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Enfermería Global

versión On-line ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.17 no.52 Murcia oct. 2018  Epub 01-Oct-2018

https://dx.doi.org/10.6018/eglobal.17.4.319491 

Revisões

Intervenções de enfermagem na dermatite associada à incontinência-revisão integrativa da literatura

Helena Maria de Sousa Lopes Reis do Arco1  , Arminda Mendes da Costa2  , Bárbara Machado Gomes3  , Nuno Miguel Rosa Anacleto Anacleto3  , Rosa Alice Jorge da Silva4  , Sofia Carvalho Peixe da Fonseca3 

1 PhD, IPP-Portugal; CICS. NOVA. UÉvora Portugal. helenarco@ipportalegre.pt

2 PhD, Professor Coordinator. ICBAS. Retired. Portugal

3 RN, Centro Social e Paroquial de São Tiago - Urra: Unidade de Convalescença e Unidade de Longa Duração e Manutenção, Portugal

4 RN, Santa Casa da Misericórdia de Alter do Chão: Unidade de Média Duração e Reabilitação e Unidade de Longa Duração e Manutenção, Portugal

RESUMO:

Introdução:

A dermatite associada à incontinência define-se como o dano da pele associado à exposição de urina e/ou fezes. É caracterizada por um tipo de dermatite irritativa de contacto que causa grande desconforto e dor, sendo de difícil tratamento, prolongado e caro. O objetivo principal passa por identificar intervenções a adotar na prevenção, gestão e tratamento da dermatite associada à incontinência.

Método:

O método utilizado foi a revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados estabelecidas: EBSCO Host Web - CINAHL Plus, MEDLINE e BOn, utilizando os descritores “nurse”, “nurse care” e “incontinence associated dermatitis”, auxiliando a pesquisa com o caracter booleano “and”. A questão central desta revisão foi: “Quais os cuidados de enfermagem mais adequados à dermatite associada à incontinência?”.

Resultados:

Foram selecionados onze artigos, cujos resultados foram agrupados em três dimensões: I. a primeira apresenta-nos a caracterização da dermatite associada à incontinência efetuada em torno de duas categorias (definição de dermatite associada à incontinência e diferenciação de dermatite associada à incontinência/úlcera por pressão), II. relacionada com as questões do diagnóstico e avaliação e III. sobre as intervenções adequadas a uma prestação de cuidados com qualidade e que se subdividiu em três categorias (prevenção, tratamento, ensino e formação).

Conclusão:

A natureza compreensiva da revisão integrativa revelou-nos a necessidade de investimento na formação e adoção de uma prática baseada na evidência, que nos leve a uma prestação de cuidados de enfermagem de qualidade superior.

Palavras-chave: Pele; cuidados de enfermagem; dermatite associada à incontinência

INTRODUÇÃO

A incontinência é uma condição comum, incómoda e potencialmente incapacitante na população geriátrica. A sua prevalência é superior em instalações de cuidados com internamentos prolongados e em utentes que recebem cuidados de longa duração no domicílio, sendo também um dos principais motivos de institucionalização. Por vezes, as pessoas têm relutância em discutir o assunto por considerarem que a incontinência faz parte do processo de envelhecimento1 .

Pelas implicações decorrentes desta situação, a Wound Ostomy and Continence Nurses Society2 e as várias edições do International Consultation on Incontinence3 , nomeadamente Abrams et al (2013), mencionam ininterruptamente a necessidade de intervenção.

A incontinência pode ser urinária, fecal ou mista. Existem vários tipos de incontinência urinária, com diferentes origens, sendo as mais comuns a de stress, urgência, extravasamento e funcional1 . Perceber a tipologia é crucial para planificar o tratamento.

Certo é que a incontinência afeta muitas pessoas especialmente em faixas etárias mais elevadas, necessitando de cuidados adequados onde o tratamento e a intervenção carece de uma avaliação e diagnóstico eficaz.

A determinação da função comprometida, efetuando a diferenciação física e/ou cognitiva é imperativa para se poder planear as intervenções, devendo ser implementadas estratégias para promover a continência enquanto os fatores condicionantes não são debelados4)(5 .

