SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.20 issue64Attitude and self-care practice in hansen's disease: construction and psychometric validation of measuring instrumentsKnowledge assessment instruments on cardiovascular diseases: Integrative Review author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

My SciELO

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • On index processCited by Google
  • Have no similar articlesSimilars in SciELO
  • On index processSimilars in Google

Share


Enfermería Global

On-line version ISSN 1695-6141

Enferm. glob. vol.20 n.64 Murcia Oct. 2021  Epub Oct 25, 2021

https://dx.doi.org/10.6018/eglobal.435321 

Revisões

Diagnósticos de enfermagem para pacientes com traumatismo cranioencefálico: revisão integrativa

Maria Isabel Caetano da Silva1  , Raul Roriston Gomes da Silva1  , Sandy Hellen Santos Nogueira2  , Simone Marcelino Lopes2  , Rayane Moreira de Alencar3  , Woneska Rodrigues Pinheiro4 

1 Estudiante de Enfermería de la Universidad Regional de Cariri (URCA), Departamento de Enfermagem. Cariri. Brasil. mariaisabelcs28@outlook.com

2 Enfermera graduada por la Universidad Regional de Cariri (URCA). Brasil.

3 Enfermera. Maestra en Enfermería por el Programa de Posgraduación en Enfermería de la Universidad Regional de Cariri (URCA). Brasil.

4 Enfermera. Doctora en Ciencias de la Salud. Docente Adjunto de la Universidad Regional de Cariri (URCA). Brasil.

RESUMO:

Introdução:

Traumatismo Cranioencefálico (TCE) é qualquer impacto que atinge a região da cabeça envolvendo couro cabeludo, crânio, cérebro e vasos sanguíneos, afetando essas estruturas. Os profissionais de Enfermagem desempenham um papel fundamental durante a assistência a esses pacientes.

Objetivo:

Elencar os Diagnósticos de Enfermagem (DE) da NANDA I que podem ser propostos para pacientes internados com TCE.

Método:

Revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados: LILACS, BDENF, IBECS, MEDLINE, CINAHL, SCOPUS e WEB OF SCIENCE, utilizando os termos de busca: “Traumatismos Craniocerebrais/Craniocerebral Trauma”, “Diagnóstico de Enfermagem/ Nursing Diagnosis” e “Enfermagem/Nursing”. Foram incluídos artigos nos idiomas português, inglês e espanhol.

Resultados:

Foram selecionados 12 artigos. A partir da leitura dos estudos, com base nas características clínicas e nas necessidades básicas afetadas dos pacientes com TCE foram elencados 18 DE, estão organizados em ordem alfabética e de acordo com o domínio em que se encontra na NANDA I.

Considerações finais:

Os achados dessa pesquisa possibilitaram caracterizar aspectos importantes relacionados ao paciente com TCE e trazer a abordagem da literatura sobre os diagnósticos de enfermagem a esse público. Percebe-se uma lacuna nas investigações que abordem os DE para pacientes com TCE, levando em consideração que uma parte significativa das pesquisas relatam sobre as manifestações clínicas percebidas durante o cuidado de enfermagem e não trazem os diagnósticos elaborados.

Palavras-chave: Traumatismos Craniocerebrais; Diagnóstico de Enfermagem; Enfermagem

INTRODUÇÃO

Entende-se por Traumatismo Cranioencefálico (TCE) qualquer impacto que atinge a região da cabeça envolvendo couro cabeludo, crânio, cérebro e vasos sanguíneos, afetando essas estruturas. A lesão pode iniciar no momento da ocorrência sendo considerada como primária ou se apresentar após alguns dias ou semanas, conhecida como lesão secundária, ainda assim, pode ser classificada como um trauma aberto ou fechado sendo esse último, quando o cérebro realiza movimentos impactantes dentro da calota craniana no momento do acidente provocando alterações internas1.

No Brasil, o TCE está associado a altos níveis de morbimortalidade, estima-se que aproximadamente 50% dos internamentos hospitalares são por traumas, sendo o TCE seu maior representante provocando um grande impacto nos serviços de saúde pública e na vida das pessoas, pois, quando a vítima não evolui para óbito o acidente provoca sequelas prolongadas ou permanentes, sendo necessário a depender da gravidade do Quadro o paciente ficar internado, o que interfere diretamente na qualidade de vida dos indivíduos2.

