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Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.13 no.36 Murcia oct. 2014

 

DOCENCIA E INVESTIGACIÓN

 

Absenteísmo na equipe de enfermagem no ambiente hospitalar

Absentismo en el equipo de enfermería en el ambiente hospitalario

Absenteeism in nursing team environment in hospital

 

 

Trindade, Leticia de Lima*; Grisa, Caroline Camillo**; Ostrovski, Vanessa Paula**; Adamy, Edlamar Kátia**; Ferraz, Lucimare*; Amestoy, Simone Coelho*** e Bordignon, Maiara**

*Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Universidade da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). E-mail: letrindade@hotmail.com
**Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC),
***Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Brasil.

 

 


RESUMO

O estudo analisou as causas de absenteísmo entre a equipe de enfermagem de um hospital público. Trata-se de um estudo descritivo quantitativo, realizado junto ao banco de registros de absenteísmo da instituição investigada, analisados com auxílio do Software SPSS. O período noturno prevaleceu nos registros. Identificaram-se 405 doenças associadas aos afastamentos, com maior incidência as doenças do trato digestório, osteomuscular, oftamológico e psíquico. Houve associação entre função e tempo de afastamento, com maior propensão dos técnicos de enfermagem. Identificou-se a relação entre absenteísmo, perfil dos trabalhadores, condições e o objeto de trabalho.

Palavras chave: Enfermagem; Absenteísmo; Saúde do Trabalhador; Equipe de Enfermagem.


RESUMEN

El estudio examinó las causas de absentismo entre el personal de enfermería de un hospital público. Se trata de un estudio descriptivo cuantitativo, realizado en el banco de registros de la institución investigada, analizados utilizando el software SPSS. El periodo nocturno se impuso en los registros. Se identificaron 405 enfermedades asociadas con los alejamientos, con mayor incidencia las enfermedades del tracto digestivo, locomotor, oftalmológico y mental. Se observó una asociación entre la función y el tiempo de alejamiento, con mayor propensión de los técnicos de enfermería. Se identificó la relación entre absentismo, perfil de e los trabajadores, condiciones y objeto de trabajo.

Palabras clave: Enfermería; Absentismo; Salud ocupacional; equipo de Enfermería.


ABSTRACT

The study examined the causes of absenteeism among the nursing staff of a public hospital. This is a quantitative descriptive study, conducted by the bank records of absenteeism institution investigated, analyzed using the SPSS software. The nighttime prevailed in the records. We identified 405 diseases associated with sickness, with the highest incidence of diseases of the digestive tract, musculoskeletal, ophthalmologic and mental. There was an association between function and clearance time, greater willingness of nursing technicians. The relationship between absenteeism profile of workers, working conditions and the object was identified.

Key words: Nursing; Absenteeism; Occupational Health; Nursing Team.


 

Introdução

A palavra "absenteísmo" tem sua origem no francês (absentéisme) e significa falta de assiduidade ao trabalho ou a outras obrigações sociais. Podem ser diversas as causas desencadeantes da abstenção do trabalho, entre elas: problemas de saúde, doenças ou acidentes do trabalho, problemas de saúde em pessoas da família, gestação e parto, casamento, entre outros Dessa forma, o absenteísmo pode ser compreendido como uma conseqüência dos problemas existentes na relação trabalho e trabalhador.

Dentre os setores da sociedade de interesse destaca-se o setor saúde, com foco nos trabalhadores que compõem a equipe de enfermagem, por representarem o maior contingente da força de trabalho dos estabelecimentos de saúde, em especial os hospitais, responsabilizando-se por diversos aspectos da assistência e gestão nas 24 horas. Por isso, esse grupo de trabalhadores está mais exposto e dependente das condições e do ambiente de trabalho.

O absenteísmo é um fator causador de problemas para a equipe de enfermagem, visto que abrange a ausência de um profissional na equipe, sobrecarregando o trabalho dos demais, exigindo um ritmo mais acelerado e responsabilizando-o por um volume maior de trabalho. Essa sobrecarga poderá prejudicar a saúde do trabalhador, ocasionando desgaste físico, psicológico e social(2).

A pesquisa analisou as causas do absenteísmo entre a equipe de enfermagem de um hospital público na Região Oeste de Santa Catarina, e ainda, buscou conhecer o perfil do grupo populacional em que mais ocorre o absenteísmo na realidade investigada.

O cenário foi intencionalmente escolhido por ser um importante campo de práticas das instituições formadoras e referência em assistência hospitalar geral para aproximadamente 105 municípios da Região.

 

Material e métodos

Trata-se de um estudo descritivo quantitativo, realizado junto a um hospital público, localizado na Região Oeste de Santa Catarina.