As intervenções poderão ser desenvolvidas em várias dimensões como educação para a saúde com mudança de hábitos e estilos de vida, suporte psicoemocional e tratamento comportamental, sendo a pessoa acompanhada por uma equipa interdisciplinar onde se inclui a sistematização da assistência de enfermagem. Durante o acompanhamento, dever-se-á ainda averiguar a existência dos inúmeros mitos associados aceites pela comunidade, muitos deles relacionados com a alimentação, predominando a falácia da diminuição da ingestão de líquidos para resolver o problema, originando irritação da bexiga, aumentado assim a probabilidade de risco de infeção. Por outro lado não devemos ser alheios ao facto da ingestão de alimentos com cafeina, bebidas gaseificadas, comida picante e ácidos do sumo de alguns frutos, atuarem como irritantes vesicais, aumentando a probabilidade de ocorrência de perdas involuntárias de urina, com todas as consequências que dai advêm4)(5)(6 .

Um dos efeitos colaterais poderá ser o aparecimento de problemas de pele, como as dermatites associadas à incontinência (DAI) e úlceras por pressão (UPP)1)(6 .

A DAI é uma inflamação da pele que ocorre quando urina e/ou fezes entram em contacto com a mesma. A humidade associada aos danos da pele pode tornar-se um problema pela elevação do pH. Manifesta-se através da apresentação de sinais de dermatite como eritema, edema e flictenas na região nadegueira, causando dor, e podendo inclusive vir a ocorrer infeções fúngicas, bacterianas ou alérgicas6 .

A DAI está documentada na prática clínica como um problema atual e persistente que é, muitas vezes, incorretamente diagnosticado e confundido com UPP.

Diversos fatores interagem de forma sinérgica para causar lesões de pele iatrogénicas. Tal situação tem implicações para os utentes, através do aumento da dor e sofrimento, como para o sistema de saúde, através do aumento dos custos e duração do internamento hospitalar. Os elementos estruturais do sistema de saúde interagem e podem afetar estes resultados, um bom exemplo é a introdução de incentivos financeiros para a prevenção de UPP7 .

A mudança de paradigma para uma apreciação da vulnerabilidade da integridade da pele nos utentes, tendo particular atenção no idoso, é o caminho mais eficaz para enfrentar os desafios que os sistemas de saúde enfrentam. Uma abordagem abrangente e inovadora de segurança é essencial para lidar com o aumento da idade e complexidade do utente, aumento dos desafios fiscais e a expectativa fundamental de que os cuidados de saúde são seguros.

Manter a integridade da pele dos utentes é uma prioridade e um desafio para os profissionais de saúde, tendo os enfermeiros um importante papel. A estrutura e o processo pelo qual os cuidados de enfermagem são prestados podem influenciar os resultados, havendo para tal necessidade de evidência científica disponível, no intuito de colmatar lacunas na prestação de cuidados e na identificação de fatores de risco. Será ainda crucial o desenvolvimento de uma estratégia de prevenção, tratamento e gestão para que os cuidados possam ser melhorados e consequentemente a qualidade de vida dos utentes3)(5)(6 .

Sustentados nesta inquietude, propusemo-nos efetuar uma revisão da literatura tendo como objetivo principal, identificar intervenções a adotar na prevenção, gestão e tratamento da dermatite associada à incontinência.

MÉTODO

Foi desenvolvida uma revisão integrativa, por se tratar de uma forma de pesquisa que utiliza diversas fontes de informação bibliográfica para obter resultados e referências de variados autores, com o objetivo de fundamentar teórica e cientificamente um determinado tema através da síntese do conhecimento e a incorporação dos resultados dos trabalhos encontrados. A revisão foi guiada por um conjunto de critérios bem definidos para a recolha de dados, análise e apresentação de resultados, sustentando o processo de tomada de decisão em saúde e os fenómenos que nele interferem8),(9 , nomeadamente: 1) Identificação do problema e formulação da questão central/hipótese de pesquisa como ponto de partida da mesma (formulação da pergunta PICO); 2) Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos, artigos ou guidelines; 3) Seleção do fenómeno de interesse a extrair da pesquisa estabelecida; 4) Avaliação da literatura recolhida; 5) Interpretação dos resultados; 6) Síntese e apresentação dos resultados obtidos.