As etiologias que provocam o TCE são várias, a mais frequente delas são os acidentes automobilísticos, o aumento do número de veículos associado ao comportamento dos usuários e a falta de fiscalização geral tem contribuído com isso. Porém, outras causas também provocam traumas, como: quedas, violência urbana, acidentes por armas de fogo, atropelamentos e acidentes esportivos3,4.

A gravidade do TCE é definida pelo impacto do trauma, de acordo com os parâmetros obtidos na Escala de Coma de Glasgow pode ser classificado como leve pacientes com pontuação entre 13 e 15, pontuação entre 9 e 12 moderado e entre 3 e 8 grave. Essa escala é utilizada mundialmente para avaliar o nível de consciência, evolução do paciente, disfunções neurológicas e padroniza a linguagem entre os profissionais5,6.

O cuidado aos usuários do serviço de saúde com TCE envolve uma assistência sistematizada, integral e efetiva, realizando uma avaliação neurológica detalhada que permita observar as alterações, estruturas e funções comprometidas; manutenção dos parâmetros fisiológicos como: pressão arterial, pressão de perfusão cerebral, saturação de oxigênio e ventilação, na perspectiva de iniciar o tratamento precocemente e minimizar os riscos de lesões secundárias7.

Os profissionais de Enfermagem como integrantes ativos da equipe de saúde desempenham um papel fundamental durante a assistência a esses pacientes, desenvolvendo técnicas e atitudes de acordo com as necessidades apresentadas por cada paciente. Para orientar o trabalho desses profissionais, têm-se a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como estratégia de organizar o serviço quanto ao método de trabalho, instrumento e pessoal em todas as instituições que possuam ações de enfermagem8.

O Processo de enfermagem (PE) é um dos métodos mais utilizados para organizar e direcionar os cuidados de enfermagem, é dividido em cinco etapas interligadas e recorrentes, sendo elas: a coleta de dados, elaboração dos diagnósticos de enfermagem, planejamento das intervenções, implementação e avaliação. O diagnóstico de enfermagem (DE) como uma das etapas do PE, consiste no agrupamento das informações coletadas no momento da realização da anamnese completa do paciente e a identificação das respostas humanas afetadas que requerem intervenções de enfermagem, a elaboração dos diagnósticos é que vai guiar a definição do plano de cuidado e o estabelecimento de prioridades no momento da assistência9,10.

Para auxiliar no agrupamento dos dados coletados a Taxonomia dos Diagnósticos de Enfermagem da Nanda Internacional (NANDA-I) é uma das linguagens da enfermagem que desempenha um papel importante para a profissão, padronizando os termos utilizados pela equipe, facilitando a comunicação e desenvolvendo pesquisas de diagnósticos de enfermagem como forma de contribuição do cuidado a saúde11.

Assim, é imprescindível que o enfermeiro possua conhecimentos relacionados à assistência ao paciente vítima de TCE com o intuito de promover cuidados qualificados de enfermagem. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo elencar os diagnósticos de enfermagem da NANDA I que podem ser propostos para pacientes internados com TCE de acordo com as suas necessidades básicas afetadas verificadas durante o cuidado da equipe de enfermagem a essas vítimas.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na qual propõe agrupar achados obtidos em pesquisas sobre um determinado assunto, reunindo informações abrangentes e permitindo a compreensão mais fidedigna da temática em interesse12. Foram seguidas as etapas propostas por Mendes, Silveira e Galvão13 de maneira sistematizada: estabelecimento da pergunta de pesquisa; critérios para buscas na literatura; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão; interpretação dos resultados e apresentação da revisão.

Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada a seguinte pergunta: “Quais os diagnósticos de enfermagem podem ser propostos às vítimas de traumatismo cranioencefálico?”. A partir dessa questão de pesquisa, foram estabelecidos os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), Medical Subject Headings (MeSH), critérios de inclusão e exclusão dos artigos.

Para seleção dos artigos, foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cumulative Index To Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), SCOPUS e WEB OF SCIENCE.

