submetidas ao programa intermitente quando comparadas as do programa contínuo, discordando com os resultados encontrados nesta pesquisa, onde as aves que compõem o tratamento de cor laranja demonstraram menor atividade e frequência de acessos aos comedouros no momento de acionamento das tecnologias de iluminação, porém, mantendo a mesma homogeneidade em consumo de ração comparando-se aos demais tratamentos.

Segundo Schubert (2003) a luz emitida por um led é monocromática, mas a banda colorida é relativamente estreita, e sendo assim, supõe-se que as codornas, assim como a maioria das aves, por possuirem menores quantidades de bastonetes, foram desfavorecidas na visão durante o periodo de iluminação artificial no tratamento composto pelos leds laranjas, e demonstraram menor atividade noturna em relação a frequência de acessos aos comedouros, porém, estariam mesmo assim, sendo estimuladas pela mesma cor de luz apenas pela via transcraniana de recepção, a qual tem maior controle sobre a função reprodutiva, e por esta razão, mantendo os níveis de produção de ovos, concordado com Etches (1994), onde cita que, a percepção da luz não depende apenas dos fotorreceptores localizados nos olhos. As aves têm recepção de cores e respondem quando a luz é produzida por raios no final do espectro, como laranja e vermelho, produzindo maior quantidade de hormônios reprodutivos. Na literatura parece ser bem estabelecido que nas aves a luz azul seja pouco ativa, tanto sobre receptores oculares como hipotalâmicos, no entanto, as respostas quanto aos maiores comprimentos de ondas são mais complexos. Os fótons de maiores comprimentos de onda (no vermelho acima de 700 nm) têm um poder de penetração transcraniana mil vezes maior que os de onda mais curta (400 nm) e exercem, portanto, nas condições usuais, um poder estimulante mais elevado. Quando a luz é incidida diretamente sobre o hipotálamo, a luz verde (500 nm) se mostra, entretanto, mais estimulante que a vermelha na codorna (Sauveur, 1996).

Em relação ao peso da casca, nenhum dos tratamentos diferiu estatisticamente (p>0,05), esta estabilidade entre os tratamentos em relação ao peso da casca demonstra uma boa eficiência dos leds em relação a lâmpada incandescente, se levado em conta que cada tipo de tecnologia de iluminação possui um espectro visível, ou uma cor diferente, Etches (1996) afirma que não importa o tipo de lâmpada utilizada (fluorescente, incandescente, vapor de sódio, etc.), porém sabe-se que cada lâmpada oferece um espectro luminoso diferente e que as aves são responsivas a espectros próximos ao amarelo e nem todos os tipos de lâmpadas oferecem esse espectro visível, caso que não foi constatado nesta pesquisa, utilizan-do-se cores como o azul e o branco. Etches (1994) cita que a taxa de postura pode ser influenciada, a qualidade da casca, a eficiência alimentar e o tamanho do ovo podem ser afetados pelo regime luminoso. Estes fatores também não foram influenciados pela luminosidade nesta pesquisa, o que reafirma a viabilidade da utilização dos leds como tecnologia de iluminação.

A espessura da casca não apresentou diferenças estatísticas (p>0,05) em nenhum dos tratamentos. Alguns fatores estão associados à produção de ovos de casca fina e, consequentemente, a maior quebra dos mesmos; entre outros citam-se a idade das aves (Brooks, 1971), temperatura e umidade dentro das instalações. Dentre os fatores ambientais que levam a produção de ovos com casca fina, a temperatura ambiente e, sem dúvida, o mais importante. O ITU médio nesta pesquisa ficou próximo de 70,03, o que indica não haver maior interferência de fatores climáticos sobre a qualidade dos ovos.

A gravidade específica (tabela II) não demonstrou diferença estatística (p>0,05) em nenhumas das tecnologias empregadas, fato que assegura uma boa eficiência quanto a resistência da casca, na utilização dos leds como tecnologia de iluminação. Segundo Avila et al. (2001) é de fundamental importância a qualidade do ovo fértil produzido para incubação, sendo que vários são os fatores a serem considerados. Entre eles estão o peso do ovo e a qualidade da casca que pode ser obtida através da gravidade específica (relação peso/volume do ovo).

 

 

Quanto a unidade Haugh (tabela II), os tratamentos apresentaram resultados semelhantes, não diferenciando entre si estatisticamente (p>0,05). Segundo Cunningham et al. (1960), a composição da ração e a raça da galinha podem afetar o escore da Unidade Haugh. Outros fatores, como estação do ano e método de criação (Proudfoot, 1962) não parecem afetar o escore da Unidade Haugh, apesar de a demora na coleta dos ovos, armazenados em ambientes quentes, poder ocasionar declínio da qualidade do albúmen. Para Rossi e Pompei (1995), o tipo de criação e a estação do ano afetam a composição e a estrutura dos ovos de galinha. Este fato não foi percebido nesta pesquisa, uma vez que os ovos submetidos a análise eram frescos, e o sistema de criação e a ração foram semelhantes para todos os tratamentos.

 

Conclusões

Conclui-se, pelos resultados encontrados nesta pesquisa, que no sistema de iluminação artificial para codornas de postura pode-se utilizar, como fonte de iluminação artificial, diodos emissores de luz de qualquer cor em substituição as lâmpadas incandescentes usuais, uma vez que a qualidade dos ovos e a produção não foram afetadas pelas mudanças propostas.

Fazem-se necessários novos estudos com a tecnologia de leds de diferentes cores a fim de averiguar seus efeitos sobre a fisiologia produtiva das aves de postura.

 

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Recibido: 18-4-11
Aceptado: 23-2-12.

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