Com o objetivo de obter uma maior conformidade na pesquisa e seleção da literatura pretendida foram definidos dois revisores com experiência académica e científica no tema, que se reuniram de forma a identificar e formalizar a análise pretendida.

Após reflexão e discussão sobre a temática de pesquisa, formulou-se a pergunta central desta revisão: Quais os cuidados de enfermagem mais adequados à da dermatite associada à incontinência?.

Ancorados na pergunta central, emergiram as palavras de pesquisa “nurse”, “nurse care” e “incontinence associated dermatitis”, auxiliando a pesquisa com o caracter booleano “and”, combinando assim as diversas palavras estabelecidas. Estas palavras tiveram em conta as bases de indexação e os descritores MeSH. A pesquisa bibliográfica foi efetuada entre Março e Maio de 2017, usando estudos em língua Inglesa e Espanhola, oriundos de fontes primárias. As bases de dados estabelecidas foram a EBSCO Host Web: CINAHL Plus, MEDLINE e BOn. Como critérios de inclusão estabelecemos: idosos e adultos e cuidados de enfermagem à pessoa com dermatite associada à incontinência. Os critérios de exclusão estabelecidos são: crianças e cuidados de enfermagem em outros tipos de dermatites.

A exclusão foi feita então com base no título/resumo/critérios de pesquisa. O intervalo temporal selecionado foi entre 2007 a 2017, excluindo-se automaticamente todos os artigos anteriores a este intervalo. Os artigos duplicados foram igualmente eliminados.

Da pesquisa bibliográfica inicial foram identificados setenta e três artigos, trinta e seis foram excluídos pelo título, resumo ou por não se ajustarem aos critérios de pesquisa estabelecidos e dezasseis estavam repetidos, tendo sido selecionados para posterior leitura vinte e um. Além dos vinte e um artigos oriundos da pesquisa inicial, também surge um artigo obtido por referência, obtendo-se vinte e dois no conjunto final para análise (Figura 1 ).

Figura 1 Fluxograma do processo de seleção dos artigos 

Na realização deste artigo, foram observadas as questões éticas relacionadas com os princípios da integridade académica, fazendo citações e referências, no respeito pela fidelidade ao autor10 .

RESULTADOS

Os 22 artigos apurados foram posteriormente avaliados de acordo com a viabilidade, adequação e significância, determinando-se o nível de evidência11),(12 .

Após a leitura completa e exaustiva apenas onze foram selecionados para a obtenção de resultados, com duas referências de nível II, uma de nível V e oito de nível VII (Figura 2 ).

Figura 2 Características dos artigos selecionados 

Os resultados resultam da análise de conteúdo efetuada aos onze artigos selecionados, tendo emergido três dimensões: Uma primeira que nos dá conta da caracterização da DAI efetuada em torno de duas categorias: Definição de dermatite associada à incontinência (A13), B14 , C15 , D16 , F18 , H20 , I21 , K23 ) e Diferenciação de DAI/UPP (A13), B14 , K23 ), a segunda relacionada com as questões do Diagnóstico e Avaliação (A13), B14 , C15 , D16 , I21)) e uma terceira relacionada com as Intervenções adequadas a uma prestação de cuidados com qualidade e que se subdividiu em três categorias: Prevenção (C15 , E17 , G19 , I21 , J22 ); Tratamento (B14 , D16 , I21 ) e Ensino e Formação (F18 , G19 , I21 , K23 ).

DISCUSSÃO

Definição de dermatite associada à incontinência

A definição e caracterização da dermatite associada à incontinência estava presente na maioria dos artigos analisados, sendo descrita como um distúrbio comum visível e que pode ser considerado como um tipo de dermatite de contato que ocorre em utentes com incontinência urinária (IU) e/ou fecal. É geralmente caracterizada por uma inflamação da pele que ocorre quando a urina ou as fezes entram em contacto com a zona perineal, por vezes associada a eritema, dor e sintomas dermatológicos incómodos, causando um desconforto significativo e interferindo na qualidade de vida. Relativamente à prevalência, três dos artigos debruçavam-se sobre a prevalência da DAI, indicando que nos idosos Japoneses14 , com incontinência, que usavam fralda ou pensos absorventes, a prevalência de DAI foi de 17%. Voegeli15 , afirma que a prevalência de DAI varia de 5,6% a 50%, sendo mais alta quando existe incontinência fecal. Refere ainda ser bastante comum, não sendo de surpreender que seja reportada por todo o mundo como um problema bastante significativo, pois dado o grande número de pessoas afetadas, a prevenção e a gestão de DAI apresentam um encargo financeiro significativo para os sistemas de saúde. Também Payne22 , refere que a IU afeta mais de 6 milhões de pessoas no Reino Unido e cerca de 1% dos adultos tem incontinência fecal, sendo a DAI muito comum em pessoas que usam medidas de contenção (cuecas absorventes, pensos ou fraldas), causando desconforto pelos danos causados na pele. A este respeito também, Beeckman et. al13 aludem que utentes com incontinência fecal e incontinência urinária estão em risco mais elevado do que aqueles que somente têm incontinência urinária.