A busca foi realizada nos meses de fevereiro e março de 2020 através do acesso on-line nas bases supracitadas. Os critérios de inclusão foram: Texto completo gratuito; publicações nos idiomas português, inglês e espanhol; assunto principal diagnósticos de enfermagem relacionados ao paciente vítima de TCE. Não foi determinado ano de publicação, tendo em vista que o TCE sempre foi um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, se conFigurando assim em um estudo atemporal. Foram excluídos os artigos duplicados.

Os descritores utilizados foram: Traumatismos Craniocerebrais, Diagnóstico de Enfermagem e Enfermagem, com seus respectivos Medical Subject Headings (MeSH): Craniocerebral Trauma, Nursing Diagnosis e Nursing. O cruzamento entre os termos realizou-se utilizando o operador booleano AND e resultaram em 856 publicações somando a produção de todas as bases antes da aplicação dos critérios de inclusão como mostra o Quadro 1.

Quadro 1:  Busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE, BDENF, IBECS, CINAHL, SCOPUS e WEB OF SCIENCE de acordo com os critérios de inclusão estabelecidos, Crato, Ceará, Brasil, 2020. 

Fonte: Elaborado pelos autores.

Para coleta dos dados nos artigos foi utilizado um roteiro a fim de expor as características das pesquisas: autores, título do artigo, ano de publicação, idioma, base de dados indexado, objetivo, nível de evidência, tipo de estudo, população do estudo e principais achados.

Os níveis de evidências dos artigos foram classificados como: I. Evidência proveniente de revisões sistemáticas ou metanálise de todos os ensaios clínicos randomizados controlados (ECRC) relevantes ou oriundas de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ECRC; II. Evidência derivada de pelo menos um ECRC bem-delineado; III. Evidência obtida de ensaios clínicos bem-delineados, sem randomização; IV. Evidência proveniente de estudo caso-controle ou estudo de coorte bem-delineado; V. Evidência proveniente de revisão sistemática de estudos qualitativos e descritivos; VI. Evidência derivada de um único estudo descritivo ou qualitativo e VII. Evidência oriunda da opinião de autoridades e/ou relatórios de comitês de especialistas14.

Com base nos diagnósticos de enfermagem encontrados durante a leitura dos artigos e as alterações das necessidades humanas básicas afetadas nos pacientes com TCE, elencou-se os principais DE que podem ser propostos a esse público. Para elaboração dos diagnósticos de enfermagem foi utilizada a taxonomia da NANDA I versão mais atual de 2018-2020.

Os achados foram analisados, expostos de forma descritiva e apresentados através de Quadros, discutidos de maneira reflexiva segundo a literatura e o tema de estudo.

RESULTADOS

Com o intuito de responder a questão norteadora dessa pesquisa foram selecionados 12 artigos originais, organizados conforme as variáveis de identificação: autores, ano de publicação, título, objetivo (Quadro 2); e de delineamento metodológico: nível de evidência, tipo de estudo, população e principais achados (Quadro 3).

Dos artigos selecionados, dez possuem idioma inglês e estão indexados na MEDLINE, e dois no idioma espanhol que foram encontrados nas bases de dados IBECS e LILACS. Os estudos foram publicados entre os anos de 1991 e 2018, sendo boa parte divulgados em 2018.

Quadro 2:  Características dos estudos selecionados. Crato, Ceará, Brasil, 2020. (15)(16)(17)(18)(19)(20)(21)(22)(23)(24)(25)(26  

Fonte: Elaborada pelos autores.

Quadro 3:  Desenho metodológico dos estudos selecionados. Crato, Ceará, Brasil, 2020. (15)(16)(17)(18)(19)(20)(21)(22)(23)(24)(25)(26  

Fonte: Elaborado pelos autores.

A partir da leitura dos artigos, com base nas características clínicas e nas necessidades básicas afetadas dos pacientes com TCE foram elencados 18 DE como está exposto no Quadro 4, foram organizados em ordem alfabética e de acordo com o domínio em que se encontra na NANDA I.

Quadro 4:  Diagnósticos de Enfermagem da NANDA I versão 2018-2020 elencados de acordo com as características clínicas dos pacientes com TCE encontradas nos artigos selecionados. Crato, Ceará, Brasil, 2020. 

