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Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob.  no.17 Murcia oct. 2009

 

 

 

Cuidados de enfermagem ao idoso com a doença de alzheimer (2003-2008)

Cuidados de enfermería al anciano enfermo de alzheimer (2003-2008)

 

 

*Leite Funchal Camacho, A.C, **Coelho, M.J.

*Doutoranda em Enfermagem. Professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estácio de Sá. Coordenadora do Núcleo Assistência de Enfermagem/Saúde do Adulto e Idoso.
**Doutora em Enfermagem Professora Adjunta da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Brasil.

 

 


RESUMO

Estudo bibliográfico e de natureza quanti-qualitativa cujos objetivos são de identificar e analisar nas principais bases de dados de referências que contemplem o cuidado de enfermagem ao idoso com a Doença de Alzheimer. A pesquisa contempla 27 referências através da busca na base de dados eletrônica da Biblioteca Virtual da Saúde e o acervo da biblioteca da EEAN/UFRJ, no período de 2003 a 2008. Dos dados coletados as referências apontam para a divulgação de suas fontes para a população e aos profissionais da saúde. Verificamos uma lacuna do conhecimento na qual as referências encontradas não especificam o cuidado de enfermagem e do próprio profissional de enfermagem. As referências exclusivamente da área da enfermagem estiveram voltadas para pesquisas de campo ou bibliográficas com o enfoque ao idoso com a Doença de Alzheimer, seus cuidadores e familiares. Não foram encontradas referências que estão preocupadas com a formação profissional da equipe de Enfermagem sobre o idoso com a Doença de Alzheimer. Entendemos que há a necessidade da realização de pesquisas contínuas voltadas para a capacitação dos profissionais de enfermagem que cuidam de idosa com a Doença de Alzheimer e orientam ativamente familiares e cuidadores.

Palavras-chave: Doença de Alzheimer; Enfermagem; Cuidados de Enfermagem.


RESUMEN

Estudio bibliográfico y de naturaleza cuantitativa y cualitativa cuyos objetivos son identificar y analizar en las principales bases de datos las referencias que contemplan los cuidados de enfermería al anciano con enfermedad de Alzheimer. La encuesta incluye 27 referencias a través de la búsqueda en la base de datos electrónica de la Biblioteca Virtual de Salud y de la colección de la biblioteca de la EEAN / UFRJ, en el período 2003 a 2008. Los datos recogidos de las referencias apuntan a la divulgación de sus fuentes a la población y profesionales de la salud. Se encontró una laguna de conocimiento en donde las referencias encontradas no especifican el cuidado de la enfermería y del propio profesional de enfermería. Las referencias dirigidas exclusivamente al área de enfermería se dirigieron a investigaciones de campo o a búsquedas bibliográficas con atención a las personas mayores con enfermedad de Alzheimer, sus cuidadores y familias. No hubo referencias que se ocupen de la formación del equipo de enfermería en los ancianos con enfermedad de Alzheimer.
Creemos que existe la necesidad de llevar a cabo la investigación dedicada a la formación continua de las enfermeras que cuidan de los ancianos con la enfermedad de Alzheimer, y guían a los cuidadores y familiares.

Palabras clave: Enfermedad de Alzheimer; Enfermería; Cuidados de Enfermería.


ABSTRACT

Bibliographic, qualitative and quantitative study, whose objectives are identifying and analyzing the main data base and references that examine the nursing care of the elderly with Alzheimer's disease. The survey includes 27 references through the search in the electronic database of the Virtual Health Library and the library collection of EEAN / UFRJ, from 2003 to 2008. The collected data of the references point at the widening of the sources of the health population and professionals. A knowledge gap was found where the references do not specify the nursing care and the nursing professional themselves. References exclusively addressed to nursing were used in scope or bibliography research with special attention to the elderly with Alzheimer's disease, care-givers and families. There were not references that deal with the training of the nursing team in the elderly with Alzheimer's disease. We believe the necessity exists for carrying out an investigation dedicated to the continuous training of nurses that give care to the elderly with Alzheimer's disease, and guide care-givers and families.