Diferenciação de dermatite associada à incontinência/úlcera por pressão

Outra categoria emergente nesta dimensão foi a necessidade de ser efetuada a diferenciação entre dermatite associada à incontinência e úlcera por pressão.

Tais resultados vêm corroborar outros estudos já efetuados como os de Holroyd24 e Campbell, Coyer, & Osborne25 . Isto porque alguns fatores de risco das UPP também são citados como fatores de risco de outras lesões de pele iatrogénicas, como a DAI. Este facto deve-se pela resposta às forças potencialmente nocivas que atuam sobre a pele, ser altamente influenciada pela tolerância dos tecidos e ser única para cada indivíduo, estando este fator ligado a qualquer lesão de pele iatrogénica.

Também na revisão que aqui apresentamos, três dos artigos integram unidades de registo nesta categoria. Começando pelo facto da incontinência ser um fator de risco para úlceras por pressão, mas a DAI poder ocorrer na ausência de qualquer outro fator e vice-versa, pois a humidade está associada a um maior coeficiente de fricção, diminuindo a tolerância dos tecidos à pressão13 . No artigo de Sugama, Sanada, Shigeta, Nakagami e Konya14 , estes assumem em simultâneo que a DAI pode aumentar o risco de úlcera por pressão, uma vez que a debilidade da pele aumenta a suscetibilidade à fricção e à pressão. Salientam ainda que as lesões de humidade são complexas de distinguir de úlceras por pressão nos seus primeiros estádios. No intuito da distinção, é salientado, por exemplo, que as UPP costumam apresentar-se como uma lesão única, circular e simétrica sobre uma proeminência óssea e com bordos bem definidos. Por outro lado, as lesões por humidade podem ter uma forma irregular, com bordos mal definidos, surgindo frequentemente no tecido adiposo das nádegas, períneo, parte interna das coxas, escroto e vulva. A diferenciação de ambas é importante não só para a seleção de um plano de intervenção apropriado como para reportar adequadamente a incidência de UPP. Os autores salientam a importância da obtenção de uma história correta para determinação da etiologia subjacente à lesão. Alertam ainda para a necessidade de serem implementadas ferramentas validadas de observação das lesões por humidade para evitar a confusão, diagnósticos errados e tratamentos ou medidas preventivas inadequadas. Jacobson, Wright23 sustentados num projeto de melhoria das práticas, revelam que após ser realizada formação, se verificou uma melhoria significativa nas classificações de DAI por parte dos enfermeiros. Também o uso de fotografias de feridas ajudou a reduzir a classificação errada e a confusão entre DAI e UPP.

A pele saudável tem por função a manutenção da barreira física contra as agressões do ambiente externo, prevenindo a entrada de substâncias nocivas e patogénicas, funcionando como mecanismo de defesa, atuando em simultâneo como uma importante barreira de humidade, evitando o excesso de ganho ou perda de líquidos.

Por outro lado a ureia presente na urina pode ser dividida pelas bactérias da pele para formar o amoníaco altamente alcalino alterando o pH e interrompendo assim a barreira. Em situação de incontinência fecal, a mudança para um pH mais alcalino ativa enzimas presentes nas fezes, aumentando o dano causado à epiderme. Aquando da presença de fezes líquidas, mais ricas em enzimas digestivas (lipases e proteases), combinadas com o seu alto teor de água, tornam-se particularmente prejudiciais para a pele15 .