O hospital público investigado possui 287 leitos ativos e presta serviços para aproximadamente 105 municípios, que abrangem a Região Oeste de Santa Catarina, alguns municípios do Paraná e Rio Grande do Sul. A equipe de enfermagem deste Hospital é composta por 458 profissionais, destes 367 são técnicos de enfermagem, 63 enfermeiros e 28 auxiliares de enfermagem. Além disso, é cenário das práticas de curso da área de saúde de no mínimo três instituições superiores de ensino, públicas e privadas.

Os dados foram coletados junto ao banco de registro de absenteísmo do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da instituição. Foram analisados no período de dois anos (2010-2011), o número de dias de afastamento, as causas, o perfil dos trabalhadores, o setor e turno de trabalho dos absenteístas. Para coleta de dados foi solicitada a assinatura do termo de autorização do responsável legal pelos mesmos. A coleta de dados foi realizada no período de março de 2013.

Para análise dos dados foram utilizados testes estatísticos descritivos e analíticos (Teste T de Student, Qui-quadrado e correlação). Para melhor organização e análise dos dados foi utilizado o programa Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 19.1.

A pesquisa seguiu todos os preceitos éticos preconizados pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, foi submetida e avaliada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina sob o número 75739.

 

Resultados

A partir dos achados emergiram duas categorias, a primeira representa o perfil dos trabalhadores absenteístas, e a segunda refere-se às principais causas do absenteísmo na equipe de enfermagem.

Perfil dos profissionais de enfermagem absenteístas

No primeiro momento da coleta de dados o número total de absenteístas constitui-se de 1.386 sujeitos, correspondendo a 121 enfermeiros, 1.242 técnicos de enfermagem e 15 auxiliares de enfermagem. Após analisadas todas as variáveis, oito (08) registros foram excluídos por falta de dados necessários à referente pesquisa, compondo assim uma amostra final de 1.378 profissionais absenteístas.

Entre os sujeitos pesquisados predominou o sexo feminino (94,1%), contudo, estatisticamente, o sexo na população estudada não influenciou o absenteísmo. Dados quanto ao tempo de atuação mostraram uma grande variação, desde alguns meses até 23 anos de trabalho na instituição. Sendo que a média de atuação foi de aproximadamente sete (7) anos.

Com relação à faixa etária predominaram profissionais com idades que variam de 19 até 61 anos, sendo a média de 36 anos de idade, com um desvio padrão de 7,527 anos.

Na análise entre as variáveis do perfil e o absenteísmo, identificou-se relação entre a variável categoria profissional e taxa de absenteísmo (p>0,000) com um intervalo de confiança de 74,7%. Os técnicos de enfermagem mostraram maior propensão ao adoecimento e afastamento. Esses profissionais obtiveram o maior número de registro de faltas (técnicos de enfermagem-90,1% dos registros; enfermeiros-8,8% e auxiliares de enfermagem-1,1%).

A relação causa de adoecimento e função não obteve associação matemática (p>0,944), o que não permite identificar um grupo de doenças a que estão mais propensos estes profissionais.

Causas do absenteísmo na equipe de enfermagem

Quanto à distribuição do absenteísmo do total de registro de faltas, verificou-se que em 2010 ocorreram 606 faltas ao trabalho, representando 44% do total. Já no ano de 2011 houve um aumento de 12% em relação ao ano de 2010. Entretanto, a distribuição do absenteísmo nos dois anos estudados não permite fazer afirmações quanto ao aumento ou redução do fenômeno na população estudada, sendo essa uma das limitações da pesquisa.

Quanto ao turno de trabalho, a maioria das faltas ocorreu no período noturno (39,4%), seguido do turno matutino (24,1%), vespertino (20,9%) e dos trabalhadores que exercem atividades no horário comercial (11,9%).

Ainda, o estudo buscou observar a distribuição do absenteísmo nos meses estudados. Os registros sugerem uma maior incidência de ausências no período de outono-inverno.

A pesquisa permitiu ainda mensurar o tempo de afastamento dos trabalhadores, o qual variou desde algumas horas até 180 dias, com média de 8,47 dias e desvio padrão de 21,95 dias. Conforme o quantitativo de trabalhadores e registros de afastamento, a média de dias de ausência foi de três dias por trabalhador de enfermagem. O afastamento por apenas um dia obteve o maior registro (30,9% dos casos).

Dentre os 1.378 sujeitos estudados foram encontrados 405 doenças, com destaque para as doenças infecciosas e parasitárias, entre elas as intoxicações alimentares bacterianas, as diarréias e gastroenterites de origem infecciosa, totalizando 4% do total de causas de absenteísmo.

A dorsalgia (Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo) alcançou uma taxa de 2,8% dos profissionais que se ausentaram do trabalho, e a esclerite e episclerite alcançaram 2% dos registros.