 

1. Introdução

O envelhecimento da população brasileira possui algumas tendências que se assemelham ao plano internacional. Desta forma, é verificado um aumento no contingente populacional dos idosos em virtude da baixa de natalidade, aumento da expectativa de vida, desenvolvimento de novas tecnologias que vislumbraram tratamentos que até alguns anos atrás eram impensados no que toca a uma perspectiva e um prognóstico de vida favorável para algumas enfermidades.

Verifica-se em projeções do último censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a população de 60 anos ou mais de idade no Brasil era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991.1

Em especial atenção à população idosa com a Doença de Alzheimer as projeções estimadas de previsões epidemiológicas desta enfermidade através dos dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que teremos cerca de 1 milhão e 200 mil pacientes, e existe uma incidência de 100 mil novos casos da Doença de Alzheimer por ano.i Neste aspecto o Sistema Único de Saúde (SUS) através de informações obtidas pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) conta com 707 estabelecimentos de referência para atendimento geriátrico e 26 Centros de Referência em Saúde do Adulto e do Idoso, distribuídos pelos estados e que servem de referência para o atendimento de idosos portadores da Doença de Alzheimer.2

A Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório mundial da saúde tratou em 2002 sobre a saúde mental destacando a Doença de Alzheimer (DA) como uma enfermidade degenerativa primária do cérebro. Classificou a DA como uma perturbação mental e comportamental segundo o CID-10, caracterizada pelo declínio cognitivo, como a memória, o pensamento, a compreensão, o cálculo, a linguagem, a capacidade de aprender e o discernimento.3

Destaca-se ainda a preocupação de uma educação e apoio psicológico contínua a familiares e cuidadores. Convém ressaltar que uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde é o desenvolvimento de uma legislação voltada para a saúde mental, dentre as quais a própria DA para consolidar e codificar os seus princípios fundamentais que visam garantir a dignidade dos pacientes com essa enfermidade.4

Sobre a legislação brasileira voltada para a Doença de Alzheimer destacamos a Portaria no 2.528 de 2006 que integra uma nova Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Fixa que o Ministério da Saúde deve adotar providências necessárias à revisão das Portarias no 702 de 2002, e no 249 do Serviço de Assistência à Saúde (Ministério da Saúde) de 2002. Estas Portarias criam os mecanismos de organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso, tendo como base as condições de gestão e a divisão de responsabilidades definida pela Norma Operacional de Assistência à Saúde.5

Não podemos deixar de destacar que em 2003, o Congresso Nacional aprovou e o Presidente da República sancionou o Estatuto do Idoso na Lei 10.741, elaborado com intensa participação de entidades de defesa dos interesses dos idosos. O Estatuto do Idoso amplia a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população idosa, mas não trouxe consigo meios para financiar as ações propostas na área da saúde. Destacamos o Capítulo IV do Estatuto do Idoso reza especificamente sobre o papel do Sistema Único de Saúde na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de forma integral, em todos os níveis de atenção.6

Assim, embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da população idosa seja bastante avançada, a prática e em alguns casos é inoperante e insatisfatória. A vigência do Estatuto do Idoso e seu uso como instrumento para a conquista de direitos dos idosos, a ampliação da Estratégia Saúde da Família que revela a presença de idosos e famílias em situação de grande vulnerabilidade social e a inserção ainda incipiente das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso tornaram relevante a readequação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.

Apesar dessas informações relevantes destacadas anteriormente, vemos uma preocupação governamental de capacitar os profissionais da área da saúde (dentre os quais a equipe de Enfermagem) na instrumentalização desses conhecimentos, sua divulgação e educação voltada para a saúde/qualidade de vida de pacientes, familiares e cuidadores de portadores da Doença de Alzheimer.

No entanto, para desenvolver este artigo buscamos em referências contidas nas principais bases de dados publicações no período de janeiro de 2003 a março de 2008 que tivessem informações, formação profissional e perspectivas voltadas ao idoso com a Doença de Alzheimer e a sua relação com os cuidados prestados pelos profissionais de Enfermagem. Desta forma, identificamos o seguinte objeto de estudo para desenvolvimento deste estudo: o cuidado de enfermagem ao idoso com a Doença de Alzheimer e a formação dos profissionais de enfermagem.