Diagnóstico e avaliação

Cinco dos artigos aqui analisados faziam referência ao diagnóstico e avaliação da DAI, evidenciando que a história clinica e o despiste dos fatores de risco, são muito importantes, indo ao encontro dos artigos que a International Consultation on Incontinence3 têm divulgado, onde reforçam a necessidade da realização do diagnóstico de incontinência o mais precocemente possível, para se atuar com vista ao tratamento e prevenção de complicações. O artigo de Beeckman et al13 faz referência à necessidade da avaliação da DAI ser incorporada na avaliação geral da pele e realizada como parte de um programa de cuidado de prevenção/contenção da úlcera por pressão, avaliação esta, assente na observação clínica e inspeção visual. Também foi salientada a necessidade de se estar alerta para alguns fatores de risco a ter em conta quando se faz a avaliação, nomeadamente no caso da pele dos idosos, pois aqui a função de barreira está reduzida devido ao envelhecimento, diminuindo também a resistência da pele à exposição à humidade14),(16 . Em simultâneo, os estímulos químicos e físicos devido à limpeza frequente da pele e a fricção enquanto fator mecânico, aumentam a permeabilidade e suscetibilidade. Quando a perda de urina ocorre durante o descanso no leito, as mulheres são mais suscetíveis de desenvolver DAI devido à sua estrutura anatómica, desde o períneo até ao cóccix e sacroccocígea. Nas mulheres mais velhas, observa-se ainda um aumento do teor de humidade e do pH da pele da região nadegueira como resultado da incontinência urinária mesmo sem diarreia. Novamente, são enumerados os fatores de risco para o desenvolvimento de DAI14),(15: incontinência fecal/urinária/mista, uso de produtos oclusivos, condição da pele fragilizada, mobilidade reduzida, consciência cognitiva diminuída, incapacidade para manter a higiene pessoal, dor, aumento da temperatura corporal, medicamentos (como os esteróides e os antibióticos), estado nutricional pobre e doenças graves. É ainda salientada a necessidade de avaliação com ferramentas adequadas15 , apresentando como exemplo o Assessment and Intervention Tool (IADIT), Incontinence-associated dermatitis and its severity (IADS), Skin Assessment Tool e Skin Excoriation Tool For Incontinent Patients - Health Improvement Scotland. O autor dá ainda um importante contributo para o desenvolvimento do conhecimento na classificação da DAI: Aponta 3 estádios, dividindo a observação em gravidade e sinais. Sendo que no I Estádio, a pele está intacta embora em risco, apresentando um aspeto normal quando comparada ao resto do corpo; já no II Estádio, Categoria 1 de gravidade, a pele está vermelha mas intacta, apresentando eritema com ou sem edema; no III Estádio, Categoria 2 de gravidade a pele está vermelha e danificada, podendo apresentar vesiculas, bolhas e erosão ou até infeção. Já o artigo de Payne21 chama a atenção para o uso de produtos inadequados, como por exemplo, os que não são suficientemente absorventes, apresentam fugas laterais, são pequenos demais, não são trocados as vezes necessárias e quando esta troca não é acompanhada da higiene adequada. Tais considerações vão ao encontro de outros estudos onde é demonstrado que a pele enfraquecida e danificada pode evoluir para infeção, feridas e posteriormente para UPP15 .

Intervenções de enfermagem

Prevenção

A prevenção de DAI deve ser direcionada para todos os utentes incontinentes com o objetivo de promover resultados positivos e evitar lesões e danos no utente. Há ainda a necessidade de serem desenvolvidos protocolos para a prevenção e tratamento da DAI, devendo respeitar dois pontos fundamentais relacionados com situações de incontinência. Estes dois pontos são salientados em trabalhos desenvolvidos, em ambiente de internamento e na comunidade, incluindo a avaliação da situação de incontinência (reduzindo a exposição da pele dos pacientes aos diversos agentes) e uso de um regime de cuidado à pele estruturado (limpar e proteger a pele sempre que haja um episódio de incontinência)1)(4)(26 .