Fonte: Elaborado pelos autores.

DISCUSSÃO

Os artigos abordam sobre o perfil dos pacientes com TCE, o cuidado a esse público nos serviços de saúde, características clínicas apresentadas durante a avaliação pelos profissionais de enfermagem e retratam informações que oferecem subsídios para a elaboração de um pensamento crítico reflexivo pela equipe no estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem que afeta as pessoas vítimas de TCE.

É de fundamental importância a prática do processo de enfermagem como instrumento metodológico de trabalho nos serviços de saúde, pois guia as ações a serem realizadas pelos profissionais de enfermagem, padroniza o diálogo entre os envolvidos no cuidar, valoriza a categoria ao se apropriar de algo que é privativo no desempenho de seu trabalho e é possível aplicar o conhecimento técnico cientifico da enfermagem27.

A passagem por eventos traumáticos que resulta em danos à saúde, provoca estresse na vida das pessoas. Os pacientes com TCE tendem a apresentar após a lesão alterações psicológicas que podem interferir até no padrão normal do sono. Os DE encontrados relacionados a essas alterações foram principalmente ansiedade, controle emocional instável, memória prejudicada, baixa autoestima situacional e distúrbio do padrão do sono15)(16)(18)(19)(24.

Geralmente quando se trata de um paciente vítima de acidente que provoca lesões físicas, a preocupação da equipe de saúde muitas vezes é focada em atender a esses impactos e acaba desprezando ou deixando passar despercebido outros aspectos importantes relacionados ao enfrentamento e aceitação da pessoa durante o tratamento e passagem por tal situação. Um achado significativo foi observado no número de pessoas com TCE que após o trauma apresentaram ansiedade, isso mostra que apesar de ser um sentimento frequentemente relatado nos dias atuais pela população em geral, é algo que incomoda e interfere a qualidade de vida dos indivíduos, pois, nem todos estão preparados para lidar com inquietações15)(16)(18)(19.

Em relação aos comprometimentos físicos os que mais provocaram instabilidade no Quadro foram: mudanças no padrão respiratório, troca de gases prejudicada acarretando em má perfusão tecidual, comunicação verbal prejudicada, mobilidade física prejudicada, volume de líquido deficiente e integridade da pele prejudicada favorecendo assim, o risco de infecções18)(20)(24)(26.

A dor aguda também foi um diagnóstico frequente verificado durante os cuidados, embora em alguns pacientes esse parâmetro tenha sido testado durante a realização de procedimentos de enfermagem como a aspiração traqueal, a dor é algo comumente observado nas vítimas de traumas e as evidências mostram que alguns fatores como a mobilização e execução de técnicas influenciam na sua percepção pelo paciente16)(17)(25)(26. Isso demonstra que medidas de controle da dor são essenciais para fornecer o melhor conforto possível aos pacientes, principalmente nas vítimas de traumas que a repercussão e a dor aguda são intensas.

Um estudo realizada no Sul do Brasil em 2015 buscou conhecer os fatores que atuam na percepção da dor aguda e as consequências dessa experiência em pacientes vítimas de trauma leve, observando nos achados que a dor aguda em decorrência do trauma pode ser influenciada por fatores de diversas ordens: biológicos, emocionais, espirituais e socioculturais. Além disso, as alterações ressaltadas são desde comprometimentos biológicos, como taquicardia e dispneia, até emocionais, como nervosismo, confusão, desespero e sentimento de impotência28.

Outros diagnósticos de enfermagem encontrados, como hipertermia e termorregulação ineficaz apresentam características importantes para serem investigadas durante a avaliação física e dos sinais vitais no paciente com TCE. Nas vítimas de TCE grave verificou-se que durante a fase aguda da lesão são mais repetidos o Quadro de alteração da temperatura, a incidência de febre neurológica e o risco de desenvolvê-la são elevados, isso porque supõe que o TCE grave está associado a menores escores na ECG e lesões em estruturas cerebrais profundas como o hipotálamo, centro termorregulador20)(23)(26.