Também, destacaram-se entre a diversidade de patologias que acometeram a equipe de enfermagem no cenário investigado, os episódios depressivos (1,8%).

 

Discussões

O perfil dos profissionais absenteístas revelou o predomínio de ausência no trabalho entre os técnicos de enfermagem, do sexo feminino, adulto jovem, com tempo médio de atuação na instituição.

O sexo e a categoria profissional, em parte se justificam pelo perfil da equipe de enfermagem no Brasil e no mundo. Quanto ao tempo de atuação, observou-se que o exercício profissional contínuo na assistência de enfermagem ao longo dos anos, pode causar desgaste físico e mental do cuidador, gerando ausências por adoecimento(3). Entende-se que o tempo de atuação e as condições de trabalho são decisivos para o adoecimento e absenteísmo.

Os achados revelaram o predomínio de adultos jovens na equipe de enfermagem com registro de absenteísmo, contudo, os extremos de idades também foram identificados. Um estudo verificou que quanto mais jovem o indivíduo for, mais propenso ao estresse e adoecimento no ambiente de trabalho, especialmente devido ao hiato entre as expectativas do sujeito no início da carreia e a realidade encontrada(4).

Outros pesquisadores ponderam que a prevalência do absenteísmo nesta faixa etária deve-se ao fato de que a maioria dos profissionais de enfermagem é do sexo feminino, em idade fértil, sujeitas a engravidar, a maiores índices de ausência no trabalho por complicações da gravidez e do puerpério, além da sobrecarga com cuidados à família, filhos e afazeres domésticos(5).

A análise estatística revelou que os técnicos de enfermagem mostraram maior propensão ao adoecimento e afastamento. Estes representam o maior contingente populacional da equipe de enfermagem. Entende-se que, frequentemente, suas atividades exigem mais esforço físico e ritmo intenso, e por vezes, estão mais propensos a desenvolverem problemas de saúde. A redução gradual dos auxiliares de enfermagem justifica o menor número desses trabalhadores nos hospitais, bem como, no registro de ausências.

As limitações em relação à associação entre as causas de adoecimento e sua relação com a função, revelaram a necessidade de acompanhamento mais frequente destes trabalhadores e para importância de estudo com esse objeto de investigação.

Os trabalhadores de enfermagem, especialmente os técnicos, estão expostos às condições precárias de trabalho, como longas jornadas, turnos desgastantes incluindo domingos e feriados, pluralidade e repetitividade de funções, ritmo excessivo de trabalho, estresse e esforços físicos, entre outros, que podem desencadear acidentes e agravos à saúde(1,6).

A literatura menciona a menor propensão ao absenteísmo entre os enfermeiros, devido ao maior número de responsabilidades e exigências quanto à qualificação. Além disso, a natureza de suas responsabilidades, por vezes os distancia do cuidado, o qual eleva o risco de contaminação biológica, acarretando em menores índices de morbidade e mortalidade e paralelamente afastamentos(7).

Outra condição confrontada pelos trabalhadores de enfermagem, independente do seu grau de qualificação, são as várias mudanças advindas das novas tecnologias(78). A complexidade das novas tecnologias e a dificuldade de apropriação das mesmas origina o aumento da carga de trabalho no momento de sua implantação, mas reduz a carga após sua correta apropriação(8).

E relação ao turno de atuação da equipe de enfermagem, pesquisas discutem a relação trabalho noturno e adoecimento destes profissionais. Parte dos estudos sinaliza que nos hospitais há uma grande procura pelo trabalho da enfermagem no período noturno. Isto está relacionado a interesses financeiros, pois atividades laborais neste período fornecem adicionais, e também devido à necessidade de conciliar atividades de ensino, vida pessoal e outros empregos(7,9-10).

Entretanto, o trabalho noturno provoca importantes prejuízos, que variam desde mudanças nos ritmos biológicos até conflitos no meio familiar e social, sendo considerada uma das formas mais desgastantes de exercer o trabalho(11-12).

Nesse sentido, pondera-se a necessidade de regulamentação e controle da duração da jornada de trabalho, o período de folga preconizado conforme jornada, primar por pausas periódicas, alimentação e vestimentas adequadas para o trabalho, bem como, pelo acompanhamento das condições de saúde dos trabalhadores, com observação da singularidade de cada sujeito, especificidades do turno e do setor de atividade. O trabalhador também deve atentar para os riscos advindos do duplo vínculo empregatício.

Também foi observado na pesquisa maior distribuição do absenteísmo no período de outono-inverno. Cabe informar, que o cenário da investigação encontra-se no Sul do Brasil, o qual apresenta marcadamente as características das quatro estações do ano.