No âmbito da prevenção, verifica-se que a “observação sistematizada e com a mobilização de instrumentos” adequados é primordial15),(17),(19),(20),(22 , pois uma abordagem de avaliação da DAI ajuda na identificação de utentes com elevado risco de desenvolver complicações. Defende-se a história clínica e avaliação completas, enquanto essenciais para a implementação de um plano de tratamento eficaz. Há necessidade de procurar DAI sempre que visitamos utentes incontinentes ou lhes prestamos cuidados, devendo os profissionais estar especialmente conscientes deste risco, vigiando zonas de pressão21 . Sendo esta uma importante área de intervenção da enfermagem, será fundamental estar alerta mesmo quando o utente refere um simples eritema ou erupção cutânea. Para efetuar uma prevenção eficaz é ainda essencial o uso de materiais e técnicas adequadas tendo por objetivo a limpeza, hidratação e proteção. Beeckman et al.13 afirmam que, uma correta limpeza da pele e o uso de protetores tem mostrado reduzir a incidência de DAI, sendo os produtos de limpeza com o pH semelhante ao da pele os indicados. Este painel de especialistas diz que a pele dos utentes que são incontinentes deveria ser limpa após cada episódio de eliminação. A higiene adequada é reforçada em vários artigos selecionados para esta revisão17),(19),(21),(22 . A limpeza perianal deve envolver produtos cuja faixa de pH não interfira na integridade da pele (pH entre 5,4 e 5,9), salientando-se que a lavagem frequente com água e sabão usando a fricção como meio para remover a sujidade, resulta numa diminuição desta integridade. O uso de sabão normal e água é desaconselhado, porque o pH do sabão é demasiado alcalino e pode contribuir para a irritação da pele.

Relativamente à hidratação e proteção, verificámos ser recomendado que após limpeza, a pele deve ser protegida contra novos contactos com urina/fezes, envolvendo o uso de um produto protetor ou de barreira, como as emulsões que formam uma pequena camada na superfície, repelindo potenciais agentes irritantes15),(16),(17 . Estes produtos de limpeza podem reduzir alguns dos efeitos adversos do sabão devido à sua composição química e ajudar a manter um nível de pH ideal. Têm como objetivo remover a sujidade bem como as substâncias irritantes, para além de serem promotores de uma boa higienização. Muitos deles têm a capacidade de hidratar ajudando a restaurar e a preservar a barreira da pele. Os protetores atualmente mais utilizados são à base de dimeticone e óxido de zinco17 .

Ainda no campo da proteção, os trabalhos efetuados com pessoas incontinentes5,(26 recomendam o uso de medidas de contenção adequadas, nomeadamente cuecas, fraldas e pensos descartáveis, feitos de materiais superabsorventes que procuram manter os fluídos longe da pele, sendo essencial mudar os produtos sujos com regularidade. Também Sugama, Sanada, Shigeta, Nakagami, Konya14 alertam no âmbito dos resultados do estudo efetuado pelos autores, para a necessária adequação da estrutura do penso. Este deve ser desenhado para absorver urina na área frontal, no intuito de minimizar a exposição das nádegas à mesma, enquanto evita que a urina absorvida flua de volta para a superfície do penso. Também Payne20 faz referência ao tamanho e forma dos dispositivos de contenção (penso, fralda), para poder conter os produtos de eliminação por forma a não entrarem em contacto com a pele.

Tratamento

Relativamente ao tratamento da DAI, verificou-se a necessidade da avaliação e intervenção serem multiprofissionais, alguns casos porque necessitam de seguimento por dermatologia. A severidade da DAI determina o tratamento. Nos casos moderados, deve-se manter a pele limpa (podendo tal implicar a formação dos cuidadores), verificar a necessidade de outro tipo de absorvente, se os mesmos estão a ser usados corretamente e a frequência de mudança. Nos casos mais graves, devem ser seguidas as recomendações anteriores de higiene e a instituição de terapêutica adequada em caso de infeção. É ainda recomendada a observação por especialista em dermatologia. O cateterismo não deve ser usado como medida preventiva de longa duração, podendo no entanto ser considerado como medida de curto prazo nos casos mais severos20 .

O tratamento destas lesões deve ainda incluir a proteção da pele contra a exposição adicional aos irritantes e ainda para o estabelecimento de um ambiente propício à cura16 . Tal inclui a verificação da existência de infeção urinária como causa, o uso de absorventes adequados e com maior capacidade de absorção, sendo necessário se trocados adequadamente. No caso de incontinência masculina, pode-se recorrer ao uso de sistemas de recolha urinária. Quando o dano na pele é severo e/ou doloroso, poder-se-á considerar a colocação de um cateter vesical durante o processo de cura.