Também foi investigado os efeitos da hipotermia para o paciente e visto que as pessoas que chegavam no serviço de saúde após sofrer um TCE com Quadro de hipotermia, apresentavam menores valores na escala de Glasgow, o período de internação era prolongado e a taxa de mortalidade mais elevada22. Para os pacientes que demonstraram alterações de temperatura, foram propostos os DE: Hipertermia, hipotermia e termorregulação ineficaz, todos incluídos no domínio 11 da NANDA-I referente a segurança/proteção.

Assim, observa-se que o TCE provoca alterações significativas na vida das pessoas, dentre essas, mudanças no estilo de vida e em funções importantes do corpo. Considerando isso, ao elencar diagnósticos de enfermagem, a equipe direciona o cuidar para solucionar o problema e promove uma assistência de qualidade, atendendo de forma individual os pacientes e suas necessidades básicas afetadas.

CONCLUSÃO

Os achados dessa pesquisa possibilitaram caracterizar aspectos importantes relacionados ao paciente com TCE e trazer a abordagem da literatura sobre os diagnósticos de enfermagem a esse público. Embora seja considerável o número de artigos incluídos, percebe-se uma lacuna nas investigações que abordem os DE para pacientes com TCE, levando em consideração que uma parte significativa das pesquisas relatam sobre as manifestações clínicas percebidas durante o cuidado de enfermagem e não trazem os diagnósticos elaborados. Foi possível verificar que maioria das publicações apresentaram delineamento de coorte, classificado como nível de evidência IV.

Foram elencados 18 diagnósticos de enfermagem da NANDA-I com base nas características clínicas, necessidades básicas afetadas dos pacientes com TCE e informações dos estudos selecionados. Os diagnósticos do domínio 11 - segurança/proteção estiveram mais presentes, são intitulados de: Hipertermia, hipotermia, integridade da pele prejudicada e termorregulação ineficaz.

Percebeu-se uma distribuição em relação aos diagnósticos de enfermagem encontrados relacionados aos aspectos físicos e emocionais dos pacientes, isso revela a importância de uma avaliação integral, individualizada e condizente com as reais necessidades humanas básicas comprometidas, afim de minimizar as sequelas decorrentes do trauma e garantir maior qualidade durante a assistência.

O fortalecimento da enfermagem depende do desempenho profissional no ambiente de trabalho e da sua atuação e apropriação dos métodos que organizem a sua assistência. Nessa perspectiva, espera-se com esse estudo, incentivar que enfermeiros desenvolvam mais pesquisas voltadas a área de diagnósticos de enfermagem em pacientes vítimas de TCE, para assim, contribuir com o manejo adequado e os cuidados ofertados a essa parcela da população.

REFERENCIAS

1. Reis LRA, Santos CJSF, Fraga FV, et. al. Traumatismo craniano em acidentes de trânsito: cuidados prestados pela equipe de atendimento pré-hospitalar. Revista de Saúde da Reages. 2019 Jan; 1(4):36-38 [acesso em 14 mar 2020]. Disponível: https://www.faculdadeages.com.br/uniages/wp-content/uploads/2019/07/p.-36-38.pdf. [ Links ]

2. Rodrigues MS, Santana LF, Silva EPG, et. al. Epidemiologia de traumatismo craniencefálico em um hospital. Rev Soc Bras Clin Med. 2018 Jan; 1(16):21-24 [acesso em 14 mar 2020]. Disponível: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/06/884987/dezesseis1_vinteum.pdf. [ Links ]

3. Arruda BP, Andreza PX, Akamatsu PYF, et. al. Traumatic brain injury and its implications on cognition and quality of life. Acta Fisiátrica. 2015 Jan; 22(2):55-59 [acesso em 14 mar 2020]. Disponível: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/114498/112327. [ Links ]

4. Santos WC, Vancini-Campanharo CR, Lopes MCBT, et. al. Assessment of nurse's knowledge about Glasgow coma scale at a university hospital. Einstein (são Paulo). 2016 Jun; 14(2):213-218 [acesso em 17 mar 2020]. Disponível: https://www.scielo.br/pdf/eins/v14n2/1679-4508-eins-14-2-0213.pdf. [ Links ]