Desta maneira acreditamos que a comunicação para determinados grupos é uma janela de conhecimentos. Enfatizar a importância das descobertas grupais e apoiar a concretização de soluções conjuntas de problemas complexos, como os que ligam a vida e a morte. Deixar aflorar a complexidade de relações e de interações no universo da saúde envolvendo clientelas, profissionais e o mundo.7

Em consonância com este objeto de estudo traçamos os objetivos de identificar e analisar nas principais bases de dados de referências que contemplem o cuidado de enfermagem ao idoso com a Doença de Alzheimer.

A justificativa deste estudo está voltada para uma necessidade em descobrirmos nas referências como está sendo tratado o cuidado de enfermagem diante da Doença de Alzheimer.

 

2. Metodologia

Este estudo foi do tipo bibliográfico e exploratório que usou abordagem quanti-qualitativa através de base de dados eletrônicas acessadas pela Internet e na biblioteca da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Realizamos um levantamento bibliográfico de referências no período de janeiro de 2003 a março de 2008 através do acesso as bases de dados contidos na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) como a Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Medline (National Library of Medicine) e a Scielo. Além disso, a busca perpassou pela base de dados internacional PUBMED.

Foram utilizadas as seguintes palavras de busca: "Alzheimer", "Care", "Nursing", na qual as referências deveriam abordar sobre a Doença de Alzheimer em Idosos com mais de 65 anos. Foram consideradas as publicações nos idiomas inglês, francês, espanhol e português. Além disso, utilizamos como critério de seleção os artigos de livre acesso nas referidas bases de dados.

Período de coleta de dados ocorreu de 05/06 à 15/03 de 2008 durante 12 horas e 24 minutos totais, na qual foram encontrados cerca de 14 textos da base de dados Medline sendo que todos eram controlados, portanto, não fazendo estes não fizeram parte da análise. No entanto, na base de dados da Scielo foram encontrados 03 artigos dentro dos critérios estipulados com livre acesso. Na base de dados Lilacs foram encontrados cerca de 07 artigos e 01 Dissertação de Mestrado. Destas referências obtivemos livre acesso de 06 artigos. Apenas 02 referências foram controladas (01 artigo e 01 dissertação de mestrado) sendo obtidas na biblioteca da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro e por consideramos o conteúdo relevante conseguimos acessar para contemplá-los neste estudo. Na base de dados PubMed foram encontrados 21 artigos. E destes 21 artigos 16 foram de livre acesso.

Portanto, selecionamos cerca de 27 referências que contemplaram a análise de informações deste estudo. Os artigos foram catalogados e analisados buscando-se uma síntese dos mesmos através de uma tabela organizacional, onde inicialmente organizamos cada referência com o seu título, nome dos autores, titulação dos autores, tipo de publicação e abordagem metodológica, essência do conteúdo e produção de conhecimento, lacuna do conhecimento, limitações, base de dados e recomendações dos autores.

A análise quantitativa foi desenvolvida através de freqüência simples e o desenvolvimento deste estudo faz parte da tese de doutorado em enfermagem que se encontra em desenvolvimento no grupo de pesquisa Cuidar/Cuidados de Enfermagem/ Laboratório de Cuidado Hospitalar e Pré-Hospitalar da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro - BRASIL.

Para o preenchimento dessas categorias foi necessária a leitura exaustiva do MATERIAL para compreensão e o desprendimento de seus conteúdos que atendessem ao objetivo do estudo.

 

3. Resultado e análise das informações

Quanto ao ano de publicação das referências relacionadas à Doença de Alzheimer no período de janeiro de 2003 a março de 2008 encontramos 01 publicação do ano de 2008; 03 publicações do ano de 2007; 08 publicações do ano de 2006; 05 publicações do ano de 2005; 07 publicações do ano de 2004 e 03 publicações do ano de 2003.

É importante destacar que não existem referências em espanhol e francês no período estudado que seguiram as palavras de busca. No entanto, temos encontrado 11 referências no idioma da língua portuguesa e 16 no idioma em inglês.

Das 27 publicações encontradas, havia cerca de 87 autores dentre os quais 26 eram graduados em Enfermagem. Desta amostragem de enfermeiros 16 possuem a t^ u^ä o de doutor, 05 tem o título de mestre e 07 enfermeiros graduados sem a especificação de suas titulações. Não havia indicação nos autores pesquisados enfermeiros quanto a especialização e o título de PhD.