Ensino e formação

Relativamente à categoria ensino e formação, tal poderá e deverá ser efetuada em duas frentes, por um lado aos profissionais e por outro ao utente e cuidador.

No que diz respeito aos profissionais, somos alertados para o facto da gestão da incontinência urinária e/ou fecal ser muitas vezes uma área negligenciada, podendo tornar-se um ritual e não em cuidados baseados na evidência22 . Realça-se a necessidade de tempo extra para os enfermeiros completarem as melhores práticas e módulos de educação e documentação da DAI, sendo ainda necessária a formação adequada para se poderem desenvolver melhores cuidados e efetuar o diagnostico diferencial entre DAI e UPP22),(23 .

Quanto aos utentes e cuidadores, é necessário assegurar o ensino para quando os enfermeiros não estão presentes, devendo ser ainda efetuada uma avaliação prévia, verificando se é o utente a realizar a sua própria higiene ou um cuidador, se têm capacidade para o autocuidado, se permanecem muito tempo com as fraldas sujas entre as mudanças e ainda se têm conhecimentos para atender às necessidades17),(18 . O ensino é por isso fundamental na implementação de cuidados, sejam estes preventivos ou curativos.

De uma forma geral e tal como vem sendo recomendado pela Wound, Ostomy and Continence Nurses Society é fundamental identificar a causa para se poder proporcionar o tratamento adequado. É imprescindível manter a pessoa seca e limpa, utilizando produtos com um pH semelhante ao da pele e aplicar produtos barreira para a proteger da humidade constante, devendo ser assegurada a hidratação e proteção. O efeito hidratante comprovado é consistente com a evidência de uma epiderme bem hidratada, reduzindo a irritação causada pelo contacto com a urina/fezes/humidade.

Os idosos estão particularmente suscetíveis aos danos associados à humidade, devido à mudança de estrutura e função da pele, devendo utilizar produtos com elevada capacidade de absorção como pensos, fraldas e cuecas almofadadas que promovem o conforto.

Em qualquer situação, é essencial examinar cuidadosamente a pele, com o intuito de diferenciar a dermatite da UPP. Para além destas, podem surgir outras lesões na pele que resultam das interação dos vários fatores externos a que a pessoa pode estar sujeita, como comorbilidades, forças de fricção por limitação de mobilidade, nutrição pobre e alterações sensitivas e cognitivas (devendo nestes casos haver uma atenção acrescida). Deve ter-se ainda especial cuidado nos utentes com dificuldade de mobilização, pois o peso destes produtos, após a absorção total de urina e fezes, quando não trocado, pode aumentar o risco de queda.

CONCLUSÃO

A DAI é comum em pessoas que usam medidas de contenção (cuecas absorventes, pensos ou fraldas), sendo muito desconfortável pelos danos causados na pele, afetando a qualidade de vida. Pode ser prevenida ao manter a pele da pessoa limpa. A adesão a um regime de cuidados da pele estruturado é essencial na prevenção e tratamento, para tal é necessário efetuar uma avaliação sustentada, sendo importante verificar o tipo de incontinência, se é só fecal, urinária ou ambas, esporádica ou completa, caracterizar a pessoa e o cuidador (quando for este o caso). Deve existir um plano de intervenção que inclua a avaliação e gestão das causas de incontinência, sendo que os cuidados deverão ser dirigidos em três frentes: limpar, hidratar e proteger a pele antes de serem colocados os dispositivos de contenção. Será ainda importante assegurar a qualidade destes dispositivos e o ensino ao utente e cuidador, bem como providenciar os tratamentos adequados, mobilizando a equipa multidisciplinar.

A prevenção e gestão da incontinência bem como das complicações dermatológicas associadas são essenciais na manutenção e promoção da qualidade de vida das pessoas e na gestão dos custos de tratamento para as instituições. Sendo uma área de atuação do enfermeiro, são necessários profissionais consistentes, competentes e em número adequado para atingir os objetivos, será também importante o investimento na formação e adoção de uma prática baseada na evidência que conduza à prestação de cuidados de qualidade.

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Recebido: 25 de Janeiro de 2018; Aceito: 03 de Março de 2018

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