Acredita-se que os fatores relacionados à sazonalidade influenciam na elevação do índice de adoecimento, agravado pelas características climáticas da região e às mudanças de estação. Nesse sentido, medidas como melhor climatização do ambiente, ventilação e higienização, assim como, cuidados com a alimentação, se mostram importantes.

A pesquisa permitiu ainda mensurar o tempo de afastamento (em dias) dos trabalhadores, com grandes variações, indiciando significativos prejuízos financeiros às instituições, à assistência da equipe de enfermagem e ao próprio trabalhador.

Ressalta-se que no Brasil atestados com necessidade de apenas um ou dois dias de afastamento dispensam perícia médica. Isso, em alguns casos pode induzir o trabalhador a voltar para atividades laborais, mesmo sem ter re-estabelecido seu estado de saúde.

Políticas institucionais que concedam periodicamente e planejadamente dias de folga remunerada aos trabalhadores podem se mostrar economicamente interessantes, uma vez que favorecem a satisfação profissional e podem repercutir na redução do absenteísmo.

Por fim, foram analisadas as doenças que levaram ao afastamento, utilizando-se como referência a Classificação Internacional de Doenças (CID)(13).

Destacaram-se as doenças infecciosas e parasitárias, entre elas as intoxicações alimentares bacterianas, as diarréias e gastroenterites de origem infecciosa, as quais são consideradas patologias evitáveis. Estas podem estar associadas ao desgaste profissional, que desfavorece o autocuidado.

Na maioria dos casos o aparecimento da sintomatologia e o desenvolvimento da doença estão relacionados à ingestão de alimentos ou água contaminada com microorganismos patogênicos e/ou suas toxinas. A ocorrência dessas patologias sugere a fragilidade na higiene das mãos entre os profissionais, que elevam os riscos a sua saúde e dos usuários de saúde sob seus cuidados(12).

Com relação à dorsalgia a Organização Mundial da Saúde estima que para o ano de 2015 esta será uma das causas que mais gerará gastos na saúde. Algumas das características dessa classe de doenças são a dor e a incapacidade funcional em alguma parte do aparelho locomotor(14). Esta aparece também em outros estudos como uma das principais causas de absenteísmo, associadas principalmente à manipulação de peso e à adoção de posturas inadequadas, sendo agravadas pelas cargas psíquicas(15). As doenças osteomusculares estão associadas às horas extras, ritmo de trabalho e condições de trabalho (mobílias inadequadas, iluminação insuficiente).

Já as infecções das vias aéreas superiores podem ser amenizadas com medidas voltadas a não exposição do trabalhador aos fatores de risco, entre elas destacam-se as medidas de higiene e segurança (ventilação, manutenção de condições ambientais, uso correto dos equipamentos de proteção individual, entre outras).

A esclerite e episclerite também acometeram os trabalhadores. Estas são doenças de caráter inflamatório, geralmente benignas, autolimitadas, as quais, assim como outras doenças ocupacionais, resgatam a importância da vigilância dos ambientes e das condições de trabalho(14).

Por fim evidenciou-se o sofrimento mental dos profissionais de enfermagem, a partir dos casos de depressão. Entre os fatores associados, a literatura destaca a escassez de tempo, os problemas na relação interpessoal, o estresse laboral crônico e as condições de trabalho(5,15).

Em conjunto, as causas de adoecimento retoma a necessidade de investimentos diversos para melhorar as condições e relações de trabalho, implementar medidas de proteção coletiva e individual, reduzir os riscos e cargas de trabalho, bem como, promover o diálogo entre os atores envolvidos no processo de trabalho.

 

Considerações finais

O estudo permitiu identificar que o absenteísmo na equipe de enfermagem se distribui de forma complexa, mas envolve aspectos relacionados especialmente às condições de trabalho, perfil e singularidades dos trabalhadores.

Os achados sinalizam para a necessidade de regulamentação e controle da duração da jornada de trabalho, o período de folga preconizado conforme jornada de trabalho, de primar por pausas periódicas no local de trabalho, alimentação e vestimentas adequadas para o trabalho, além do acompanhamento das condições de saúde dos trabalhadores, com observação da singularidade de cada sujeito, especificidades do turno e do setor de atividade.

Políticas institucionais que concedam periodicamente e planejadamente dias de folga remunerada aos trabalhadores podem se mostrar economicamente interessantes e algumas estratégias como adequação do ambiente laboral e promoção da satisfação profissional podem fomentar a qualidade da assistência e de vida dos profissionais.

A sensibilização quanto aos cuidados com a higiene e características do trabalho do turno, também traz reflexões importantes. Estes aspectos reforçam a relevância deste estudo e da realização de outros, com vistas a fomentar estratégias que promovam a qualidade de vida da equipe de enfermagem no ambiente hospitalar.

 

Referências

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