No entanto, encontramos cerca de 61 médicos graduados, na qual 16 são PhDs, 12 possuem a t^ u^ä de doutor, 11 são titulados com mestrado, 03 são especialistas e 21 médicos não especificaram suas titulações nas publicações pesquisadas.

Quanto a outras graduações encontramos 02 profissionais da área da saúde com o título de doutorado (01 fisioterapeuta e 01 assistente social), 01 profissional da saúde com o título de mestrado (01 assistente social), 02 profissionais da área da saúde com o título de especialista (02 terapeutas ocupacionais), 05 profissionais da área da saúde sem especificação de sua t^ u^ä (03 psicólogos e 02 biólogos). Não houve profissionais desse grupo da área da saúde com o título de mestre e PhD.

Sobre o tipo de método utilizado procuramos destacar por categorias de procedimentos usados, pois verificarmos que diversos autores utilizaram mais de um instrumento de coleta de dados. Portanto, nas referências encontramos cerca de 07 referências bibliográfica, 03 referências utilizaram a observação participante, 02 referências usaram dados sócio-demográficos e dados epidemiológicos, 07 referências usaram um questionário semi-estruturado em conjunção com escalas de avaliação, 03 referências usaram a entrevista aberta, 04 referências usaram o método randomizado, 01 referência usou a entrevista semi-estruturada e 04 referências não especificou o método utilizado.

Sobre a não especificação do método percebemos que na produção de trabalhos científicos existem dois aspectos a serem observados: um referente à demarcação do problema e a inserção do autor na realidade estudada; outro relaciona-se à dificuldade em utilizar um referencial teórico coerente e compatível com as perspectivas conceituais orientadoras dos estudos. Trata-se de dificuldades reais que se apresentam na elaboração do trabalho científico: a delimitação do problema e a escolha da metodologia da pesquisa.8

Sobre a abordagem usada verificamos que 10 referências utilizaram a abordagem qualitativa. Outras 10 referências também usaram a abordagem quantitativa, 01 referência não especificou e apenas 01 referência usou a abordagem quanti-qualitativa.

Sobre as pesquisas qualitativas verificamos que estas analisam o comportamento humano, do ponto de vista do ator, utilizando a observação naturalista e não controlada. Ou seja, são subjetivas e estão perto dos dados orientados ao descobrimento, ao processo e assumem uma realidade dinâmica. No entanto, as pesquisas quantitativas são orientadas à busca da magnitude e das causas dos fenômenos sociais, sem destaque para a dimensão subjetiva e utilizam procedimentos controlados. Ou seja, são objetivos e orientados aos resultados sendo replicáveis e generalizáveis.9

Outra categoria analisada nas referências foi sobre a essência do conteúdo e sua produção do conhecimento. Há 01 referência que trata sobre a forma e o entorno das modificações de expressão dos genes e como esta pode ser a causa de algumas enfermidades entre as quais a Doença de Alzheimer. Encontramos 02 referências utilizaram o mini-mental e o estilo de coping (capacidade dos idosos com Doença de Alzheimer de acessar o enfrentamento de situações ao longo de sua existência); 10 referências abordaram sobre a qualidade de vida da família e cuidadores; 01 referência trabalhou sobre a Política Nacional do Idoso na saúde do Idoso com a Doença de Alzheimer; 02 referências destacaram a visita domiciliar como relevante ao idoso com a Doença de Alzheimer; 02 referências abordaram sobre a relevância da qualidade do cuidado prestado ao idoso com Doença de Alzheimer; 02 referências destacaram sobre a prática multidisciplinar ao idoso com a Doença de Alzheimer; 01 referência abordou sobre a análise de registros médicos sobre a escabiose em idosos demenciados com a Doença de Alzheimer; 02 referência faz descrição de atividades meramente médica; 01 referência voltada ao idoso com Doença de Alzheimer através de estudos de medicamentos, 01 referência que trata sobre os estudos dos fatores de risco para o paciente com a Doença de Alzheimer.

Na categoria sobre a lacuna do conhecimento verificamos todas as referências encontradas não especificam o cuidado de enfermagem e do próprio profissional de enfermagem. Não há um destaque da equipe de enfermagem inclusive nas referências desenvolvidas por enfermeiras. Também verificamos as referências exclusivamente da área da enfermagem estiveram voltadas para pesquisas de campo ou bibliográficas com o enfoque ao idoso com a Doença de Alzheimer, seus cuidadores e familiares. Outro aspecto que vale ser ressaltado é que em termos de lacuna do conhecimento não foram encontradas referências com a formação profissional da equipe de Enfermagem sobre o idoso com a Doença de Alzheimer.