5. Silva JA, Souza AR, Feitoza AR, et. al. TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA. Enfermagem em Foco. 2017 Abr; 8(1):22-26 [acesso em 17 mar 2020]. Disponível: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/724/368. [ Links ]

6. Silva PF, Silva AS, Olegário WKB. Caracterização das vítimas de traumatismo encefálico que evoluíram para morte encefálica. Revista Cuidarte. 2018 Set; 9(3):1-12 [acesso em 03 abr 2020]. Disponível: https://revistacuidarte.udes.edu.co/index.php/cuidarte/article/view/565/1018. [ Links ]

7. Amorim CF, Júnior JEM, Alves TEA, et. al. Avaliação Neurológica Realizada por Enfermeiros em Vítimas de Traumatismo Cranioencefálico. Rev. Neurocienc. 2013; 21(4):520-524 [acesso em 03 abr 2020]. Disponível: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2013/RN2104/original/819original.pdf. [ Links ]

8. Louro ALF. Estratégias para o cuidado humanizado à pessoa em situação crítica [dissertação de mestrado]. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa, Curso de Enfermagem, Instituto de Ciências de Saúde; 2014 [acesso em 09 abr 2020]. Disponível: https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/15337/1/Estrat%C3%A9gias%20para%20o%20Cuidado%20Humanizado%20%C3%A0%20Pessoa%20em%20Situa%C3%A7%C3%A3o%20C.pdf. [ Links ]

9. Ferreira AM, Rocha EN, Lopes CT, et. al. Diagnósticos de enfermagem em terapia intensiva: mapeamento cruzado e Taxonomia da NANDA-I. Revista Brasileira de Enfermagem. 2016 Abr; 69(2):307-315. 2016 [acesso em 09 abr 2020]. Disponível: https://www.scielo.br/pdf/reben/v69n2/en_0034-7167-reben-69-02-0307.pdf. [ Links ]

10. Bugs TV, Matos FGOA, Oliveira JLC, et. al. Avaliação da acurácia dos diagnósticos de enfermagem em um hospital universitário. Revista eletrônica trimestral de enfermagem. 2018; 52:179-191 [acesso em 23 mar 2020]. Disponível: http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v17n52/pt_1695-6141-eg-17-52-166.pdf. [ Links ]

11. Okuno MFP, Costa N, Lopes MCBT, et. al. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM MAIS UTILIZADOS EM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA. Cogitare Enfermagem. 2015 Jun; 20(2):385-391 [acesso em 17 mar 2020]. Disponível: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/38606/25536. [ Links ]

12. Ercole FF, Melo LS, Alcoforado CLGC. Integrative review versus systematic review. Reme: Revista Mineira de Enfermagem. 2014; 18(1):9-11 [acesso em 05 abr 2020]. Disponível: https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/904. [ Links ]

13. Mendes KS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem. 2008 Dez; 17(4):758-764 [acesso em 05 abr 2020]. Disponível: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-07072008000400018&script=sci_arttext. [ Links ]

14. Pinto LLN, Corrêa AR, Donoso MTV, et. al. Strategies for reducing door-to-balloon time in patients with acute myocardial infarction. Reme: Revista Mineira de Enfermagem. 2016; 20:01-10 [acesso em 17 mar 2020]. Disponível: https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/e954_en.pdf. [ Links ]

15. Balba NM, Elliott JE, Weymann KB, et. al. Increased Sleep Disturbances and Pain in Veterans With Comorbid Traumatic Brain Injury and Posttraumatic Stress Disorder. Journal Of Clinical Sleep Medicine. 2018 Nov; 14(11):1865-1878 [acesso em 20 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6223555/pdf/jcsm.14.11.1865. [ Links ]

16. Elliott JE, Opel RA, Weymann KB, et. al. Sleep Disturbances in Traumatic Brain Injury: Associations With Sensory Sensitivity. Journal Of Clinical Sleep Medicine. 2018 Jul; 14(7):1177-1186 [acesso em 23 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6040790/pdf/jcsm.14.7.1177.pdf. [ Links ]