Sobre a categoria que trata das Limitações dos Estudos destacamos cerca de 03 referências que não fazem aprofundamento científico acerca do procedimento metodológico e seu conteúdo científico; 08 referências fazem uma visualização de sua temática voltada somente para os cuidadores de idosos com Alzheimer; 05 referências tiveram um quantitativo de sujeitos insuficiente como amostragem; 06 referências da área da Enfermagem não destacam sua atividade profissional; 03 referências com sua abordagem voltada exclusivamente ao Idoso com a Doença de Alzheimer e 02 referências com sua abordagem voltada exclusivamente a testagem de medicações.

Na categoria referente as recomendações dos autores verificamos 08 recomendações voltadas para cuidadores (familiares e o cuidador formal); 07 recomendações voltadas para atividades médicas; 07 recomendações voltada para atividades da equipe multidisciplinar e 05 recomendações voltadas para o cuidado de enfermagem ao idoso com a Doença de Alzheimer tais como atividades que visem melhorar o status mental e físico dos pacientes, prevenção de quedas e uso de dispositivos protetores, além da prevenção de suas complicações para os pacientes acamados.

A análise destas tendências nos permitiu entender que o direcionamento das referências estudadas estiveram voltadas para o paciente com a Doença de Alzheimer, sua família e seus cuidadores. Apesar de verificarmos limitações próprias das referências, tornaram-se preponderantes o direcionamento específico sobre o idoso com a Doença de Alzheimer aos profissionais de enfermagem que estão participando ativamente dos cuidados e orientações nos grupo de apoio. É uma tarefa árdua que irá necessitar de uma postura reflexiva na busca de novos conhecimentos e estudos sobre a Doença de Alzheimer para o desenvolvimento da Enfermagem geriátrica e gerontológica.

 

4. Considerações finais

Através da identificação e analise nas principais bases de dados, referências que contemplem a relevância da capacitação dos profissionais de enfermagem voltados ao idoso com a Doença de Alzheimer e a sua relação com os cuidados de enfermagem, verificamos uma preocupação no sentido de divulgar a evolução da Doença de Alzheimer e a atenção a familiares e cuidadores. Tal fato é corroborado pelos dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Departamento de Tecnologia de Informação do Sistema Único de Saúde, a Organização Mundial de Saúde e das próprias políticas de saúde brasileira voltadas para o idoso com a Doença de Alzheimer.

As propostas destas fontes fidedignas apontam para a sua divulgação à população, bem como aos profissionais da área da saúde como um todo. Um outro aspecto a ser destacado é que não há um programa de capacitação direcionamento aos profissionais da área da saúde e em especial a equipe de enfermagem para o acompanhamento e o cuidado de enfermagem ao idoso com a Doença de Alzheimer onde estes são específicos e distintos e necessitam de uma tecnologia em sua composição.

Detectamos que as referências estudadas não destacam a formação e a capacitação da equipe de enfermagem para o cuidado de enfermagem ao idoso com Doença de Alzheimer.

Além disso, destacamos a limitação das referências neste sentido porque algumas não especificaram dados referentes aos procedimentos metodológicos dos estudos, não denotaram a titulação específica de seus autores e em referências o quantitativo dos sujeitos utilizados não foram representativos em detrimento de seus procedimentos metodológicos usados.

Entendemos que há a necessidade da realização de pesquisas contínuas assim como publicações em periódicos de grande circulação voltadas para o preparo e capacitação dos profissionais de enfermagem em todos os níveis que cuidam de idosa com a Doença de Alzheimer e orientam nos grupos de apoio e nas consultas de enfermagem familiares e cuidadores dessa clientela. É fundamental essa recomendação, pois a cada ano, o número de atendimentos aos idosos com o diagnóstico provável dessa enfermidade aumenta numa incidência de 100 mil novos casos por ano, sendo necessária um direcionamento específico na construção de conhecimentos da enfermagem com cuidados novos e renovados.

 

5. Referencias

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