17. Nordhaug LH, Hagen K, Vik A, et. al. Headache following head injury: a population-based longitudinal cohort study (HUNT). The Journal Of Headache And Pain. 2018 Jan; 19(1):2-9 [acesso em 26 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5777966/pdf/10194_2018_Article_838.pdf. [ Links ]

18. Yang Y, Chien WC, Chung CH, et. al. Risk of Erectile Dysfunction After Traumatic Brain Injury: A Nationwide Population-Based Cohort study in Taiwan. American Journal Of Men's Health. 2018 Jan; 12(4):913-925 [acesso em 25 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6131467/pdf/10.1177_1557988317750970.pdf. [ Links ]

19. Ren D, Junho F, Puccio AV, et. al. Group-Based Trajectory Analysis of Emotional Symptoms Among Survivors After Severe Traumatic Brain Injury. Journal Of Head Trauma Rehabilitation. 2017; 32(6)29-37 [acesso em 28 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5552452/pdf/nihms832631.pdf. [ Links ]

20. Lund SB, Gjeilo KH, Moen KG, et. al. Moderate traumatic brain injury, acute phase course and deviations in physiological variables: an observational study. Scandinavian Journal Of Trauma, Resuscitation And Emergency Medicine. 2016 Mai; 24(1):02-08 [acesso em 28 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4878035/pdf/13049_2016_Article_269.pdf. [ Links ]

21. Albrecht JS, Kiptanui Z, Tsang Y, et. al. Depression Among Older Adults After Traumatic Brain Injury: A National Analysis. The American Journal Of Geriatric Psychiatry. 2015 Jun; 23(6):607-614 [acesso em 30 mar 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4306647/pdf/nihms627129.pdf. [ Links ]

22. Thompson HJ, Kirkness CJ, Mitchell PH. Hypothermia and Rapid Rewarming Is Associated With Worse Outcome Following Traumatic Brain Injury. Journal Of Trauma Nursing. 2013 Jan; 17(4):173-177 [acesso em 07 abr 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3556902/pdf/nihms434069.pdf. [ Links ]

23. Thompson HJ, Pinto MJ, Bullock MR. Neurogenic fever after traumatic brain injury: an epidemiological study. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2003 Mai; 74(5):614-619 [acesso em 07 de abr 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1738450/pdf/v074p00614.pdf. [ Links ]

24. Kinsella G, Packer S, Olver, J. Maternal reporting of behaviour following very severe blunt head injury. Journal Of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. 1991 Mai; 54(5)422-426 [acesso em 16 abr 2020]. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC488542/pdf/jnnpsyc00503-0038.pdf. [ Links ]

25. López C, Pérez MAM, Sánchez CM, et. al. Valoración del dolor en la aspiración de secreciones traqueales en pacientes con traumatismo craneal mediante la Escala de conductas indicadoras de dolor (ESCID). Enfermería Intensiva. 2014 Jul; 25(3):114-121 [acesso em 16 abr 2020]. Disponível: https://www.elsevier.es/es-revista-enfermeria-intensiva-142-articulo-valoracion-del-dolor-aspiracion-secreciones-S1130239914000273. [ Links ]

26. Garcia IFG, Rodríguez AA, Rodríguez JCH, et. al. Labor de enfermería en el traumatismo craneoencefálico infantil. Rev Cubana Enfermer. 2003 Abr; 19(1) 294-311 [acesso em 19 abr 2020]. Disponível: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-03192003000100009. [ Links ]

27. Malucelli A, Otemaier KR, Bonnet M, et. al. Sistema de informação para apoio à Sistema de informação para apoio à Sistematização da Assistência de Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem: REBEN. 2010 Ago; 4(63): 629-636. [acesso em 26 jun 2020]. Disponível: https://www.scielo.br/pdf/reben/v63n4/20.pdf. [ Links ]

28. Martin AR, Soares JR, Vieira VCL, et. al. Acute pain from the perspective of minor trauma patients treated at the emergency unit. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2015 Jun; 36(2): 14-20. [acesso em 28 jun 2020]. Disponível: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472015000200014&lng=en&tlng=en. [ Links ]

Recebido: 02 de Julho de 2020; Aceito: 10 de Janeiro de 2021

Creative Commons License Este es un artículo publicado en acceso abierto bajo una licencia Creative Commons